Arquivo da tag: Isaías 38:5

CAPÍTULO 38: “Assim Retrocedeu O Sol Os Dez Graus Que Já Tinha Declinado”

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

__________________________________________________________________________________________

O capítulo 38 é o terceiro de quatro capítulos no Livro de Isaías chamados de “capítulos históricos”, que descrevem certos acontecimentos que ocorreram durante a vida de Isaías. Estes acontecimentos são símbolos proféticos para ocorrências nos últimos dias; são portanto de grande importância para nós.[1]

Os acontecimentos profetizados no capítulo 38 foram cumpridos pouco tempo depois que foram preditos por Isaías. Os agressores assírios, entretanto, são símbolos de uma superpotência equivalente nos últimos dias que ameaçaria o povo justo do Senhor. Assim como Ele defendeu Ezequias e seu povo nos tempos antigos, o Senhor defenderá Seu povo nos últimos dias.[2] O sinal dado a Ezequias de testemunhar que ele seria curado de suas enfermidades, também foi dado para toda a cidade de Jerusalém como promessa do Senhor de que eles seriam livrados dos assírios. Semelhantemente, o sinal dado naquela época pode ser dado novamente ao povo justo do Senhor, para assegurá-lo de que ele será livrado do equivalente moderno dos assírios. O duplo cumprimento desta profecia, uma vez na antiguidade e a outra em nossos dias, é a mensagem deste capítulo.

Os acontecimentos do capítulo 38 também foram registrados pelos escribas do rei, em 2 Reis 20:1-8. Uma comparação cuidadosa das passagens equivalentes revela que diferenças nas palavras usadas nas duas narrações ocorrem em quase todos os versículos sem alterar significantemente o sentido. Entretanto, a narrativa dos escribas do rei fornece mais detalhes acerca dos acontecimentos deste capítulo. A falta de detalhes na narração de Isaías talvez indique que a parte histórica não é tão importante para nós como o símbolo profético apresentado.

Acontecimentos importantes registrados no capítulo 38 são que Ezequias fica seriamente doente, Isaías declara as palavras do Senhor a Ezequias que ele iria morrer, Ezequias implora ao Senhor para que poupe sua vida, Isaías retorna e informa Ezequias que o Senhor lhe permitiria viver mais quinze anos, um sinal é dado a Jerusalém que o Senhor lhe defenderia contra a Assíria e a Ezequias que ele se recuperaria, e Ezequias louva e agradece ao Senhor. Ao invés de continuar a narração do capítulo anterior, os acontecimentos do capítulo 38 ocorreram antes ou ao mesmo tempo dos do capítulo 37.[3]

O versículo 1 começa: “Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás”. “Naqueles dias” indica que estes acontecimentos ocorreram antes ou durante o tempo dos acontecimentos registrados no capítulo anterior, ao invés de sequencialmente depois.

O versículo 2 continua: “Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor”.

O versículo 3 resume a oração de Ezequias: “E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo”. Ezequias diz em sua oração que ele andou em retidão perante o Senhor. Seu pedido para que sua vida fosse poupada é implicado, ao invés de falado diretamente, na breve narrativa de Isaías. Todas as ocorrências do nome “Ezequias” nos versículos 1 até 3 são equivalentes quiasmaticamente, bem como todas as ocorrências do título o Senhor” ou “Ah! Senhor”.[4]

A retidão de Ezequias é manifestada em suas ações:

Ele [Ezequias] tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã …. Porque se chegou ao Senhor, não se apartou dele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés.[5]

O versículo 4 continua: “Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo”— com a sentença continuando no próximo versículo. A narrativa dos escribas do rei fornece mais detalhes: “Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Senhor dizendo”—[6]

O versículo 5 apresenta as palavras do Senhor, continuando a sentença do versículo 4: “Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos”.[7] A frase “O Deus de Davi teu pai” está acentuando que os convênios do Senhor com o rei Davi também pertenciam a Ezequias.

O registro dos escribas provê mais detalhes, com o Senhor se dirigindo a Isaías:

Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor.[8]

No versículo 6, o Senhor declara: “E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade, e defenderei esta cidade”. Esta declaração feita pelo Senhor mostra que a enfermidade de Ezequias e o que estava se passando com a nação ao mesmo tempo ocorreram antes da destruição do exército assírio, descrito no capítulo anterior.[9] O primeiro versículo deste capítulo também apoia esta conclusão, que começa com “Naqueles dias …”.[10] O registro dos escribas do rei adiciona: “… e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo”.[11] A razão do Senhor em defender Jerusalém é a de honrar Seu convênio com Davi e seus sucessores, de que Ele os defenderia se estivessem andando em retidão. “Por amor de mim” reflete o apelo de Ezequias em sua oração: “Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua [do rei da Assíria] mão; e assim saberão todos os reinos da terra, que só tu és o Senhor”.[12]

“Assim diz o Senhor” no versículo 5 é seguido pela frase paralela “o Deus de Davi teu pai”. Esta frase, por sua vez, é seguida por cinco frases paralelas. As primeiras duas frases começam com “ouvi” e “vi”, ambas no versículo 5, referindo-se às oração e lágrimas de Ezequias. As outras três frases seguinte mencionam as coisas que o Senhor fará como respostas à oração de Ezequias. Estas são “acrescentarei aos teus dias quinze anos” no versículo 5, e “livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade” e “defenderei esta cidade”, ambas no versículo 6.

Neste ponto da narrativa dos escribas do rei, informações são fornecidas que só foram apresentadas no registro de Isaías no final do capítulo, onde aparece quase como se fosse um adendo. (Ver versículos 21 e 22):

“Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou. E Ezequias disse a Isaías: Qual é o sinal de que o Senhor me sarará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor?”[13]

O versículo 7 (voltando agora à narrativa de Isaías) declara: “E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá esta palavra que falou”.[14] O que o Senhor faria, descrito nas frases paralelas do registro dos escribas citadas acima, seria curar Ezequias e livrar Jerusalém das mãos do rei da Assíria. O sinal teria, então, duplo propósito—aos habitantes de Jerusalém seria uma afirmação de que o Senhor lhes defenderia contra os assírios, e para Ezequias era uma promessa de que ele seria curado e viveria por mais 15 anos.

No versículo 9 do registro dos escribas, Isaías pergunta a Ezequias acerca do sinal: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás? ”[15] Os versículos seguintes fornecem mais detalhes: “Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, mas volte a sombra dez graus atrás”,[16] indicando que foi Ezequias que escolheu qual das duas opções apresentadas por Isaías serviria como sinal.

No versículo 8 (novamente, retornando à narrativa de Isaías), o Senhor declara: “Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado”. Em um dia solar, isto equivaleria à dois-terços de uma hora, ou, 40 minutos. Note que “assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado” é a sexta declaração paralela que começa com “ouvi” e “vi” no versículo 5. Bem como as primeiras cinco, a sexta também possui uma estrutura quiasmática.

O Senhor, falando sobre os sinais nos últimos dias, declarou numa revelação ao profeta Joseph Smith:

“E acontecerá que aquele que me teme estará esperando que venha o grande dia do Senhor, sim, os sinais da vinda do Filho do Homem.
“E verão sinais e maravilhas, pois serão mostrados em cima nos céus e embaixo na Terra.”[17]

Grandes sinais e maravilhas, somos informados, caracterizariam o período bem depois da Segunda Vinda do Senhor. Imagine a consternação dos cientistas modernos quando eles tentam achar uma explicação para o sol haver retornado os dez graus que já tinha declinado! Entretanto, os que estiverem familiarizados com as palavras de Isaías serão confortados por elas.

Os versículos 9 até 20 abrangem um salmo escrito pelo rei Ezequias acerca de sua enfermidade e recuperação miraculosa. O versículo 9 introduz o salmo: “O escrito de Ezequias, rei de Judá, de quando adoeceu e sarou de sua enfermidade: ”

Nos versículos 10 até 14, Ezequias descreve sua enfermidade e grande angústia que sentia com a possibilidade de sua morte. O versículo 10 começa: “Eu disse: No cessar de meus dias ir-me-ei às portas da sepultura; já estou privado do restante de meus anos”.

O versículo 11 continua: “Disse: Não verei ao Senhor, o Senhor na terra dos viventes; jamais verei o homem com os moradores do mundo”.[18] O Grande Pergaminho de Isaías omite a segunda iteração do “Senhor”.[19] Esta declaração fornece uma perspectiva interessante sobre as crenças messiânicas de Ezequias. Durante toda sua vida, aparentemente, ele esperou pela possibilidade de que o Senhor Jeová viria durante o periodo de sua vida mortal. Com a possibilidade de morrer, ele expressou um grande desapontamento de que sua esperança não seria cumprida. Além disso, ele expressou seu desapontamento de que perderia sua associação com os homens da Terra.

No versículo 12, Ezequias lamenta ainda mais o fim de sua vida: “Já o tempo da minha vida se foi, e foi arrebatada de mim, como tenda de pastor; cortei a minha vida como tecelão; ele me cortará do tear; desde a manhã até à noite me acabarás”. Estes símiles descrevem a condição transitória de nossas vidas, comparando com uma tenda que pode ser desmontada e dobrada, ou com um tecelão corta um tecido.

No versículo 13, Ezequias reconta uma noite que passou sem dormir: “Esperei com paciência até à madrugada; como um leão quebrou todos os meus ossos; desde a manhã até à noite me acabarás”. Ele pensou no processo da morte, a fraqueza de seu corpo, o fim de sua vida.

O versículo 14 continua: “Como o grou, ou a andorinha, assim eu chilreava, e gemia como a pomba”. Ezequias descreve seus soluços, comparando-os aos sons que fazem esses pássaros. “Alçava os meus olhos ao alto; ó Senhor, ando oprimido, fica por meu fiador”. Olhava para os céus, clamando ao Senhor. “Fica por meu fiador” vem do hebraico e quer dizer “seja minha segurança”.[20]

No versículo 15, Ezequias reconhece que o Senhor curou-lhe: “Que direi? Como me prometeu, assim o fez; assim passarei mansamente por todos os meus anos, por causa da amargura da minha alma”. Ele ficou sem palavras com a magnanimidade do Senhor ao poupar-lhe a vida—“Como me prometeu, assim o fez”. A Tradução de Joseph Smith apresenta “… e Assim ele me curou: assim passarei mansamente por todos os meus anos, para que eu não ande na amargura da minha alma”.[21] Devido sua gratidão pelo Senhor haver restaurado sua vida, ele decide a andar “mansamente”—ou seja, deliberadamente (com determinação e propósito) [22]—toda a sua vida, para que não seja tragado pela armagura de sua alma. Esta amargura, ou tristeza, vem ao reconhecer o quanto a vida é passageira.

Nos versículos 16 até 20 Ezequias descreve as grandes bênçãos que recebeu do Senhor. No versículo 16, Ezequias ora: “Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito, portanto cura-me e faze-me viver”. A Tradução de Joseph Smith adiciona outra frase: “… e por todas estas coisas te louvarei”.[23] A palavra hebraica traduzida como “cura-me” significa “restaura-me”.[24] Os homens passam pela vida sabendo que a vida é transitória, e como todos homens, Ezequias um dia partiria. A restauração de sua vida pelo Senhor também dá-lhe pleno entendimento de sua mortalidade.

O versículo 17 continua a oração: “Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados”. A Tradução de Joseph Smith apresenta “Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou salvar–me da cova da corrupção …”.[25] Apesar de sua tristeza ao reconhecer o quanto a vida é curta, ele regozija-se em saber sobre os dois estagios da salvação provida pelo Senhor; primeiro, que a vida será restaurada a todos os homens na ressurreição; e segundo, que o Senhor dará um caminho para sermos perdoados de nossos pecados.

No versículo 18, Ezequias expressa mais gratidão: “Porque não te louvará a sepultura, nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova”. Louvar e glorificar a misericordia do Senhor são ações que pertencem à mortalidade, e esperar pela vinda do Messias, ele conclui, pertence aos vivos.

O versículo 19 conclui a oração de Ezequias: “O vivente, o vivente, esse te louvará, como eu hoje o faço; o pai aos filhos fará notória a tua verdade”. Ezequias, sendo permitido a continuar vivendo, louvou ao Senhor. Como um pai e um rei, ele reconhece sua responsabilidade em ensinar seus filhos, e também seus súditos, os princípios do evangelho.

No versículo 20, Ezequias resume: “O Senhor veio salvar-me; por isso, tangendo em meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor”. Este salmo foi, aparentemente, cantado acompanhado por um instrumento de cordas no templo.

Os versículos 10 até 20 contêm um quiasma:[26]

A: (10) Eu disse: No cessar de meus dias ir-me-ei às portas da sepultura; já estou privado do restante de meus anos.
B: (11) Disse: Não verei ao Senhor, o Senhor
C: na terra dos viventes; jamais verei o homem com os moradores do mundo.
D: (12) Já o tempo da minha vida se foi, e foi arrebatada de mim, como tenda de pastor; cortei a minha vida como tecelão; ele me cortará do tear; desde a manhã até à noite me acabarás.
E: (13) Esperei com paciência até à madrugada; como um leão quebrou todos os meus ossos;
F: desde a manhã até à noite me acabarás.
G: (14) Como o grou, ou a andorinha, assim eu chilreava, e gemia como a pomba; alçava os meus olhos ao alto; ó Senhor, ando oprimido, fica por meu fiador.
H: (15) Que direi? Como me prometeu,
H: assim ele me curou; assim passarei mansamente por todos os meus anos, para que eu não ande na amargura da minha alma.
G: (16) Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito,
F: portanto cura-me e faze-me viver,e por todas estas coisas te louvarei.
E: (17) Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou salvar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.
D: (18) Porque não te louvará a sepultura, nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova.
C: (19) O vivente, o vivente, esse te louvará, como eu hoje o faço; o pai aos filhos fará notória a tua verdade.
B: (20) O Senhor veio salvar-me;
A: por isso, tangendo em meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor.

O salmo de Ezequias é estruturado como um quiasma. No enfoque do quiasma, o Senhor cura-o de sua enfermidade: “Como me prometeu, assim ele me curou”. No lado ascendente Ezequias contempla sua enfermidade e sua morte inevitável; ele sofre muito, vendo que as alegrias e glórias terrenas logo ficariam para trás. No lado descendente ele reconhece a grande paz que tem recebido do Senhor ao ser curado, tanto física quanto espiritualmente. Ezequias resolve cantar cânticos de louvor ao Senhor pelo resto de sua vida. A frase “Eu disse: No cessar de meus dias ir-me-ei às portas da sepultura” contrasta-se com “por isso, tangendo em meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor”.

O versículo 21 declara: “E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará”. “A ponham” vem do hebraico e significa “esfregue-o no”.[27] Isto, juntamente com a declaração no versículo 22, são adicionados por Isaías falando na terceira pessoa, quase como um adendo. O conteúdo deste versículo foi apresentado anteriormente no registro dos escribas do rei.[28]

O versículo 22 adiciona: “Também dissera Ezequias: Qual será o sinal de que hei de subir à casa do Senhor? ” Esta declaração foi colocada no final do capítulo para diminuir sua importância na história, elevando, assim, a importância e significância da outra razão para o sinal do sol voltando dez graus—para testificar que o Senhor defenderia Seu povo contra os assírios, como mencionado no versículo 6. Aos leitores modernos, a mensagem de Isaías neste capítulo é a mesma: o Senhor defenderá Seus discípulos justos contra o homólogo dos antigos assírios nos últimos dias.

NOTAS

[1]. Ver Isaías 36 e 37 e comentário pertinente.
[2]. Ver Isaías 45:3; Isaías 54:17 e D&C 71:9-10; Isaías 29:8; 52:12; 58:8; D&C 45:66; 63:34; 97:25.
[3]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 330.
[4]. Os versículos 1 até 3 contêm um quiasma: Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal/o SENHOR/ morrerás//não viverás/orou ao Senhor/chorou Ezequias muitíssimo. Os versículos 2 e 3 contêm um quiasma sobreposto: Ezequias/orou/ao Senhor/Ah! Senhor/peço-te/Ezequias.
[5]. 2 Reis 18:4, 6.
[6]. 2 Reis 20:4.
[7]. Os versículos 4 e 5 contêm um quiasma: Palavra do Senhor/Isaías/dizendo//dize/a Ezequias/Assim diz o Senhor.
[8]. 2 Reis 20:5.
[9]. Ver Isaías 37:36.
[10]. Isaías 38:1.
[11]. 2 Reis 20:6.
[12]. Isaías 37:20.
[13]. 2 Reis 20:7-8.
[14]. O versículo 7 contém um quiasma: E isto te será/do Senhor como sinal//o Senhor cumprirá/esta palavra.
[15]. 2 Reis 20:9.
[16]. 2 Reis 20:10.
[17]. Doutrina e Convênios 45:39-40.
[18]. Os versículos 10 e 11 contêm um quiasma: No cessar de meus dias/às portas da sepultura/ao Senhor//o Senhor/na terra dos viventes/jamais verei o homem.
[19]. Donald W. Parry, Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research e Mormon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 155.
[20]. Brown et al., 1996, Número de Strong 6148, p. 786.
[21]. Joseph Smith’s “New Translation” of the Bible [“Nova Tradução” da Bíblia por Joseph Smith]: Herald Publishing House, Independence, Missouri, 1970, p. 207.
[22]. Brown et al., 1996, Número de Strong 1718, p. 186.
[23]. JST, p. 207.
[24]. Brown et al., 1996, Número de Strong 2421, p. 1092.
[25]. JST, p. 207.
[26]. Compare Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 332-334.
[27]. Isaías 38:21, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 21a.
[28]. 2 Reis 20:7.

INTRODUÇÃO 3: Recursos Literários Usados Por Isaías

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

__________________________________________________________________________________________

As palavras de Isaías são poéticas porque são belas. Sua eloquência, sua habilidade de incorporar tantos significados em poucas palavras, e o uso extensivo de recursos literários e estruturais para alcançar os seus propósitos literários revelam uma perícia literária que requereriam muitos anos para desenvolver. Na verdade, o nível de perícia literária de Isaías é inalcançável exceto por poucos que já viveram sobre a Terra.

O que é poesia? Poesia não é simplesmente uma forma literária caracterizada por ritmo e rima, é uma forma artística complexa na qual beleza é um objetivo importante intencionado pelo escritor. Toda arte, seja música, pintura, dança, desenho, escultura, drama, poesia e prosa, tem elementos em comum que consideramos beleza. Estes elementos incluem ritmo, cores, humor, variedade dentro da unidade, padrão, repetição, contraste e movimento ou ação, os quais influenciam emoções humanas. As escrituras de Isaías são poesias e são belas porque elas causam um profundo impacto emocional, dado aos leitores através do uso perito desses elementos.

Surpreendentemente, os ritmos e padrões de Isaías são de ideias, ao invés de sons das palavras ou rimas. Portanto, sua expressão poética geralmente não se perde quando traduzida; a beleza das palavras de Isaías está presente em qualquer língua.

O aspecto espiritual das palavras de Isaías é perfeitamente unido com sua extraordinária expressão artística. O impacto emocional transmitido pela sua perícia artística é amplificado por sua percepção espiritual inabalável e discernimento profético do passado, presente e futuro. O leitor, quando guiado pelo Espírito Santo, compreende coisas espiritualmente como também responde emocionalmente. Assim, a pura luz da revelação é manifesta nas palavras de Isaías de uma forma extraordinária.

As chaves dadas por Bruce R. McConkie para compreender as palavras de Isaías,[1] apresentadas no capítulo anterior, são as mesmas usadas por Néfi no Livro de Mórmon. O resultado é uma interpretação geral, descrevendo claramente os significados das palavras de Isaías, porém não interpretando palavra-por-palavra nem sentença-por-sentença. A oitava chave apresentada por McConkie, “Aprenda a maneira de profetizar usada entre os Judeus no tempo de Isaías”, tem sido um obstáculo para os Santos dos Últimos Dias por gerações.  A falta de conhecimento faz com que os leitores pulem a parte de Isaías do Livro de Mórmon—tão rica em beleza e significados! Néfi explicou suas razões:

“Agora eu, Néfi, digo algo sobre as palavras que escrevi, que foram proferidas pela boca de Isaías. Pois eis que Isaías disse muitas coisas que, para muitos de meu povo, eram de difícil compreensão; porque não conhecem o modo de profetizar dos judeus.
“Porque eu, Néfi, não lhes ensinei muitas coisas sobre os costumes dos judeus; porque suas obras eram obras de trevas e seus feitos eram abominações.”[2]

Não precisamos temer que ao aprender tais métodos seremos levados às mesmas abominações dos Judeus antigos; ao contrário, os Judeus que Néfi se referiu não tinha o espírito de profecia, talvez mais automaticamente, eles se concentravam nos aspectos mecânicos das palavras de Isaías. Néfi já foi ao outro extremo, se concentrando no contexto espiritual e ignorando o mecânico. Podemos evitar esta dificuldade enfrentada pelos Judeus antigos aplicando as dez chaves apresentadas por McConkie, especialmente a nona: “Tenha o espírito de profecia”.

Na época que McConkie escreveu seu livro não havia muita informação ou orientação disponível sobre a maneira de profetizar entre os Judeus. Quinze anos depois, em 1988, um trabalho seminal por Avraham Gileadi apresentou chaves interpretativas muito úteis.[3]

De acordo com Gileadi, a maneira de aprender entre os Judeus não mudou desde o tempo dos profetas. Nas escolas rabínicas de hoje,

“Os Judeus dependem de recursos interpretativos como símbolos e figuras, linguagem alegórica, padrão literário, estruturas básicas, paralelismos, significado duplo, palavras chaves, codinomes, e outros instrumentos mecânicos…. Sua abordagem é completamente mecânica. Em seus enormes livros, um pequeno quadrado no centro de cada página contém o versículo ou passagem que está sendo estudado…. Lembro levando um mês inteiro da minha vida na escola rabínica discutindo só um versículo, explorando-o por todos os ângulos…. Os Judeus, exclusivamente, usam este método.”[4]

Mesmo as análises simples apresentadas neste comentário se diferem grandemente da abordagem dogmática predominante nas religiões de hoje, onde a passagem tem somente uma interpretação que é aceita. Uma abordagem superficial dogmática elimina a possibilidade de vários níveis de interpretações intencionadas, o que é uma característica importante nas escrituras de Isaías.

Gileadi apresenta uma variedade de recursos literários usados por Isaías, alguns dos mais usados estão resumidos aqui.[5]

Formas de Linguagem

Isaías utiliza muitos pequenos padrões literário, chamados por Gileadi[6] de “formas de linguagem”. Incluindo os seguintes:

Litígio.—Uma só passagem que pode incluir vários versículos de escrituras na qual o Senhor acusa Israel como se estivera numa corte. A sentença é geralmente condicional, concedendo um período de tempo para um possível arrependimento.

Discurso por um Mensageiro.—Aqui o profeta funciona como emissário do Senhor. Ele transmite a mensagem do Senhor para o povo ou seu rei, descrevendo como ele foi chamado e enviado pelo Senhor, apresenta uma lista de pecados cometidos pelo povo e anuncia o subsequente castigo.

Oráculo de Pesar.—Uma série de maldições que o Senhor profere sobre Israel por haver quebrado o convênio. Tomando um formato específico, estes sempre incluem citações de específicas transgressões, estabelecendo, assim, causa e consequências.

Lamento Profético.—Lamentando uma calamidade ou uma desgraça, um lamento profético começa com a palavra “Como” e expressa o pesar pelo estado decaído do povo.

Sermão Sacerdotal.—o profeta assume o papel de sacerdote ou mestre explicando doutrinas, instando o arrependimento e exortando o povo a seguir o caminho correto.

Parábolas.—Uma história na qual uma coisa é comparada à outra alegoricamente, para retratar uma sequência de causas e consequências.

Cânticos da Salvação.—Israel, ou seu porta-voz profético, canta louvores ao Senhor reconhecendo Sua intervenção que resultou em seu resgate.

Metáforas

Gileadi[7] mostra que Isaías usa “mar” e “rio” como metáforas para o rei da Assíria e seus exércitos invasores. O rei da Assíria representa poderes do mal e caos em qualquer tempo e lugar da história humana.

Há vários outros termos metafóricos usados por Isaías que, se soubermos que são metáforas, enriquecerão a nossa compreensão. Considere a seguinte passagem em Isaías 30, que contém várias metáforas: “E em todo o monte alto, e em todo o outeiro levantado, haverá ribeiros e correntes de águas, no dia da grande matança, quando caírem as torres”.[8]

“Água”, como se usa aqui, é uma metáfora que significa inspiração e bênçãos dos céus,[9] enquanto que “monte” e “outeiro” são metáforas que significam nações da Terra, tanto grande quanto pequena.[10]  Esta profecia foi em parte cumprida com a grande matança de milhares de pessoas que morreram em um dia, quando as Torres Gêmeas do Centro Mundial de Comércio em Nova Iorque caíram sobre ataque terrorista no dia 11 de setembro de 2011. De alguma maneira, este acontecimento terrível dará lugar para que as bênçãos e inspirações dos céus se tornarem disponíveis para muitas nações da Terra.[11]

O próximo versículo descreve, usando uma metáfora diferente, uma abundância de inspiração e revelação de Deus que se tornaria disponível para as nações da Terra naquele dia: “E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias…”.[12] A luz da lua e do sol, ampliada como foi descrita, é uma metáfora muito conhecida que significa inspiração e revelação.

A primeira parte deste versículo é equivalente quiasmaticamente à primeira parte do versículo anterior, de modo que o significado idêntico das duas metáforas seja claro. Além disso, o enfoque da estrutura dos dois versículos é “no dia da grande matança, quando caírem as torres”. O significado é que este traumatizante, catastrófico acontecimento e o subsequente conflito é o ponto culminante para o surgimento das maiores inspirações e bênçãos espirituais que serão derramadas sobre as nações da Terra. Mais a respeito de quiasmas e outras estruturas poéticas serão apresentadas em maiores detalhes no próximo capítulo introdutório.

A frase final do versículo é “…no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, e curar a chaga da sua ferida”.[13] Isto significa que a grande orientação e inspiração descritas resultarão numa cura para a aflição do povo e conforto para os que sofreram grande perda.

O Hebraico

Como em outras línguas, é difícil traduzir do Hebraico e transmitir com precisão a mesma coisa. Isto acontece especialmente em casos de palavras com definições duplas. Gileadi[14] cita caso do chamado profético de Isaías, descrito em Isaías 6:

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo.
“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.”[15]

Gileadi explica:

“Em Hebraico, a palavra serafim literalmente significa ‘um ser ardente ou abrasador…’.  O uso de ‘ser ardente’ por Isaías para descrever anjos que rodeiam o Senhor, ao invés de usar o termo comum para anjos (‘mensageiros’) enfatizam a natureza da visão de Isaías—aqui os anjos não servem como mensageiros, mas exemplificam um estado de purificação.”

Cada serafim possui seis asas. O termo “asas” em hebraico…também significa “véus”.

Assim traduz Gileadi: “Com duas podiam ocultar sua presença, com duas esconder sua localização, e com as outras duas voarem”.  Então, ao invés de descreverem características físicas, estas descrições são das capacidades ou qualidades dos serafins. Um conhecimento do Hebraico auxilia grandemente na compreensão do significado desta passagem.

Uma fonte valiosa de significados hebraicos se encontra nas notas de rodapé da edição SUD da Bíblia Sagrada em Inglês (1979 versão de King James) e também em Espanhol (2009 versão Reina-Valera), publicadas pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Esses significados nos fornecem mais discernimentos e mostram onde essas traduções modernas diferenciam do original em hebraico. E ainda, os léxicos estão disponíveis para auxiliarem na compreensão mais precisa de palavras específicas baseando-se nos seus significados e contexto hebraicos.[16]

Símbolos

Ao admoestar os nefitas para que buscassem diligentemente as palavras de Isaías, o ressuscitado Senhor Jesus Cristo disse “…grandes são as palavras de Isaías. Porque ele certamente falou sobre todas as coisas relativas a meu povo, que é da casa de Israel; portanto é preciso que ele fale também aos gentios. E todas as coisas que ele disse foram e serão cumpridas de acordo com as palavras que ele disse” (ênfases adicionadas).[17]

Como que algo dito por Isaías possa se referir eficazmente ao future e ao presente ao mesmo tempo? Simplesmente falando, Isaías usa eventos antigos como modelos ou símbolos do que acontecerá. Gileadi[18] relata que mais de 30 acontecimentos aparecem no livro de Isaías, os quais estabelecem um precedente antigo e anunciam uma série de acontecimentos para os últimos dias. Isaías não era um historiador; ele nunca mencionou a dispersão das Dez Tribos, o que foi um evento histórico de suma importância que aconteceu em seu tempo, apesar de haver profetizado que este evento iria acontecer. Portanto, referências a acontecimentos históricos não são com propósitos simplesmente históricos. Suas profecias englobam o passado, presente e future, com cumprimento recorrente em diferente dispensação. Assíria e Egito, as superpotências dos tempos de Isaías, são codinomes para superpotências semelhantes nos últimos dias. Nossa dificuldade e desafio são o de reconhecer os atores de hoje no palco de Isaías.

 Significados Múltiplos de Palavras

Algumas das palavras chaves usadas nas escrituras têm diferentes significados. Ao entender qual significado está implícito numa determinada passagem nos levará a entender o significado intencionado pelo autor. Quando múltiplos significados são intencionados, cada um representa uma distinta camada de significado para a passagem.  Por exemplo, a palavra hebraica “Sião” significa, literalmente, “lugar seco”.[19] Durante a época de Davi era o nome de um forte perto de Jerusalém;[20] a Arca do Convênio foi trazida de lá para o templo em Jerusalém por Salomão.[21] O monte onde fica o templo em Jerusalém era conhecido também como Monte de Sião,[22] enquanto que Sião, ou filha de Sião, é usado por muitos escritores bíblicos como um sinônimo poético para Jerusalém.[23] Sião também se refere a coligação espiritual nos últimos dias— a restauração da plenitude do evangelho e estabelecimento de um povo que iria respeitar seus princípios.[24] Sião, então, é um grupo dos justos—os puros de coração—vivendo em paz e harmonia, independentemente de onde se encontrem.[25] Em algumas passagens espirituais Sião tem duplo significados—a coligação espiritual dos últimos dias, como também funciona como um sinônimo para a antiga ou Jerusalém dos últimos dias, o lugar para a coligação física.[26] Jerusalém é designada como um lugar de coligação das tribos de Israel retornadas, seja no local original de Jerusalém ou em outro lugar.[27] Uma “Nova Jerusalém” para a coligação de certas das tribos perdidas seria estabelecida no continente Americano.[28]

Considere esta afirmação de Isaías “porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor”.[29] “Sião” neste caso significa o povo ou um lugar que seria estabelecido nos últimos dias para a coligação espiritual do povo do convênio do Senhor.[30] Se “Jerusalém” for considerada a cidade antiga, o significado da passagem é que, tal como a antiga Jerusalém, haveria profetas na Sião moderna de onde a palavra do Senhor sairia. Se, por outro lado “Jerusalém” for considerada a coligação moderna dos descendentes justos de Israel, a passagem significa que haveria dois lugares de onde a palavra inspirada do Senhor emanaria pelo mundo inteiro, tanto de Jerusalém como de Sião.  É possível que Isaías intencionou ambos significados.

Sinônimos para Jesus Cristo

Isaías usa diversos sinônimos para o Senhor Jesus Cristo. Cada um tem seu propósito específico, enfatizando um aspecto específico da missão ou papel do Senhor. A incapacidade de reconhecer os títulos do Senhor pode causar má interpretação do significado das palavras de Isaías. Quarenta e três títulos são estudados neste comentário.[31] Eles são, em ordem alfabética: A Rocha de Israel;[32]  Conselheiro;[33] Criador;[34] Criador de Israel;[35] Criador dos fins da terra;[36] Deus de toda a terra;[37] Deus da tua salvação;[38] Deus da verdade;[39] Deus de Davi;[40] Deus de Israel;[41] Deus de Jacó;[42] Deus Forte;[43] Deus, o Senhor;[44] Emanuel;[45] eterno Deus;[46] Excelso;[47] Maravilhoso;[48] o Alto;[49] o Deus vivo;[50] o eterno Deus;[51] o Forte de Israel;[52] o Forte de Jacó;[53] o primeiro…o último;[54] o Rei;[55] o Rei de Jacó;[56] o Sublime;[57] o teu Redentor;[58] o teu Salvador;[59] Pai da Eternidade;[60] Poderoso de Jacó;[61] Príncipe da Paz;[62] Redentor;[63] Redentor de Israel;[64] Rei de Israel;[65] Rei de Jacó;[66] Salvador;[67] Santo;[68] Santo de Israel;[69] Santo de Jacó;[70] Senhor Deus;[71] Senhor Deus de Israel;[72] Senhor Deus dos Exércitos;[73] Senhor Deus nosso;[74] Senhor dos Exércitos;[75] Senhor teu Deus;[76] seu Santo;[77] Siloé;[78] tronco de Jessé;[79] vosso Rei;[80] vosso Santo.[81]


Notas

[1]. Bruce R. McConkie, Ten keys to Understanding Isaiah [Dez Chavez para Compreender Isaías]: Ensign, Oct. 1973, p. 78.
[2]. 2 Néfi 25:1-2.
[3]. Avraham Gileadi, The Book of Isaiah: A new translation with interpretive keys from The Book of Mormon:[O Livro de Isaías: Uma nova tradução com chaves interpretativas do Livro de Mórmon] Deseret Book Company, P.O. Box 30178, Salt Lake City, Utah 84130, 1988, 250 p.
[4]. Gileadi, 1988, p. 4‑5.
[5]. Gileadi, 1988, p. 1-90.
[6]. Gileadi, 1988, p. 18-20.
[7]. Gileadi, 1988, p. 23.
[8]. Isaías 30:25.
[9]. Ver Isaías 12:3; 35:6-7; 55:11; 58:11.
[10]. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 11:9; 13:2, 4; 30:17, 25-26; 34:3 e comentário pertinente.
[11]. Ver Isaías 30:25 e comentário pertinente.
[12]. Isaías 30:26.
[13]. Isaías 30:26.
[14]. Gileadi, 1988, p. 35.
[15]. Isaías 6:1-2.
[16]. Ver F. Brown, S. Driver e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [O Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, 1185 p.
[17]. 3 Néfi 23:1‑3.
[18]. Gileadi, 1988, p. 69‑70.
[19]. Brown et al., 1996, Strong- Número 6726; p. 851.
[20]. Ver 2 Samuel 5:7; 2 Crônicas 5:2.
[21]. Ver 1 Reis 8:1.
[22]. Ver Salmos 9:11; 14:7; 74:2; 78:68-69; Isaías 4:3-4; 10:12, 32; 16:1; 18:7; 30:19; 31:4; 34:8; 37:22, 32; Doutrina e Convênios  133:18, 56.
[23]. Ver 2 Reis 19:21, 31; Salmos 9:14; 51:18; Isaías 1:8; 10:32; 16:1; 37:22; 52:2; 62:11; 64:10.
[24]. Ver Salmos 102:13, 16; 129:5; 132:13; Isaías 2:3; 4:5; 14:32; 46:13; 51:16; 52:7-8; 59:20.
[25]. Ver D. e C. 97:21.
[26]. Ver Isaías 1:27; 3:16-17; 4:3-4; 8:18; 10:12, 24; 12:6; 18:7; 24:23; 28:16; 29:8; 30:19; 31:4, 9; 33:5, 14, 20; 34: 8; 37:32; 40:9; 41:27; 49:14; 51:3, 11; 52:1; 60:14; 61:3; 66:8.
[27]. Ver Isaías 2:3; 4:3; 24:23; 27:13; 30:19; 31:5, 9; 33:20; 40:2, 9; 41:27; 52:1-2, 9; 62:6-7; 65:18-19; 66:10, 13, 20.
[28]. Ver 3 Néfi 20:22; Éter 13:3-6, 10; D. e C. 84:2-4; Apocalipse 3:12; 21:2; 3 Néfi 21:23-24; D. e C. 42:9, 35, 62, 67; 45:66; 133:56; Moisés 7:62; Regras de Fé 1:10.
[29]. Isaías 2:3.
[30]. Ver Salmos 102:13, 16; 129:5; 132:13; Isaías 4:5; 14:32; 46:13; 51:16; 52:7-8; 59:20.
[31]. Gary W. Hamon, Strathmore, Alberta, Canada; comunicação pessoal, 2003.
[32]. Isaías 30:29.
[33]. Isaías 9:6.
[34]. Isaías 17:7; 40:28; 45:9; 54:5.
[35]. Isaías 43:15.
[36]. Isaías 40:28.
[37]. Isaías 54:5.
[38]. Isaías 17:10.
[39]. Isaías 65:16.
[40]. Isaías 38:5.
[41]. Isaías 17:6; 21:10, 17; 24:15; 29:23; 37:16, 21; 41:17; 45:3, 15; 48:1, 2; 52:12.
[42]. Isaías 2:3.
[43]. Isaías 9:6; 10:21.
[44]. Isaías 40:28; 42:5.
[45]. Isaías 7:14; 8:8.
[46]. Isaías 40:28.
[47]. Isaías 12:4.
[48]. Isaías 9:6.
[49]. Isaías 57:15.
[50]. Isaías 37:4, 17.
[51]. Isaías 40:28.
[52]. Isaías 1:24.
[53]. Isaías 49:26.
[54]. Isaías 44:6; 48:12.
[55]. Isaías 6:5; 33:17, 22.
[56]. Isaías 41:21.
[57]. Isaías 57:15.
[58]. Isaías 41:14; 48:17; 49:26; 54:5, 8; 60:16.
[59]. Isaías 43:3; 49:26; 60:16.
[60]. Isaías 9:6.
[61]. Isaías 60:16.
[62]. Isaías 9:6.
[63]. Isaías 43:14; 44:16, 24; 47:4; 59:20; 63:16.
[64]. Isaías 49:7.
[65]. Isaías 44:6.
[66]. Isaías 41:21.
[67]. Isaías 45:15, 21; 63:8.
[68]. Isaías 5:16; 6:3; 10:17; 40:25; 43:15; 49:7; 57:15.
[69]. Isaías 1:4; 5:19, 24; 10:20; 12:6; 17:7; 29:19; 30:11, 12, 15; 31:1; 37:23; 41:14, 16, 20; 43:3, 14; 45:11; 47:4; 48:17; 49:7; 54:5; 55:5; 60:9, 14.
[70]. Isaías 29:23.
[71]. Isaías 7:7; 12:2; 25:8; 26:4, 13; 28:16; 30:15; 40:10; 48:16; 49:22; 50:4, 5, 7, 9; 52:4; 56:8; 61:1, 11; 65:13, 15.
[72]. Isaías 17:6; 21:17; 24:15; 37:21.
[73]. Isaías 3:15; 10:23, 24; 22:5, 12, 14, 15; 28:22.
[74]. Isaías 26:13.
[75]. Isaías 1:9, 24; 2:12; 3:1; 5:7, 9, 15, 24; 6:3, 5; 8:13, 18; 9:7, 19; 10:16, 26, 33; 13:4, 13; 14:22, 23, 24, 27; 17:3; 18:7; 19:4, 12, 16, 17, 18, 20, 25; 21:10; 22:14, 25; 23:9; 24:23; 25:6; 28:5, 29; 29:6; 31:4, 5; 37:16, 32; 39:5; 44:6; 45:13; 47:4; 48:2; 51:15; 54:5.
[76]. Isaías 7:10; 37:4; 41:13; 43:3; 48:17; 51:15; 55:5; 60:9.
[77]. Isaías 10:17; 49:7.
[78]. Isaías 8:6.
[79]. Isaías 11:1.
[80]. Isaías 43:15.
[81]. Isaías 43:15.