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CAPÍTULO 14: “Como Já Cessou O Opressor, Como Já Cessou A Cidade Dourada!”

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O capítulo 14, que continua a predição da destruição da Babilônia, que começou no capítulo 13, contém cinco partes. A primeira, abrangendo os versículos 1 até 3, proclama a misericórdia do Senhor sobre Israel, que será reunida e desfrutará de um descanso milenar. A segunda parte, compreendendo os versículos 4 até 11, prediz a derrota e a desonra do rei da Babilônia; e a terceira parte, abrangendo os versículos 12 até 23, compara o rei da Babilônia com Lúcifer, que foi expulso dos céus por causa de sua rebelião. A quarta parte, do versículo 24 até ao versículo 27, prediz e promete que o Senhor livrará Seu povo dos agressores assírios; e a quinta parte, abrangendo os versículos 28 até 32, prediz a destruição da Palestina. Esta profecia refere-se tanto à Babilônia antiga quanto à Babilônia dos últimos dias, isto é, o mundo pecador antes da Segunda Vinda do Senhor. Néfi cita este capítulo por completo com variações em diversos versículos. Compare 2 Néfi 24.

Nos versículos 1 até 3 Isaías proclama a misericórdia do Senhor sobre Israel, que será reunida e desfrutará de um descanso milenar. O versículo 1 declara: “Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó”. “Estrangeiros” é traduzida de uma palavra hebraica que significa “peregrinos”.[1] Os prosélitos que não faziam parte do Convênio Abraâmico, mas que receberiam a religião verdadeira nos últimos dias, também ajudarão a cumprir o Convênio Abraâmico.[2]

O versículo 2 começa: “E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares” ― O Livro de Mórmon adiciona uma frase aqui: Sim, desde os confins da Terra; e voltarão para suas terras de promissão”.[3] A versão de João Ferreira de Almeida continua: “e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram, e dominarão sobre os seus opressores”. Este versículo prediz a coligação dos remanescentes de Israel nos últimos dias; eles nunca mais seriam oprimidos, mas reinariam sobre os seus opressores.

Os versículos 1 e 2 contêm um quiasma:

A: (1) Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó,
B: e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra;
C: e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros,
D: e se achegarão à casa de Jacó.
E: (2) E os povos os receberão,
E: e os levarão aos seus lugares; Sim, desde os confins da Terra; e voltarão para suas terras de promissão.
D: e a casa de Israel
C: os possuirá
B: por servos e por servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram,
A: e dominarão sobre os seus opressores.

“O Senhor se compadecerá de Jacó” é complementado por “dominarão os seus opressores”, isto é, através da compaixão do Senhor Jacó dominará os seus opressores. “Os porá na sua própria terra” compara-se com “na terra do Senhor”. A terra prometida aos filhos de Israel é mencionada como sendo a terra do Senhor. “E ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros” complementa “os possuirá”, mostrando que seus antigos opressores serão servos dos filhos de Israel. “A casa de Jacó” é equivalente à “casa de Israel”; “os receberão” corresponde à frase “os levarão aos seus lugares”. Israel voltará à sua própria terra, tendo ganho a vitória sobre seus opressores. Os antigos opressores de Israel, que se uniriam à casa de Jacó, tornar-se-iam seus servos.

O versículo 3 continua: “E acontecerá que no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor, e da dura servidão com que te fizeram servir” —[4] O versículo seguinte continua a sentença, mas o assunto muda.

Os versículos 4 até 11 predizem a derrota e desonra do rei da Babilônia. O versículo 4 continua a sentença iniciada no versículo 3: “Então proferirás este provérbio contra o rei da Babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!” “Provérbio” significa “sentença moral” ou “poema”.[5] O Livro de Mórmon adiciona: “E acontecerá naquele dia”, no começo deste versículo,[6] indicando que pelo menos algumas das profecias seriam cumpridas nos últimos dias. O “provérbio” ou “poema” abrange os versículos 4 até 21.

O versículo 5 declara, “Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores”. O Livro de Mórmon usa “os cetros dos governantes”.[7] O paralelismo nesta sentença leva-nos à conclusão de que os governantes derrotados, tornaram-se tão iníquo, que o Senhor destruiu seus regimes corruptos.

O versículo 6 continua: “Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir”. “Com golpes incessantes” significa que este governante iníquo infligiria continuamente dores e lesões sobre o povo. Esta declaração descreve a iniquidade tanto do rei da Babilônia antiga quanto de seu equivalente moderno.

O versículo 7 descreve as condições depois da derrota do tirano: “Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando”. O Livro de Mórmon apresenta: “…eles rompem em cânticos”. Ninguém lamenta a perda deste tirano.

O versículo 8 usa uma metáfora com árvores[8] para descrever o grande alívio dos governantes das nações menores: “Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar”. O Livro de Mórmon apresenta: “…e também os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste, nenhum lenhador subiu contra nós”.[9] “Faias” é traduzida de uma palavra hebraica que significa “cipreste”, “zimbro”, “abeto” ou “pinheiro”.[10]

Esta metáfora foi usada antes por Isaías, no capítulo 2:

“Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;
“E contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã.”[11]

Note que a primeira sentença provê a interpretação da metáfora.

O versículo 9 continua a retórica dos líderes das nações menores: “O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações”.

“Inferno” foi traduzido da palavra hebraica sheol, que significa o mundo dos espíritos que partiram.[12] O significado original desta palavra não tinha uma conotação de punição.

No versículo 10, os príncipes da terra continuam a zombar do rei da Babilônia: “Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós”.

Os versículos 8 até 10 contêm um quiasma:

A: (8) Até as faias se alegram sobre ti,
B: e os cedros do Líbano, dizendo:
C: Desde que tu caíste nenhum lenhador sobe contra nós para nos cortar.
D: (9) O inferno desde o profundo se turbou por ti,
E: para sair ao teu encontro
E: na tua vinda;
D: despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra,
C: e fez levantar dos seus tronos
B: a todos os reis das nações.
A: (10) Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.

“Até as faias se alegram sobre ti” corresponde à “Estes todos [os reis] responderão, e te dirão”. A frase “Os cedros do Líbano” é equivalente à frase “reis das nações”; observe a chave dada aqui por Isaías para se entender o simbolismo das árvores, que representam os reis das nações. “Desde que tu caíste” contrasta-se com “fez levantar”; “o inferno desde o profundo se turbou por ti” complementa “despertou por ti os mortos”; e “sair ao teu encontro na tua vinda” forma o enfoque do quiasma. Os governantes das nações, que estavam sendo ameaçados pelo o rei da Babilônia, se alegraram com sua morte.

A zombaria dos príncipes contra o rei da Babilônia, continua no versículo 11: “Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão”. O Livro de Mórmon apresenta “o som dos teus alaúdes não é ouvido”.[13]

Os versículos 12 até 23 comparam o rei da Babilônia a Lúcifer, que foi expulso dos céus por sua rebelião. Esta profecia não só se refere ao antigo rei da Babilônia; haverá um equivalente moderno que ainda não foi manifestado. Este equivalente moderno estará determinado a avançar os propósitos de Satanás, tanto quanto o antigo rei da Babilônia.

O versículo 12 é um lamento profético: “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!” O rei da Babilônia foi comparado aqui a Lúcifer, o filho da manhã decaído. “Lúcifer” vem de uma palavra hebraica que significa “portador da luz” ou “estrela da manhã”;[14] portanto o nome “Lúcifer” descreve a alta posição no mundo pré-mortal de onde ele caiu por rebeldia, para chegar a ser Satanás. A morte de Lúcifer foi espiritual, já a do rei da Babilônia foi física.

Foi mostrado numa grande visão a Joseph Smith e a Sidney Rigdon o decaído Lúcifer e a origem de Satanás:

“E isto também vimos e testificamos: Que um anjo de Deus, que possuía autoridade na presença de Deus, que se rebelou contra o Filho Unigênito, a quem o Pai amava e que estava no seio do Pai, foi expulso da presença de Deus e do Filho,
“E foi chamado Perdição, porque os céus prantearam por ele—ele era Lúcifer, um filho da manhã.
“E olhamos, e eis que ele caiu! Caiu, ele, um filho da manhã![15]

Os versículos 11 e 12 contêm um quiasma:

A: (11) Já foi derrubada
B: na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas não é ouvido;
C: os vermes debaixo de ti se estenderão,
C: e os bichos te cobrirão.
B: (12) Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!
A: Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!

Neste quiasma a expulsão de Lúcifer dos céus é um símbolo da morte do rei da Babilônia. “Já foi derrubada” é equivalente a “foste cortado por terra”; “na sepultura a tua soberba” corresponde à “como caíste desde o céu”; e a frase “os vermes debaixo de ti se estenderão” corresponde-se à frase “os bichos te cobrirão”. Como já foi mencionado, a morte de Lúcifer foi espiritual; a do rei da Babilônia foi física.

O versículo 12 contém um quiasma:

A: (12) Como caíste desde o céu,
B: ó Lúcifer,
B: filho da alva!
A: Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!

“Como caíste desde o céu” é equivalente à “como foste cortado por terra”; note que a primeira frase refere-se a Lúcifer, mas a frase equivalente refere-se ao rei da Babilônia. “Lúcifer” é um sinônimo para “filho da alva!”, dando a definição do nome.  Lúcifer era um dos filhos espirituais mais velhos do Pai Celestial, e desfrutava de grande honra e poder no mundo pré-mortal, antes da sua queda ignominiosa. Da mesma maneira, o rei da Babilônia desfrutou de grande glória e honra antes de sua morte.

Os versículos 13 e 14 continua o “provérbio”, ou uma expressão com fundo moral, descrevendo a arrogância e rebelião de Lúcifer. O versículo 13 declara: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte”. De acordo com as crenças Babilônicas, o norte era o lugar onde habitavam os deuses.[16] A ambição cega de Lúcifer é um símbolo para a do rei da Babilônia.

O versículo 14 continua: “Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Tanto Lúcifer quanto o rei da Babilônia procuraram exaltar a si mesmos, e serem como Deus.

Foi mostrado também a Joseph Smith e a Sidney Rigdon a rebelião e a hostilidade de Satanás para com os santos de Deus: “…vimos Satanás, aquela antiga serpente, sim, o diabo, que se rebelou contra Deus e procurou tomar o reino de nosso Deus e seu Cristo—Portanto ele faz guerra aos santos de Deus e cerca-os”.[17]

O Senhor explica com mais detalhes:

“Mas eis que em verdade vos digo: Antes que passe a Terra, Miguel, meu arcanjo, soará sua trombeta e então todos os mortos despertarão, pois suas sepulturas serão abertas e eles surgirão—sim, todos.
“E os justos serão reunidos a minha direita para a vida eterna; e os iníquos a minha esquerda, envergonhar-me-ei de reivindicar perante o Pai;
“Portanto eu lhes direi: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
“E agora, eis que vos digo que nunca, em tempo algum, declarei de minha própria boca que eles voltariam, pois onde eu estou eles não podem vir, porque não têm poder.
“Lembrai-vos, porém, de que aos homens não são dados todos os meus juízos; e assim como as palavras saíram de minha boca, assim serão cumpridas, para que os primeiros sejam os últimos e para que os últimos sejam os primeiros em todas as coisas que eu criei pela palavra de meu poder, que é o poder de meu Espírito.”[18]

Os versículos 13 e 14 contêm um quiasma:

A: (13) E tu dizias no teu coração: Eu subirei
B: ao céu;
C: acima das estrelas de Deus
D: exaltarei
D: o meu trono,
C: e no monte da congregação me assentarei,
B: aos lados do norte.
A: (14) Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.

“Eu subirei” corresponde à frase “subirei sobre as alturas das nuvens”; “ao céu” comparara-se com a frase “aos lados do norte”; e “acima das estrelas de Deus” reflete-se “no monte da congregação”. O enfoque e sua reflexão são “exaltarei” e “o meu trono”. Os desejos de Lúcifer de “subir ao céu” e exaltar o seu trono “acima das estrelas de Deus” é semelhante ao desejo do rei da Babilônia de assentar-se “no monte da congregação” “nas extremidades do norte”. Para ambos, o maior desejo era o de subir “acima das alturas das nuvens”, e ser “semelhante ao Altíssimo”. Para cada um deles, o que lhes motivavam grandemente era a obtenção de um poder incomparável.

Revelações modernas proveem detalhes adicionais a respeito da queda de Lúcifer:

“E Eu, o Senhor Deus, falei a Moisés, dizendo: Aquele Satanás a quem tu deste ordem em nome de meu Unigênito é o mesmo que existiu desde o princípio; e ele apresentou-se perante mim, dizendo: Eis-me aqui, envia-me; serei teu filho e redimirei a humanidade toda, de modo que nenhuma alma se perca; e sem dúvida eu o farei; portanto dá-me a tua honra.
“Mas eis que meu Filho Amado, que foi meu Amado e meu Escolhido desde o princípio, disse-me: Pai, faça-se a tua vontade e seja tua a glória para sempre.
“Portanto, por ter Satanás se rebelado contra mim e procurado destruir o arbítrio do homem, o qual eu, o Senhor Deus, lhe dera; e também por querer que eu lhe desse meu próprio poder, fiz com que ele fosse expulso pelo poder do meu Unigênito.
“E ele tornou-se Satanás, sim, o próprio diabo, o pai de todas as mentiras, para enganar e cegar os homens e levá-los cativos segundo sua vontade, sim, todos os que não derem ouvidos a minha voz.[19]

Elder Joseph Anderson explicou esta passagem:

“Dá à entender que visto que na existência pré-mortal, naquele estado espiritual, os espíritos tiveram seu livre arbítrio, havia diferentes graus de obediência lá, diversos graus de retidão. Lúcifer exerceu seu livre arbítrio quando rebelou-se contra o Pai, mas teve que pagar as consequências de sua rebelião e ainda está pagando, bem como aqueles espíritos que o seguiram. Foi-lhes negado o privilégio de tomarem sobre si a mortalidade, e isto tem sido uma grande maldição e desapontamento para eles.”[20]

Continuando com o versículo 15, o rei da Babilônia e seu equivalente moderno são ainda mais menosprezados: “E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”.

Os versículos 13 até 15 contêm um quiasma:

(13) E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação
A: me assentarei, aos lados do norte.
B: (14) Subirei sobre as alturas das nuvens,
C: e serei semelhante ao Altíssimo.
C: (15) E contudo levado
B: serás [levado] ao inferno
A: [levado] ao mais profundo do abismo.

Os elementos emparelhados deste quiasma formam uma série de contrastes literários. “Aos lados do norte” contrasta-se com “ao mais profundo do abismo”. “Subirei sobre as alturas das nuvens” é o oposto de “serás [levado] ao inferno”, e “serei semelhante ao Altíssimo” contradiz “contudo levado”. O lado ascendente do quiasma descreve as ambições altivas, mas malévolas que caracterizavam tanto a Lúcifer quanto ao rei da Babilônia; o lado descendente revela o resultado ignominioso.

Os versículos 16 e 17 apresentam uma pergunta retórica. O versículo 16 declara: “Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?” Esta declaração refere-se ao decaído rei da Babilônia e seu equivalente moderno. “Contemplarão” foi traduzido de uma palavra hebraica que significa “olhar atentamente”.[21]

O versículo 17 completa a pergunta retórica que começou no versículo 16: “Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?” Este tirano destruiu cidades, tomou cativos, e despovoou muitas terras. Temor, ou terror, foi a influência preeminente exercida pelo déspota destronado.

Os versículos 18 e 19 contrastam o tratamento do derrotado rei da Babilônia com os sepultamentos dos reis. O versículo 18 começa: “Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada”. O Livro de Mórmon substitui “…sim, todos eles…”.[22] “Sua morada” significa “a sepultura de sua família”.[23]

O versículo 19 continua a comparação: “Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado”. O Livro de Mórmon apresenta “…como um ramo abominável…”.[24] “Ramo abominável” significa “um ramo rejeitado, podado e desprezado”.[25]

O versículo 20 revela a razão para tal desonra: “Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada”.

Os versículos 17 até 20 contêm um quiasma:

A: (17) Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos? (18) Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.
B: (19) Porém tu és lançado da tua sepultura,
C: como um renovo abominável,
D: como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada,
D: como os que descem ao covil de pedras,
C: como um cadáver pisado.
B: (20) Com eles não te reunirás na sepultura;
A: porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.

“Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades?” complementa “destruíste a tua terra e mataste o teu povo”; “tu és lançado da tua sepultura” é esclarecido pela frase “com eles não te reunirás na sepultura”. “Como um renovo abominável” é o mesmo que “como um cadáver pisado”; e a frase “como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada” complementa “como os que descem ao covil de pedras”, que forma o enfoque do quiasma.

O versículo 21 continua: “Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades”.[26] O Livro de Mórmon apresenta “…por causa da iniquidade de seus pais…”.[27] Não só seria destruído o rei da Babilônia e seu corpo profanado, mas seus filhos seriam abatidos também, para evitar que outra geração subisse ao poder e continuassem esse regime injusto.[28] O tratamento divinamente mandatados para este tirano e seus herdeiros é de exterminação, para prevenir a ascensão de outra dinastia injusta.

O Senhor está envolvido nesta atrocidade aparentemente cruel, como foi explicado no versículo 22: “Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei da Babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR”.

Os versículos 21 e 22 contêm um quiasma:

A: (21) Preparai a matança para os seus filhos
B: por causa da maldade de seus pais,
C: para que não se levantem,
D: e nem possuam a terra,
D: e [nem] encham a face do mundo de cidades.
C: (22) Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos,
B: e extirparei da Babilônia
A: o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.

“Os seus filhos” complementa “o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto”, provendo uma explicação mais ampla. “Maldade de seus pais” compara-se com “Babilônia”. Este significado simbólico é bem conhecido, mas aqui Isaías estabelece a conotação através da estrutura do quiasma. “Para que não se levantem” contrasta-se com “me levantarei contra eles”, que descreve o propósito do Senhor para a destruição decretada. “Nem possuam a terra” contrasta-se com “encham a face do mundo de cidades”, que forma o enfoque do quiasma e descreve a mensagem intencionada.

O versículo 23 relembra-nos de que a Babilônia nunca mais seria habitada: “E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos”.[29] “Ouriço” é o fruto da castanha, constituído por uma cápsula espinhosa com uma semente dentro.[30]  “Ouriço” foi traduzido de uma palavra hebraica que significa “porco-espinho”.[31]

A quarta parte deste capítulo, abrangendo os versículos 24 até 27, representa uma mudança brusca de assunto. Predizendo e prometendo que o Senhor livrará Seu povo dos agressores assírios. Isaías predisse este acontecimento antes, no capítulo 10.[32] O antigo cumprimento desta profecia está registrado em 2 Reis 18 e 19 e em Isaías 36 e 37.

Os versículos 24 e 25 descrevem a destruição dos assírios. O versículo 24 começa: “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará”. O Senhor jura que será como Ele pensou e planejou, que Ele derrotaria os exércitos dos assírios.

O versículo 25 continua: “Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros”.[33] O Livro de Mórmon substitui “quebrantarei” por trarei.[34] “Na minha terra, e nas minhas montanhas” significa que isto aconteceria em Judá;[35] além disso, este acontecimento terminaria com a subordinação de Judá à Assíria.

O cumprimento desta profecia ocorreu quando 185.000 homens dos exércitos assírios foram destruídos durante a noite por um anjo do Senhor, enquanto eles estavam sitiando a cidade de Jerusalém:

“Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.
“Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, e voltou e ficou em Nínive.
“E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.”[36]

O versículo 26: “Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações”. “O propósito” é que, eventualmente, todas as nações do mundo serão derrotadas desta forma.[37] Este acontecimento, apesar de haver sido cumprido no passado, é também um símbolo para acontecimentos semelhantes nos últimos dias.

O versículo 27 reafirma a vontade do Senhor mencionada no versículo 24: “Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”[38] O Livro de Mórmon omite “o” e diz: “…e quem invalidará?”[39]

A parte final deste capítulo, abrangendo os versículos 28 até 32, prediz a destruição da Palestina. O versículo 28 afirma: “No ano em que morreu o rei Acaz, foi dada esta sentença”. Uma sentença, como foi traduzido do hebraico, é uma mensagem de condenação para o povo.[40] O ano em que morreu o rei Acaz foi mais ou menos em 730 a.C.[41]

Durante um certo período de tempo os filisteus estavam subjugados por Judá; entretanto, no versículo 29, os filisteus são advertidos à não se regozijarem na derrota prevista de Judá: “Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria” ― O Livro de Mórmon diz: “Não te alegres tu, Palestina toda” …[42] “Palestina” vem de uma palavra hebraica que significa “terra dos filisteus” ou “terra dos estrangeiros”.[43] Continuando: “porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora”, que significa que apesar do fato de que Judá seria subjugada e eventualmente destruída, os subsequentes opressores da Filístia tornar-se-iam progressivamente piores, resultando finalmente em sua destruição. Portanto, a Filístia não teria nenhuma razão para regozijar-se com a destruição de Judá.

O versículo 30 continua: “E os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; porém farei morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes”.[44] Apesar da predita destruição de Judá pelas mãos do rei da Babilônia, ela seria novamente estabelecida; seus pobres e necessitados seriam cuidados por bons governantes. Por outro lado, a iníqua Palestina será aniquilada: “morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes”. “Raiz” significa ancestrais; “sobreviventes” significa descendentes. Quem está falando aqui é Jeová; os exércitos invasores agiriam como representantes para cumprir a vontade do Senhor.

Continuando no versículo 31: “Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do norte vem uma fumaça, e não haverá quem fique sozinho nas suas convocações”. O Livro de Mórmon apresenta: “…ninguém ficará solitário no tempo que lhe foi designado”. A última frase neste versículo, “não haverá quem fique sozinho nas suas convocações”, revela que esta “fumaça” é um exército bem disciplinado, que avançará do norte.

Os versículos 29 até 31 contêm um quiasma:

A: (29) Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria;
B: porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
C: (30) E os primogênitos dos pobres serão apascentados,
C: e os necessitados se deitarão seguros;
B: porém farei morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes.
A: (31) Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do norte vem uma fumaça, e não haverá quem fique sozinho nas suas convocações.

“Não te alegres, tu, toda a Filístia” corresponde à “Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida”, que prediz a destruição da Filístia (Palestina). “Da raiz da cobra” complementa “farei morrer de fome a tua raiz”, indicando que a destruição total da Filístia, pelas mãos da Assíria, ocorreria sob um governante tirano, que seria pior do que os outros dois anteriores. A frase “Os primogênitos dos pobres” corresponde à frase “os necessitados se deitarão seguros”, que forma o enfoque do quiasma. Apesar da Palestina ter sido destruída pelo exército invasor, Judá seria eventualmente restaurada, e teria o Senhor cuidando de seus pobres e necessitados.

O versículo 32 reforçar o significado do versículo 30: “Que se responderá, pois, aos mensageiros da nação? Que o Senhor fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem refúgio”. O Livro de Mórmon apresenta “Que responderão pois os mensageiros das nações?…”.[45] Isto é, “O que vai relatar os emissários de várias nações sobre a destruição da Palestina?” A resposta se encontra na sentença final: “Que o Senhor fundou a Sião, e que nela acharão refúgio os aflitos do seu povo”. O Senhor apoiará Seu povo justo em seu tempo de necessidade; a retidão pessoal é a chave para a sobrevivência. O significado de “Sião” aqui é Jerusalém sob um governo justo; como também um lugar de coligação espiritual nos últimos dias.[46]

NOTAS

[1]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 1616, p. 158.
[2]. Ver Gênesis 22:15-18.
[3]. 2 Néfi 24:2.
[4]. Os versículos 2 e 3 contêm um quiasma: Por servos e por servas/aqueles que os cativaram/sofrimento//pavor/dura servidão/servir.
[5]. Brown et al., 1996, 1996, Número de Strong 4912, p. 605.
[6]. 2 Néfi 24:4.
[7]. 2 Néfi 24:5.
[8]. Ver Isaías 2:13; 9:18; 10:18-19, 33-34; 29:17; 32:15; 37:24; 55:12.
[9]. 2 Néfi 24:8.
[10]. Brown et al., 1996, Número de Strong 1265, p. 141.
[11]. Isaías 2:12-13. Também ver Isaías 9:18; 10:18-19, 33-34; 29:17; 32:15; 37:24; 55:12.
[12]. Isaías 14:11, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 11a; Ver Dicionário Bíblico—Inferno.
[13]. 2 Néfi 24:11.
[14]. Brown et al., 1996, Número de Strong 1966, p. 237.
[15]. D&C 76:25-27.
[16]. Ver Isaías 14:13, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 13e.
[17]. Doutrina e Convênios 76:28-29.
[18]. D&C 29:36-39.
[19]. Moisés 4:1-4.
[20]. Joseph Anderson, “A Testimony of Christ” [Um Testemunho de Cristo], Ensign, Nov. 1974, p. 101.
[21]. Brown et al., 1996, Número de Strong 7200, p. 906; Ver também Isaías 14:16, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 16b.
[22]. 2 Néfi 24:18.
[23]. Brown et al., 1996, Número de Strong 1004, p. 108.
[24]. 2 Néfi 24:19.
[25]. Brown et al., 1996, Número de Strong 5432, p. 666; Ver também Isaías 14:19, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 19a.
[26]. Os versículos 20 e 21 contêm um quiasma: Porque destruíste a tua terra/a descendência dos malignos//a matança para os seus filhos/para que não se levantem, e nem possuam a terra.
[27]. 2 Néfi 24:21.
[28]. Ver Isaías 14:21, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 21a.
[29]. Ver Isaías 13:19-22; Ver também Isaías 34:11-15.
[30]. Ouriço Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/ouriço.
[31]. Brown et al., 1996, Número de Strong 7090, p. 891.
[32]. Isaías 10:24-34.
[33]. O versículo 25 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Deles/jugo se apartará/a sua carga/se desvie dos seus ombros. Em Donald W. Parry,  Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research e Mormon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 259.
[34]. 2 Néfi 24:25.
[35]. “Montanha” significa “nação”; Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 11:9; 13:2, 4; 30:25 e comentário pertinente.
[36]. 2 Reis 19:35-37. Ver também Isaías 10:33-34 e pertinent discussion.
[37]. Ver Isaías 14:26, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 26b.
[38]. Os versículos 24 até 27 contêm um quiasma: Como pensei, assim sucederá/quebrantarei a Assíria na minha terra/nas minhas montanhas o pisarei/seu jugo se aparte//sua carga se desvie/este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra/esta é a mão que está estendida sobre todas as nações/o Senhor dos exércitos o determinou; quem o invalidará?
[39]. 2 Néfi 24:24.
[40]. Brown et al., 1996, Número de Strong 4853, p. 672.
[41]. Ver Dicionário Bíblico—Cronologia.
[42]. 2 Néfi 24:29.
[43]. Brown et al., 1996, Número de Strong 6429, p. 814.
[44]. O versículo 30 contém dois quiasmas reconhecido no hebraico original: Serão apascentados/pobres//necessitados/ se deitarão seguros. Tua raiz/ele matará//será destruído/ os teus sobreviventes. Em Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[45]. 2 Néfi 24:32.
[46]. Ver Isaías 1:8 e comentário pertinente. Ver também Salmos 102:13, 16; 129:5; 132:13; Isaías 1:27; 2:3; 4:5; 24:23; 28:16; 31:9; 35:10; 46:13; 51:16; 52:7, 8; 59:20.

CAPÍTULO 13: “Alçai Uma Bandeira Sobre o Monte Elevado”

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

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O tema principal do capítulo 13 é a destruição da Babilônia. Típico do estilo de Isaías, envolvendo múltiplos níveis de significados, a destruição descrita é um símbolo da destruição dos iníquos que acontecerá na Segunda Vinda.  Por que nós, nos últimos dias, devemos estar preocupados com a destruição da Babilônia que ocorreu há milhares de anos atrás? –Porque Isaías previu e descreveu sobre as destruições precedentes ao retorno do Senhor Jesus Cristo, as quais se entrelaçam com as descrições da antiga destruição da Babilônia. Isaías dá muitas dicas neste capítulo que nos leva à interpretação dos níveis de significados—especificamente passagens que se relacionam somente com a destruição da Babilônia na Mesopotâmia e outras passagens que se referem só às destruições precedentes à Segunda Vinda.

Depois da destruição a antiga Babilônia nunca mais seria habitada; semelhantemente, na Segunda Vinda a maldade do mundo seria destruída para sempre. Isaías descreve a destruição na Segunda Vinda como um dia com furor e ira ardente.

Néfi cita este capítulo completamente, com pequenas mudanças; compare 2 Néfi 23.

Este capítulo pode ser dividido em três partes. A primeira parte, versículos 1 até 5, descreve a congregação dos exércitos antes das destruições preditas. Estes exércitos serviriam como instrumentos nas mãos do Senhor para levar a cabo seus propósitos. A segunda parte, versículos 6 até 18, descreve a destruição da Babilônia, e serve como um símbolo para o mundo na época da Segunda Vinda; e a terceira parte, versículos 19 até 22, descreve o destino da Babilônia decaída.

Nos versículos 1 até 5, o Senhor chama os exércitos para que se juntem, antes da destruição da Babilônia, para executarem seus propósitos. O versículo 1 declara: “Peso de Babilônia, que viu Isaías, filho de Amós”. Isaías foi um profeta e um vidente; ele “viu” esta revelação, que veio como uma visão. “Peso” significa “uma mensagem de destruição contra um povo”.[1]

Os versículos 2 e 3 descrevem a congregação dos exércitos. O versículo 2 começa: “Alçai uma bandeira sobre o monte elevado, levantai a voz para eles; acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos nobres”. “Sobre o monte elevado” significa ao mesmo tempo “nação líder” e “templo”; portanto, o significado implícito é “nação líder que possui o templo”.[2] As “portas dos nobres” são locais reservados para os escolhidos e santificados do Senhor, e onde os iníquos e os imundos não podem entrar—o que significa os templos sagrados. “Acenai-lhes com a mão” representa os sinais cerimoniais pelos quais os santificados serão permitidos entrarem no templo. “Levantai a voz” significa elevar a voz ou gritar.

O versículo 3 continua: “Eu dei ordens aos meus santificados; sim, já chamei os meus poderosos para executarem a minha ira, os que exultam com a minha majestade”. O Livro de Mórmon apresenta “…pois minha ira não está sobre os que exultam com a minha majestade”.[3] Os “santificados” e “poderosos” são traduzidos no Velho Testamento como sinônimos de uma ou duas palavras hebraicas.[4] A palavra equivalente no Novo Testamento é “santos”. Aqueles que foram chamados e santificados formarão um exército poderoso nos últimos dias de indivíduos “santificados”, ou santos, cujo propósito será o de coligar o povo de Israel que foi espalhado—e se referem aos missionários atuais. Os “poderosos” do Senhor, em contraste, são exércitos assoladores que executarão os propósitos do Senhor de limpar tanto a Babilônia antiga quanto a moderna.

Os versículos 2 e 3 contêm um quiasma:

A: (2) Alçai uma bandeira sobre o monte elevado,
B: levantai a voz para eles;
C: acenai-lhes com a mão, para que entrem
C: pelas portas dos nobres.
B: (3) Eu dei ordens aos meus santificados; sim, já chamei os meus poderosos para executarem a minha ira,
A: pois minha ira não está sobre os que exultam com a minha majestade.

“Monte elevado” complementa “os que exultam com a minha majestade” ―o monte elevado será onde “os que exultam com a minha majestade” habitarão. “Levantai a voz” reflete-se em “eu dei ordens” e “já chamei os meus poderosos”. “Para eles” no lado ascendente é explicado no lado descendente: a voz do Senhor chamou aos “meus santificados” e “meus poderosos”. “Acenai-lhes com a mão” complementa a frase “portas dos nobres”; a frase “acenai-lhes com a mão” descreve cerimônias que permitem a entrada pelas “portas dos nobres”.

O versículo 4 declara: “Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, como a de muito povo; o som do rebuliço de reinos e de nações congregados. O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra”. Por serem frases paralelas, “montes” é equivalente a “reinos” ou “nações”. Esta conexão retórica pode ser aplicada no livro inteiro de Isaías.[5]

A conexão retórica de “montes”ou “montanhas” e “nações” também é evidente em Doutrina e Convênios. Ao chamar Sidney Rigdon ao arrependimento, o Senhor disse:

“E se me oferecer uma oferta aceitável e reconhecimentos e permanecer com meu povo, eis que eu, o Senhor vosso Deus, o curarei para que fique são; e ele tornará a erguer a voz nas montanhas e será um porta-voz diante de minha face” (ênfases adicionadas).[6]

O versículo 5 declara: “Já vem de uma terra remota, desde a extremidade do céu, o Senhor, e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra”. O bem destruirá o mal pelo mundo inteiro. “Já vem de uma terra remota” são palavras semelhantes às do rei Ezequias a Isaías quando ele perguntou de onde vieram certos emissários, para quem Ezequias havia mostrado todas suas riquezas e tesouros—  “de Babilônia”.[7] Os exércitos agregados da Terra, como foi descrito nos versículos 2, 3 e 4, juntar-se-ão às hostes enviadas dos céus—que novamente significa, pelo menos em parte, os valentes exércitos de missionários descritos no versículo 3, cuja vinda à Terra foi reservada para este tempo de maior necessidade—para servirem como instrumentos ou como emissários nas mãos do Senhor.

O exército dos justos mencionado em Doutrina e Convênios, que fala sobre os “espíritos preciosos que foram reservados para nascer na plenitude dos tempos” para realizarem o trabalho de  “construção de templos e a realização, neles, de ordenanças para a redenção dos mortos”, e para trabalharem na “vinha [do Senhor] para a salvação da alma dos homens”. E ainda esclarece que estes espíritos “estavam entre os grandes e nobres que foram escolhidos no princípio para serem governantes na Igreja de Deus”.[8]

Os versículos 6 até 18 descrevem a destruição Babilônia antiga, e como símbolo, aquela destruição que precederia a Segunda Vinda. O versículo 6 proclama: “Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação”, certificando que a destruição da Babilônia e a do mundo são obras de Deus. “O dia do Senhor” significa o dia do julgamento; ou, neste caso, um dia de destruição. Somos garantidos que, na vista de Deus, essas destruições são justas—a fim de limpar o mundo iníquo para que os justos prevaleçam.

O versículo 7 declara: “Portanto, todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará”. “Debilitar” e “desanimar” são sinônimos, ambos traduzidos da mesma palavra hebraica que significa “ficar temerosos”.[9]

O versículo 8 declara: “E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher com dores de parto; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes”. Esta descrição de “rostos flamejantes” sugere a destruição pelo fogo precedendo a Segunda Vinda, ao invés da destruição da Babilônia antiga.[10] A frase “se angustiarão, como a mulher com dores de parto” não está incluída no Livro de Mórmon, nem faz nenhuma diferença no quiasma que abrange os versículos 7 e 8.[11] “Assombrar-se-ão” é traduzido de uma palavra hebraica que significa “medo” ou “pavor”.[12]

Os versículos 7 e 8 contêm um quiasma:

A: (7) Portanto, todas as mãos se debilitarão,
B: e o coração de todos os homens se desanimará.
C: (8) E assombrar-se-ão,
C: e apoderar-se-ão deles dores e ais, (e se angustiarão, como a mulher com dores de parto;)
B: cada um se espantará do seu próximo;
A: os seus rostos serão rostos flamejantes.

“Portanto, todas as mãos se debilitarão” complementa “os seus rostos serão rostos flamejantes”, descrevendo o assombro dos iníquos quando eles virem que sua destruição é iminente. “O coração de todos os homens se desanimará” complementa “cada um se espantará do seu próximo”; e “assombrar-se-ão” compara-se com “dores e ais”. Medo e lamentação caracterizam àqueles enredados no pecado.

No versículo 9 Isaías descreve o propósito das duas destruições: “Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores”. A antiga destruição da cidade e a destruição moderna das maldades mundanas serão executadas com o mesmo propósito.

O versículo 10 descreve manifestações nos céus que são referentes à destruição nos últimos dias, ao invés da destruição da Babilônia antiga: “Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz”.[13]  Para a Babilônia antiga, estes acontecimentos predizem a degradação dos orgulhosos e nobres quando a destruição vier.

Durante Seu ministério mortal, o Senhor parafraseou o versículo 10 ao descrever aos Seus discípulos as destruições que precederiam a Sua Segunda Vinda: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas”.[14]

O versículo 11 declara: “E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos” A destruição castigará, com equidade e justiça, a maldade do mundo e abaterá os atrevidos e os tiranos.[15] O Livro de Mórmon apresenta “E castigarei o mundo por causa do mal”.

No versículo 12, devido as destruições, haverá poucos homens: “Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir”. “O ouro fino” significa o ouro que foi refinado no fogo, para queimar todas as impurezas.

Outros profetas do Velho Testamento usaram a mesma metáfora para descreverem a destruição dos últimos dias e a purificação dos justos. Malaquias predisse: “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros”.[16] Zacarias declarou: “E farei passar esta terceira parte [aqueles que não estão mortos nas destruições dos últimos dias] pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu Deus”.[17]

Estas declarações refletem as provações e tribulações que terão que ser sobrepujadas pelos sobreviventes das destruições. Ofir era um lugar, cujo local preciso é desconhecido hoje em dia, que era conhecido por seu ouro de alta qualidade.[18] Salomão obteve 3,000 talentos de ouro neste lugar para revestir as paredes interiores do templo.[19] Ofir provavelmente ficava no sul da Arábia, acessível por navio através do Golfo de Aqaba do porto de Ezion-Geber.[20]

O versículo 13 continua a descrição dos distúrbios dos cósmicos com efeitos extremos, tanto na terra quanto nos céus, os quais são resultados da destruição na Segunda Vinda: “Por isso farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira”. Estes acontecimentos são também descritos no Novo Testamento e Doutrina e Convênios.[21]

Versículos 9 até 13 contêm um quiasma:

A: (9) Eis que vem o dia
B: do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente,
C: para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores.
D: (10) Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz;
E: o sol se escurecerá ao nascer,
F: e a lua não resplandecerá com a sua luz.
G: (11) E visitarei sobre o mundo a maldade,
G: e sobre os ímpios a sua iniquidade;
F: e farei cessar a arrogância dos atrevidos,
E: e abaterei a soberba dos tiranos. (12) Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir.
D: (13) Por isso farei estremecer os céus;
C: e a terra se moverá do seu lugar,
B: por causa do furor do Senhor dos Exércitos,
A: e por causa do dia da sua ardente ira.

“Vem o dia” é igual ao “dia da sua ardente ira”, e “do Senhor” complementa “do furor do Senhor dos Exércitos”, descrevendo o significado do dia do Senhor. “Para pôr a terra em assolação” é complementário à “terra se moverá do seu lugar”, mencionando o propósito dos preditos terremotos cataclísmico. A frase “Porque as estrelas dos céus e as suas constelações” corresponde à “farei estremecer os céus”. “O sol se escurecerá ao nascer” é comparado com “abaterei a soberba dos tiranos”, e “a lua não fará resplandecer com a sua luz” é comparado com “a arrogância dos atrevidos”, indicando que esses assombros que acontecerão nos céus simbolizam a degradação dos orgulhosos e arrogante. A frase “O mundo a sua maldade” corresponde com a frase “os ímpios a sua iniquidade”, que descrevem o estado iníquo em que se encontraria o mundo antes da Segunda Vinda, fazendo-o merecedor da ira destrutiva do Senhor.

O versículo 14 afirma: “E cada um será como a corça que foge, e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra”. “Ninguém recolhe” foi traduzido de uma palavra hebraica que significa “ninguém reúne”.[22] Os ímpios, durante o tempo predito de julgamento, são comparados aos cervos e ovelhas: Os veados estão em perigo quando os caçadores estão presentes, enquanto que as ovelhas estão em perigo quando o pastor está ausente.[23] Os injustos rejeitaram a Cristo, o bom Pastor, como seu guia e protetor. Quando confrontados com os desastres naturais e exércitos invasores, as pessoas fogem para não serem vítimas deles. A frase usada na tradução de João Ferreira de Almeida “como a corça que foge” não se refere à Terra —descrita no versículo anterior como “a terra se moverá do seu lugar” —mas sim às condições humanas prevalentes nesta época.

O versículo 14 contém um quiasma:

A: (14) E cada um será como a corça que foge,
B: e como a ovelha que ninguém recolhe;
B: cada um voltará para o seu povo,
A: e cada um fugirá para a sua terra.

“A corça que foge” corresponde-se à “cada um fugirá para a sua terra”, mostrando que “a corça que foge” está descrevendo as condições humanas, ao invés do comportamento da própria Terra. “Como a ovelha que ninguém recolhe” complementa “cada um voltará para o seu povo”, verificando novamente que este versículo está descrevendo as condições humanas.  Estas condições referem-se principalmente às destruições nos últimos dias, não somente à destruição da Babilônia antiga.

O versículo 15 declara: “Todo o que for achado será transpassado; e todo o que se unir a ele cairá à espada”. O Livro de Mórmon apresenta: “Todo o que for orgulhoso será traspassado; sim, e todo o que se juntar aos iníquos cairá pela espada”.[24] Os exércitos invasores não tomarão prisioneiros dentre os orgulhosos—isto é, dentre os iníquos—que fugirem.

O versículo 16 descreve atrocidades cruéis que serão cometidas pelos invasores: “E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas”.[25] Estes eventos ocorreram quando a Babilônia foi destruída e ocorrerá novamente antes da Segunda Vinda.

Os versículos 17 e 18 descrevem atrocidades cometidas pelos invasores Medos. O versículo 17 declara: “Eis que eu despertarei contra eles os Medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro”. O Livro de Mórmon apresenta “…que não farão caso de prata e ouro nem se deleitarão neles”.[26] O significado aqui é que os Medos seriam motivados em matar como forma de esporte ou por causa da ira cega, não para obter os despojos da batalha. Condições semelhantes foram previstas para os últimos dias.

O versículo 18 continua: “E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão aos filhos”. O Livro de Mórmon apresenta “Seus arcos também despedaçarão os mancebos”.[27] O que significa que “os seus arcos”, ou armas, “despedaçarão as crianças”.

Os versículos 16 até 18 contêm um quiasma:

A: (16) E suas crianças serão despedaçadas
B: perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas,
C: e as suas mulheres violadas.
D: (17) Eis que eu despertarei contra eles os Medos,
E: que não farão caso da prata e ouro
E: nem tampouco se deleitarão neles.
D: (18) E os seus arcos despedaçarão os jovens,
C: e não se compadecerão do fruto do ventre;
B: os seus olhos não pouparão
A: aos filhos.

“E suas crianças serão despedaçadas” corresponde-se “aos filhos”. “Perante os seus olhos” é o mesmo que “os seus olhos não pouparão”. A frase “As suas mulheres” complementa “fruto do ventre”; “os Medos” é comparado com “os seus arcos”, indicando de quem eram as armas; e “não farão caso da prata e ouro” corresponde-se com “nem tampouco se deleitarão neles”. Note que a redação do Livro de Mórmon,[28] apresentada em itálico, fornece uma chave importante para compreender que os invasores matariam e destruiriam por esporte e ira cega, não para obter os despojos da batalha.

Os versículos 19 e 20 descrevem o destino da decaída Babilônia. O versículo 19 começa: “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”. A comparação com Sodoma e Gomorra, destruídas por perversão e iniquidades, indica que pecados semelhantes eram cometidos desenfreadamente na Babilônia antiga e seriam também predominantes em nossa sociedade. Perversão e maldades, tal quais as manifestadas em Sodoma e Gomorra, são a razão para as destruições preditas.

Versículo 20 continua: “Nunca mais será habitada, nem nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos”. Esta profecia certamente foi cumprida com respeito à Babilônia. O lugar onde ficava a Babilônia é uma vasta ruína hoje em dia. Referindo-se a destruição dos injustos no tempo da Segunda Vinda, significa que a maldade nunca mais dominará o mundo como está acontecendo em nossos dias.

Os animais descritos nos versículos 21 e 22 que ocupariam as ruínas da Babilônia servem para ilustrar a desolação. O versículo 21 declara: “Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali”.[29]

Sátiros são “semideuses mitológicos dos antigos gregos pagãos, com pés de bode, que tinham por hábito escarnecer de toda a gente” [30]. Sátiros eram conhecidos por sua lascívia. O significado em hebraico é “bodes”, “demônios” ou “cabras endemoninhadas”.[31]

O versículo 22 conclui: “E os animais selvagens das ilhas uivarão em suas casas vazias, como também os chacais nos seus palácios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão”. O Livro de Mórmon adiciona três frases no versículo 22, referindo-se especialmente à destruição nos últimos dias: “Pois destrui-la-ei rapidamente; sim, pois serei misericordioso com meu povo, mas os iníquos perecerão”.[32]

NOTAS

[1]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 4853, p. 672.
[2]. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 11:9; 13:4; 30:25 e comentário pertinente.
[3]. 2 Néfi 23:3.
[4]. Brown et al., 1996, Número de Strong 6942, p. 872.
[5]. Avraham Gileadi, The Book of Isaiah: A new translation with interpretive keys from The Book of Mormon [O Livro de Isaías: Uma nova tradução com chaves interpretativas do Livro de Mórmon]: Deseret Book Co., Salt Lake City, Utah, 1988, 250 p.; Ver p. 43. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 11:9; 13:4; 30:25 e comentário pertinente.
[6]. Doutrina e Convênios 124:104.
[7]. Ver 2 Reis 20:14.
[8]. Ver D&C 138:53-56.
[9]. Brown et al., 1996, Número de Strong 4549, p. 587.
[10]. Ver Isaías 1:7, 28; 5:24; 9:5, 18-19 e comentário pertinente.
[11]. 2 Néfi 23:8.
[12]. Brown et al., 1996, Número de Strong 926, p. 96.
[13]. O versículo 10 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Se escurecerá/o sol//a lua/não resplandecerá com a sua luz. Em Parry, Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[14]. Mateus 24:29; Ver também Marcos 13:24-25 e Joseph Smith—Mateus 1:33.
[15]. Ver também Isaías 2:9, 11.
[16]. Malaquias 3:2.
[17]. Zacarias 13:9.
[18]. Dicionário Bíblico—Ofir.
[19]. Ver 1 Crônicas 29:4.
[20]. Ver 1 Reis 22:48.
[21]. Ver Mateus 24:7; D&C 49:23; 88:87; 133:49.
[22]. Brown et al., 1996, Número de Strong 6908, p. 867.
[23]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson, Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 136-137.
[24]. 2 Néfi 23:15.
[25]. O versículo 16 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Saqueadas/casas//mulheres/violadas. Em Parry, Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[26]. 2 Néfi 23:17.
[27]. 2 Néfi 23:18.
[28]. 2 Néfi 23:17.
[29]. Versículo 21 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Ali habitarão/avestruzes//sátiros/pularão ali. Em Parry, Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[30]. “Sátiro”, Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/s%C3%A1sátiro.
[31]. Brown et al., 1996, Número de Strong 8163, p. 972.
[32]. 2 Néfi 23:22.