Arquivo da tag: Isaías 59:5

CAPÍTULO 59: “Mas as Vossas Iniqüidades Fazem Separação Entre Vós e o Vosso Deus”

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

__________________________________________________________________________________________

Este capítulo descreve uma grande iniquidade que prevaleceria sobre a Terra pouco antes da Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo. Três testemunhas prestarão seus testemunhos sobre a maldade do povo, primeiramente, Isaías; em seguida o Senhor; e por último, o próprio povo. As palavras de Isaías foram dirigidas ao povo na segunda pessoa do plural; as palavras do Senhor foram dirigidas a Isaías, referindo-se ao povo na terceira pessoa do plural; e o testemunho do povo contra si mesmo foi feito na primeira pessoa do plural. Este estado de iniquidade é típico de outras épocas de grandes iniquidades, porém na história do mundo não haverá nenhum pior do que o estado de iniquidade nos últimos dias. Depois do testemunho destas três testemunhas o Senhor aparece em glória para derrotar um exército que caiu sobre o povo de Sião como um dilúvio, para redimir os penitentes do povo do convênio. A glória do Senhor seria vista mundialmente como “um Redentor vindo a Sião e aos que em Jacó se converterem da transgressão”.[1] O capítulo 59 descreve a transição de Israel do estado pecador ao arrependimento e libertação.[2]

Os versículos 1 até 3 apresentam o testemunho de Isaías sobre a maldade do povo. O versículo 1 começa: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir”. Apesar da rejeição do povo, o poder do Senhor de salvar e ouvir Seu povo não diminuiu.

O Senhor, em Doutrina e Convênios, declara que Ele intervém a favor daqueles que creem: “Pois eu sou Deus e meu braço não está encolhido; e mostrarei milagres, sinais e maravilhas a todos os que crerem em meu nome”.[3]

O versículo 2 continua a declaração de Isaías, descrevendo os efeitos dos pecados cometidos pelo povo: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. Os versículos 1 e 2 formam um contraste literário, contrastando a retidão do Senhor com a maldade do povo. Deus não abandona Seus filhos; eles se afastam Dele devido suas iniquidades. Tampouco é Seu Poder Onipotente para salvar diminuído por causa da rejeição do povo.

O versículo 3 conclui o testemunho de Isaías: “Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam falsidade, a vossa língua pronuncia perversidade”. [4] As mãos “contaminadas de sangue” referem-se aos efeitos do pecado na vida do povo, enfatizando-se aqui o mais sério—o derramamento de sangue inocente.[5] A mentira também é um sério pecado e uma grande abominação,[6] pois tem a capacidade para destruir indivíduos e nações inteiras.

Os versículos 1 até 3 contêm um quiasma:

A: (1) Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar;
B: nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.
C: (2) Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus;
C: e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós,
B: para que não vos ouça.
A: (3) Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue ….

Neste quiasma a extrema iniquidade do povo contrasta-se com a extrema retidão e poder do Senhor em forma de um contraste literário. Os pecados do povo fazem separação entre eles e o seu Deus. “A mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar” contrasta-se com “as vossas mãos estão contaminadas de sangue”. As mãos dos iníquos estão contaminadas do sangue daqueles que eles mataram, o que se contrasta com a mão do Senhor e o poder de salvar. Ele não ouvirá o seu povo por causa de seus pecados.

Nos versículos 4 até 8, o Senhor apresenta Seu testemunho contra os pecados do povo, tanto os da antiguidade quanto os dos últimos dias. O versículo 4 começa: “Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade, e falam mentiras; concebem o mal, e dão à luz a iniqüidade”. Todo o esforço do povo é para cometer o mal, incluindo a corrupção do sistema legal, a perpetração de mentiras e vaidade, ofensas e todos tipos de iniquidades.

O versículo 5 continua: “Chocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles, morrerá; e, quebrando-os, sairá uma víbora”. Estas frases são metáforas para a influência do mal e pecado, que são dominam as vidas das pessoa. O basilisco é um réptil fabuloso a que se atribuía o poder de matar através do olhar, do bafo ou do contato;[7] o basilisco simboliza Satanás e sua influência. Quando uma pessoa comete pecado, a morte espiritual vem como resultado; quando um pecado é cometido, outros pecados seguem, como os numerosos filhotes da serpente venenosa.

O versículo 6 continua a descrição do Senhor dos pecados do povo: “As suas teias não prestam para vestes nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniqüidade, e obra de violência há nas suas mãos”.[8] O significado destas metáforas é que não há segurança nem proteção no pecado; o tempo gasto em iniquidade é desperdiçado num sentido eterno, já que para sermos justificados diante de Deus é necessário demonstrar atos de virtudes e arrependimento.

Anteriormente, no capítulo 28, Isaías afirmou: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos”.[9] Os iníquos supõem, erroneamente, que seu convênio com Satanás, baseado em falsidades e mentiras disfarçadas como crenças, irão salvá-los do flagelo destrutivo que está prestes a acontecer.

O versículo 7 continua: “Os seus pés correm para o mal, e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniqüidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas”. A maldade, a violência e a destruição são os principais propósitos destes indivíduos. Como Isaías descreveu tão bem a iniquidade mundial de nossos dias!

O versículo 8 conclui o testemunho do Senhor: “Não conhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz”.[10] “O caminho da paz” significa o caminho do Senhor, ou o Plano de Salvação.[11] Aqueles que abandonam o caminho do Senhor não encontrarão a paz. Satanás falsifica muitas coisas, pode até fingir ser um anjo de luz,[12] mas jamais poderá falsificar a paz.[13] “Justiça”, como foi usado aqui, significa “justiça social”[14] e “raciocínio são”.[15] Outros significados para esta palavra encontrados na obra de Isaías incluem equidade,[16] retribuição,[17] e um sistema de lei equitativo.[18]

Paulo, em sua epístola aos Romanos, citou os versículos 7 e 8: “Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz”.[19]

Os versículos 9 até 14 apresentam o testemunho do próprio povo sobre suas iniquidades. Apesar de usar a forma verbal no passado, talvez como uma visão que passou diante dos olhos de Isaías, esta profecia prediz condições que prevalecerão nos últimos dias antes da Segunda Vinda do Senhor. Outros períodos de iniquidade no passado também representam o cumprimento desta profecia.

O versículo 9 começa: “Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão”. “Juízo”, como foi usado aqui, significa “equidade” ou “justiça”.[20] O próprio povo sabe que se encontra imerso em iniquidades. Os dons do Espírito não fazem partes de suas vidas; equidade e justiça não existem para eles. Este reconhecimento, se acompanhado com ações, pode ser o primeiro passo no processo do arrependimento.

O versículo 10 apresenta o lamento: “Apalpamos as paredes como cegos, e como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros como mortos”. O termo “os lugares escuros” foi traduzido da palavra hebraica que significa “forte” ou “vigoroso”.[21] O significado—que não está muito bem claro na versão de João Ferreira de Almeida—é que o povo pecador é como os mortos entre povos vigorosos ou fortes, com este marcante contraste formando um contraste literário. Cegos quanto as coisas espirituais, o povo tropeça à luz do meio-dia como se estivessem em escuridão.

O Senhor usou palavras semelhantes para admoestar aos Seus discípulos dos últimos dias que atrasaram-se na angariação de fundos para começar a construção do templo de Kirtland: “… Eis que em verdade vos digo que há muitos entre vós que chamei e foram ordenados, mas poucos deles são escolhidos. Os que não são escolhidos pecaram gravemente, pois andam em trevas ao meio-dia” (ênfases adicionadas).[22]

O versículo 11 continua o lamento do povo: “Todos nós bramamos como ursos, e continuamente gememos como pombas; esperamos pelo juízo, e não o há; pela salvação, e está longe de nós”. O povo lamenta por estar rodeado de iniquidades, e não ter os dons do Espírito. “Juízo” significa “equidade” ou “justiça”.[23] Salomão escreveu: “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”.[24]

Os versículos 9 até 11 contêm um quiasma:

A: (9) Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança;
B: esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão.
C: (10) Apalpamos as paredes
D: como cegos,
D: e como os que não têm olhos
C: andamos apalpando;
B: tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros como mortos.
A: (11) Todos nós bramamos como ursos, e continuamente gememos como pombas; esperamos pelo juízo, e não o há; pela salvação, e está longe de nós.

Neste quiasma o povo tropeça em busca da verdade e justiça, firmando-se nas paredes como os cegos e andando em escuridão em pleno dia. O povo busca por iluminação espiritual, mas não é capaz de reconhecê-la devido suas iniquidades. “Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança” é equivalente a “esperamos pelo juízo, e não o há; pela salvação, e está longe de nós”.

O versículo 12 continua o lamento: “Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades”— Tais condições foram descritas anteriormente por Isaías: “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos”.[25] Esta é a imoralidade explícita —os iníquos declaram seus pecados abertamente, e até mesmo orgulhosamente, sem nenhuma vergonha.

O versículo 13 continua a sentença do versículo 12: “Como o prevaricar, e mentir contra o Senhor, e o desviarmo-nos do nosso Deus, o falar de opressão e rebelião, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade”.[26] A iniquidade do povo envolve a opressão e rebelião, mentiras predominantes e deliberadamente o abandono do caminho de Deus. Este versículo prediz rebelião—ou revolta governamental—resultando da opressão e iniqüidade.

O versículo 14 conclui o testemunho do povo sobre seus pecados: “Por isso o direito se tornou atrás, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar”. A verdade, equidade, juízo e justiça usados como discurso público cai vítima da corrupção predominante. “Justiça”, como foi usado aqui, significa justiça social bem como equidade.[27]

No versículo 15, Isaías resume o testemunho do próprio povo sobre suas iniquidades: “Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça”. Novamente, “justiça” significa “equidade”.[28] Nesta geração perversa, até os que desejam arrepender-se e abandonar o pecado são perseguidos. A corrupção do sistema legal desagrada ao Senhor.

Os versículos 14 e 15 contêm um quiasma:

A: (14) Por isso o direito se tornou atrás,
B: e a justiça se pôs de longe;
C: porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar.
C: (15) Sim, a verdade desfalece,
B: e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado;
A: e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça.

Neste quiasma, o abandono da justiça, ou seja, a corrupção do sistema legal, desagrada ao Senhor; a verdade e a equidade foram negadas, e aqueles que buscam o arrependimento e tentam corrigir seus erros são perseguidos. “O direito se tornou atrás” complementa “o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça”.

Os versículos 16 até 19 descrevem conflitos que levariam à Segunda Vinda do Senhor. Não só o Senhor redime Seu povo de seus pecados; como também conquista as forças do mal quando os justos não podem mais suportar. O versículo 16 começa: “E vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve”. A palavra hebraica traduzida como “maravilhou-se” significa “estarreceu-se”.[29] O Senhor, vendo a predominante iniquidade, reconheceria que não haveria mais ninguém sobre a Terra que tivesse o desejo político ou poder militar para intervir contra aqueles cujo desejo é o de destruir; por isso o próprio Senhor interveria; Sua intervenção ocorreria quando os homens na Terra não pudessem mais suportar o mal, depois de haverem dado tudo de si.

O versículo 17 continua: “Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto”. [30] O grande poder do Senhor contra o mal vem de sua incomparável retidão.

Paulo, em sua epístola aos Efésios, explicou estes princípios:

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
“E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
“Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
“Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (ênfases adicionadas).[31]

O versículo 18 continua: “Conforme forem as obras deles, assim será a sua retribuição, furor aos seus adversários, e recompensa aos seus inimigos; às ilhas dará ele a sua recompensa”. O Senhor derrotará Seus adversários e inimigos da face da Terra na época da Sua Segunda Vinda. “Às ilhas” significam continentes da Terra; talvez Isaías esteja fazendo uma referência específica ao Continente Americano e seus habitantes.[32]

O versículo 19 resume: “Então temerão o nome do Senhor desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”.[33] Na Segunda Vinda do Senhor, os iníquos temerão a glória de Sua presença e serão varridos. O arvorar “contra ele a sua bandeira” significa declarar guerra. O Senhor, em Sua ira, derrotará todos os Seus inimigos.[34] Anteriormente, no capítulo 40, Isaías descreveu os acontecimentos da Segunda Vinda do Senhor: “E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse”.[35]

O versículo 19 contém um quiasma:

A: (19 Então temerão o nome do Senhor desde o poente,
B: e a sua glória desde o nascente do sol;
B: vindo o inimigo como uma corrente de águas,
A: o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira.

Este quiasma revela que a Segunda Vinda do Senhor será precedida por um período de desespero quando as forças do mal avançarem como um grande dilúvio (ou corrente de águas) para destruírem os restantes dos justos. “Então temerão o nome do Senhor” é complementado por “o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”; e quem são os que temerão? Aqueles que se opuseram ao Senhor. “A sua glória desde o nascente do sol” é o oposto de “vindo o inimigo como uma corrente de águas”.

Nos versículos 20 e 21, o Senhor descreve Sua Segunda Vinda. O versículo 20 começa: “E virá um Redentor a Sião e aos que em Jacó se converterem da transgressão, diz o Senhor”. O significado de “Sião” aqui é um lugar de coligação espiritual nos últimos dias.[36] O Senhor aparecerá aos habitantes de Sião e de Jerusalém que se arrependerem de suas transgressões. Esta profecia é uma declaração importante feita por Isaías descrevendo a Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo.[37]

O versículo 20 contém um quiasma:

A: (20) E virá um Redentor
B: a Sião e aos que em Jacó
B: se converterem da transgressão,
A: diz o Senhor.

O Senhor, que é o Redentor, aparecerá àqueles que se converterem da transgressão. “Um Redentor” iguale-se ao termo “o Senhor” (hebraico Yahovah[38]), estabelecendo que Jeová é o Redentor.

O versículo 21 conclui: “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor: o meu espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca da tua descendência, nem da boca da descendência da tua descendência, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre”. O evangelho, dado aos justos pelo Senhor, permanecerá sobre a Terra a partir daquele momento em diante.

O Apóstolo Paulo citou os versículos 20 e 21: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados”.[39]

O versículo 21 contém um quiasma:

A: (21) Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles,
B: diz o Senhor:
C: o meu espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca,
D: não se desviarão da tua boca
C: nem da boca da tua descendência, nem da boca da descendência da tua descendência,
B: diz o Senhor,
A: desde agora e para todo o sempre.

Este quiasma ensina que o convênio do Senhor permanecerá na Terra entre os justos para sempre. A frase “esta é a minha aliança com eles” correlaciona-se com “desde agora e para todo o sempre”.

NOTAS

[1]. Isaías 59:20.
[2]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 492.
[3]. Doutrina e Convênios 35:8.
[4]. O versículo 3 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Os vossos lábios falam/falsidade// perversidade/a vossa língua pronuncia. Em Donald W. Parry, Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research e Mormon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 263.
[5]. Ver Isaías 1:15 e comentário pertinente.
[6]. Ver Isaías 9:15; 16:6; 28:15, 17 e comentário pertinente.
[7]. Basilisco Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/basilisco. Ver também Isaías 14:29; 59:5 e comentário pertinente. Compare Dicionário Bíblico—Cockatrice. Ver também Isaías 11:8, 14:29 e comentário pertinente.
[8]. Os versículos 3 até 6 contêm um quiasma: As vossas mãos estão contaminadas de sangue/os vossos dedos de iniqüidade/confiam na vaidade/chocam ovos de basilisco//o que comer dos ovos deles, morrerá/as suas teias não prestam para vestes/obras de iniqüidade/violência há nas suas mãos.
[9]. Isaías 28:15.
[10]. Os versículos 7 e 8 contêm um quiasma: Pés correm para o mal/se apressam para derramarem o sangue inocente/os seus pensamentos//são pensamentos de iniqüidade/destruição e quebrantamento/veredas tortuosas.
[11]. Ver Isaías 3:12; 8:11; 26:7-8; 28:7; 40:3; 62:10 e comentário pertinente.
[12]. 2 Coríntios 11:14; 2 Néfi 9:29; D&C 128:20.
[13]. Ver Doutrina e Convênios 6:23; Gálatas 5:22; Salmos 85:8; Alma 58:11.
[14]. Ver Isaías 5:7; 28:6; 42:1; 59:15.
[15]. Ver Isaías 1:17; 28:7; 40:14, 27; 42:3.
[16]. Ver Isaías 1:21; 53:8; 56:1; 59:9, 11, 14, 15; 61:8.
[17]. Ver Isaías 3:14; 4:4; 34:5.
[18]. Ver Isaías 51:4; 54:17.
[19]. Romanos 3:15-17.
[20]. Ver Isaías 1:21; 30:18; 32:1; 33:5; 41:1; 49:4; 53:8.
[21]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 820, p. 1032.
[22]. D&C 95:5-6.
[23]. Ver Isaías 1:21, 27; 5:16; 16:3, 5; 28:6, 17; 30:18.
[24]. Provérbios 29:2.
[25]. Isaías 3:9; Ver comentário pertinente. Compare 2 Néfi 13:9.
[26]. O versículo 13 contém um quiasma: O prevaricar, e mentir/falar/opressão//rebelião/proferir/palavras de falsidade.
[27]. Para referências dos outros significados de “justiça”, ver versículo 8.
[28]. Ver Isaías 1:21; 53:8; 56:1; 59:9, 11, 14; 61:8.
[29]. Brown et al., 1996, Número de Strong 8074, p. 1030.
[30]. Os versículos 16 e 17 contêm um quiasma: Salvação/justiça//justiça/salvação. Parry, 2001, p. 264.
[31]. Efésios 6:12-18.
[32]. Ver 2 Néfi 10:20; Ver também Isaías 11:11; 18:1-2 e comentário pertinente.
[33]. Os versículos 17 até 19 contêm um quiasma: Justiça, como de uma couraça … o capacete da salvação … vestes de vingança … zelo, como de um manto/conforme forem as obras deles, assim será a sua retribuição/seus adversários//ilhas/dará ele a sua recompensa/temerão o nome do Senhor.
[34]. Ver Isaías 25:10; 63:1-3 e comentário pertinente. Ver também D&C 133:46-51.
[35]. Isaías 40:5; Ver também D&C 88:93.
[36]. Ver Isaías 1:8 e comentário pertinente. Ver também Salmos 102:13, 16; 129:5; 132:13; Isaías 1:27; 2:3; 4:5; 14:32; 24:23; 28:16; 31:9; 35:10; 46:13; 51:16; 52:7, 8.
[37]. Ver também Isaías 7:14; 9:6; 11:1; 53:5; 61:1-2.
[38]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 3068, p. 217-218.
[39]. Romanos 11:26-27.

CAPÍTULO 11: “A Terra Se Encherá Do Conhecimento Do Senhor”

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

__________________________________________________________________________________________

A interpretação do capítulo 11 tem sido o tema de revelação moderna. Quando Moroni apareceu pela primeira vez a Joseph Smith no dia 21 de setembro de 1823, Joseph falou que Moroni “citou o capítulo onze de Isaías, dizendo que estava prestes a ser cumprido”.[1] Esta declaração indica claramente, que os acontecimentos descritos neste capítulo são pertinentes aos últimos dias; em particular, o período precedente à Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo, bem como ao reino Milenar do Senhor aqui na Terra. Em Doutrina e Convênios Seção 113, uns companheiros do profeta Joseph Smith perguntaram-lhe sobre os versículos no capítulo 11.[2] O Senhor, falando através do profeta Joseph, deu as respostas.

O capítulo 11 pode ser dividido em quatro seções. Os versículos 1 até 9 descrevem a Segunda Vinda de Cristo e reinado milenar, os versículos 10 até 12 descrevem a coligação de Israel das diversas terras para onde foram dispersos, os versículos 13 e 14 descrevem as vitórias de Israel sobre seus vizinhos hostis, e os versículos 15 e 16 descrevem as mudanças geográficas—usadas por Isaías como metáforas para descreverem acontecimentos espirituais e políticos importantes—que virão a acontecer antes ou durante o milênio.

O tronco de Jessé, mencionado nos versículos 1 até 5, é Cristo—que julgará em retidão, não somente durante o milênio, mas também no julgamento final. A pessoa que teria o papel fundamental na restauração nos últimos dias antes do milênio foi descrita metaforicamente como um “rebento” saindo das “raízes” de Jessé, e refere-se novamente a Cristo como o “renovo”. Durante o milênio, a guerra e a inveja cessarão e o conhecimento sagrado de Deus cobrirá a Terra, como as águas cobrem o mar. Em preparação para o milênio, o Senhor levantará um estandarte e juntará Israel das diversas terras para onde foram dispersos. Néfi cita o capítulo 11 por completo; compare 2 Néfi 21. Pequenas diferenças no texto do Livro de Mórmon são apresentadas em itálico onde forem citadas. Néfi também explica os elementos deste capítulo em 2 Néfi capítulo 30.

Os versículos 1 até 9 descrevem o ministério mortal de Cristo e reinado milenar. O tronco de Jessé mencionado no versículo 1 é Cristo: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará”. A mesma metáfora é usada aqui como foi introduzida anteriormente por Isaías:[3] Quando a árvore é cortada, o tronco[4] continua a brotar. Depois da destruição e cativeiro de Israel, um renovo justo surgiria do parentesco original, mantendo intacta as bênçãos prometidas aos patriarcas antigos. Será desta ordem justa, a qual incluía os descendentes de Jessé e os herdeiros do trono de Davi, que Cristo viria. Maria, a mãe de Jesus, como também José, Seu guardião legal, eram da linhagem de Jessé.[5] Esta profecia de Isaías foi citada no Novo Testamento relacionada ao ministério Jesus Cristo.[6]

Em Doutrina e Convênios, o Senhor afirma que Cristo é o Tronco de Jessé: “Quem é o Tronco de Jessé mencionado nos versículos 1, 2, 3, 4 e 5 do capítulo 11 de Isaías?” “Em verdade, assim diz o Senhor: É Cristo”.[7]

“Um rebento” brotando do tronco de Jessé, também foi mencionado no versículo 1: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé…”. O Senhor esclarece o significado em Doutrina e Convênios: “O que é o rebento mencionado no primeiro versículo do capítulo 11 de Isaías, que brotaria do Tronco de Jessé?” “Eis que assim diz o Senhor: É um servo nas mãos de Cristo, que em parte é descendente de Jessé assim como de Efraim, ou seja, da casa de José, a quem foi dado muito poder”.[8] O “rebento” é geralmente interpretado entre os Santos dos Últimos Dias como sendo Joseph Smith, o profeta da Restauração.[9]

O título “renovo” pode ser aplicado simultaneamente a Cristo e a um líder político moderno da linhagem do Rei Davi da antiguidade, cuja retidão permitir-lhe-ia a ser guiado pelo Senhor. Jeremias, no Velho Testamento, predisse:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra.
“Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.”[10]

“O Senhor”, como foi usado nesta passagem, provavelmente significa um líder temporal. Isto se contrasta, no versículo anterior[11], com “o Senhor”, que significa Jeová. O nome deste governante Judeu nos últimos dias seria Davi, como foi predito por Ezequiel e Oséias.[12] Joseph Smith declarou profeticamente: “O trono e reino de Davi ser-lhe-á tomado [Davi da antiguidade] e dado par um outro por nome de Davi nos últimos dias, levantado de sua linhagem”.[13] Bruce R. McConkie confirmou que o renovo, bem como o rebento, é Cristo.[14]

O versículo 1 contém um quiasma reconhecido no hebraico original, que foi reconstruído aqui para combinar com a construção hebraica:[15]

A: (1) Porque brotará
B um rebento do tronco de Jessé,
B: e um renovo das suas raízes
A: frutificará.

Visto que Cristo é o “tronco de Jessé”, um renovo crescendo de “suas raízes”—ou as raízes de Jessé, ou a linhagem dos reis davídicos—pode ser que esteja referindo-se a Cristo, se os elementos do quiasma estiverem paralelos, ou pode ser que signifique outra pessoa da mesma linhagem, se os elementos do quiasma forem complementários.

Os versículos 2 e 3 descrevem a retidão de Jesus Cristo ao exercer juízo, e serve como um símbolo dos atributos cristãos do líder temporal nos últimos dias, chamado Davi, bem como Joseph Smith, o profeta da Restauração. O versículo 2 prediz: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. O pronome, “ele”, simultaneamente significa o “rebento” e o “renovo”—Joseph Smith, Cristo, e o Davi dos últimos dias.

O versículo 3 continua: “E deleitar-se-á no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos”.

Versículo 4 descreve o julgamento e destruição que acontecerão na Segunda Vinda, referindo-se agora somente a Cristo: “4 Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio”. A palavra hebraica traduzida como “repreenderá com equidade” significa “decidir com justiça”.[16]

Este versículo é parafraseado por Paulo em sua segunda epístola aos Tessalonicenses: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”.[17]  Paulo esclarece que tão somente o assopro da boca do Senhor matará aos iníquos.

O Senhor, ao repreender a Martin Harris por haver perdido as 116 páginas traduzidas da primeira parte do Livro de Mórmon, usou semelhantes palavras: “Portanto ordeno que te arrependas—arrepende-te, para que eu não te fira com a vara de minha boca e com minha ira e com minha cólera e teus sofrimentos sejam dolorosos—quão dolorosos tu não sabes, quão intensos tu não sabes, sim, quão difíceis de suportar tu não sabes”.[18]

O Senhor também enfatizou que os iníquos destruiriam aos iníquos em guerras que aconteceriam durante os últimos dias, antes da Sua Segunda Vinda:

“Em minha ira jurei e decretei guerras sobre a face da Terra; e o iníquo matará o iníquo e temor virá sobre todo homem;
“E os santos também mal escaparão; contudo eu, o Senhor, estou com eles e, da presença de meu Pai, descerei no céu e consumirei os iníquos com fogo inextinguível.[19]

É pelo decreto do Senhor que aconteceriam guerras, nas quais os iníquos matariam uns aos outros.

Néfi provê uma interpretação profética:

“E com justiça julgará o Senhor Deus os pobres e reprovará com equidade pelos mansos da Terra. E ferirá a Terra com a vara de sua boca; e com o sopro de seus lábios matará os ímpios.
“Pois rapidamente chegará o tempo em que o Senhor Deus fará uma grande divisão entre o povo e destruirá os iníquos; e poupará seu povo, sim, ainda que tenha que destruir os iníquos com fogo.[20]

As palavras do versículo 4 descrevem a destruição dos iníquos antes da Segunda Vinda do Senhor. Durante o milênio, guerra e inveja serão aniquiladas e o conhecimento de Deus cobrirá toda a Terra.

O versículo 4 contém um quiasma:[21]

(4) Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra;
A: e ferirá a terra
B: com a vara de sua boca,
B: e com o sopro dos seus lábios
A: matará o ímpio.

“Ferirá a terra” complementa “matará o ímpio”, indicando que o propósito do Senhor em ferir a Terra é para destruir a iniquidade entre a população humana, ao invés de infligir punição sobre a Terra em si. “A vara de sua boca” é sinônimo para “o sopro dos seus lábios”.

O versículo 5 descreve a fonte de poder de Cristo, e como um símbolo, também a de Davi dos últimos dias e do profeta da Restauração: “5 E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins”. “Lombos” e “rins” vieram da palavra hebraica que significa “cintura”.[22]

O Senhor usa palavras semelhantes para instruir os Santos dos Últimos Dias:

“Portanto uma vez que eu, o Senhor, decretei todas estas coisas sobre a face da Terra, desejo que meus santos se reúnam na terra de Sião;”E que todo homem tome a retidão em suas mãos e cinja seus lombos com a fidelidade; e aos habitantes da Terra levante uma voz de advertência e declare, tanto por palavra como por fuga, que a desolação virá sobre os iníquos.[23]

A retidão e a fidelidade são atributos cristãos que todos nós devemos emular; ao fazer isto escaparemos a desolação que virá sobre os iníquos.

Os versículos 3 até 5 contêm um quiasma:

A: (3) E deleitar-se-á no temor do Senhor;
B: e não julgará segundo
C: a vista dos seus olhos,
D: nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos.
E: (4) Mas julgará com justiça os pobres,
E: e repreenderá com equidade aos mansos da terra;
D: e ferirá a terra com a vara de sua boca,
C: e com o sopro dos seus lábios
B: matará ao ímpio.
A: (5) E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.

“No temor do Senhor” corresponde à “a justiça” e “a fidelidade”, que apresentam o tema do quiasma. A palavra “Julgará” é comparada com “matará o ímpio”, provendo uma maior explicação para o uso da palavra “julgar”. “A vista dos seus olhos” corresponde à “com o sopro dos seus lábios”. “Repreenderá” no versículo 3 é equivalente à “ferirá”, e “julgará com justiça os pobres” reflete-se em “repreenderá com equidade aos mansos da terra”, que é o enfoque central do quiasma. O Senhor, ao matar o ímpio, age com equidade. Consequentemente, a destruição dos ímpios resultará em equidade e justiça para os pobres e mansos da terra.

Nos versículos 6 até 9 Isaías metaforicamente descreve a eliminação das hostilidades entre as nações em guerra, que eram inimigas já há muito tempo. As metáforas de animais—alguns predadores naturais e outros a sua presa—vivendo amigavelmente uns com os outros durante o milênio são frequentemente interpretadas literalmente, mas seriam melhor entendidas num sentido metafórico. Algumas das nações assim representadas são identificáveis; o urso pode ser a Rússia e o leão pode ser a Grã-Bretanha. A estrutura quiasmática deste versículo e seu equivalente no versículo 13 confirma que Isaías está falando metaforicamente.

Os versículos 6 até 8 apresentam as metáforas. O versículo 6 declara: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará”.[24] Os opostos são apresentados como contrastes literários para enfatizar as diferenças.

O versículo 7 apresenta mais contrastes literários: “A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi”.

Os versículos 6 e 7 contêm um quiasma:

A: (6) E morará o lobo com o cordeiro,
B: e o leopardo com o cabrito se deitará;
C: e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos,
D: e um menino pequeno os guiará.
C: (7) A vaca e a ursa pastarão juntas,
B: seus filhos se deitarão juntos,
A: e o leão comerá palha como o boi.

“O lobo” e “o cordeiro” correspondem ao “leão” e ao “boi”; “se deitará” corresponde à “se deitarão juntos”; a frase “o bezerro, e o filho de leão” correspondem à frase “a vaca e a ursa”; e “um menino pequeno os guiará” é a única declaração central. O significado é que o menino pequeno guiará todos os animais mencionados no quiasma.

O quiasma forma o elemento inicial num quiasma maior que inclui os versículos 6 até 13. O quiasma dos versículos 6 e 7, que contém os nomes dos animais que representam as nações em guerras e suas vítimas, complementa o quiasma do versículo 13, que descreve o fim da hostilidade entre as nações de Judá e Efraim, bem como com outros vizinhos hostis. Esta equivalência quiasmática explica a metáfora.

O versículo 8 continua, apresentando mais contrastes literários e adicionando um significado ainda mais profundo à metáfora: “E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco”. A áspide é uma cobra venenosa da família das víboras, já um basilisco é um réptil fabuloso a que se atribuía o poder de matar através do olhar, do bafo ou do contato.[25] Note o paralelismo; “a toca da áspide” é equivalente à frase “na cova do basilisco”, e “a criança de peito” é equivalente à “desmamada”. Estas comparações reforçam ainda mais a suposição de que Isaías está falando metaforicamente—o que é conhecido como prejudicial e perigo é contrastado com inocência e vulnerabilidade.

Versículo 8 contém um quiasma reconhecido no original em hebraico, e que foi reformatado aqui para combinar com a construção hebraica.[26]

A: (8) Brincará
B: a criança de peito sobre a toca da áspide,
B: e a desmamada na cova do basilisco
A: meterá a sua mão.

Este quiasma coloca palavras que aparecem como duas declarações paralelas na versão de João Ferreira de Almeida como declarações paralelas inversas, adicionando um equilíbrio poético.

No versículo 9 o Senhor descreve as condições milenar: “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”. É o conhecimento do Senhor que terminará com a guerra e a inveja.[27] “Monte” retoricamente significa “nação”, ou domínio político.[28] Assim, no domínio do Senhor—que incluirá toda a Terra, como mostra na frase seguinte— “não se fará mal nem dano algum”.

Dallin H. Oaks declarou:

“Hoje em dia estamos assistindo a uma explosão de conhecimento a respeito do mundo e seus povos. Mas os povos do mundo não estão obtendo uma expansão de conhecimento comparável sobre Deus e o plano dele para seus filhos. Nesse assunto, o mundo necessita não é de mais erudição e tecnologia, porém de mais retidão e revelação.
“Aguardamos o dia profetizado por Isaías no qual “a terra se encherá do conhecimento do Senhor”.[29]

No Livro de Mórmon, Néfi também cita os versículos 4 até 9 em 2 Néfi capítulo 30 com pequenas variações.[30] Néfi adiciona esta explicação interessante depois da citação:

“Portanto as coisas de todas as nações se tornarão conhecidas; sim, todas as coisas serão dadas a conhecer aos filhos dos homens.
“Nada haverá secreto que não seja revelado; não haverá obra tenebrosa que não venha à luz; nada haverá selado na face da Terra que não seja descerrado.
“Portanto todas as coisas que foram reveladas aos filhos dos homens serão reveladas naquele dia; e Satanás já não terá poder sobre o coração dos filhos dos homens, por um longo tempo….”[31]

O conhecimento da verdade, revelado aos filhos dos homens, tirará eficazmente o poder de Satanás.

Ao instruir ao Santos dos Últimos Dias, o Senhor declara: “E nesse dia [o reinado milenar do Senhor], a inimizade do homem e a inimizade das bestas, sim, a inimizade de toda carne terá fim de diante de minha face”.[32] Aqui mostra bem claro que ambos elementos, literal e metafórico, da profecia de Isaías virão a se cumprir.

Os versículos 10 até 12 descrevem a coligação de Israel. Em preparação para o milênio, o Senhor levantará um estandarte e juntará Israel que foi espalhada por muitas nações. O versículo 10 refere-se a uma “raiz de Jessé”, que é um profeta mandado aos gentios nos últimos dias: “E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso”. A frase “naquele dia” significa os últimos dias, a época em que esta profecia deverá ser cumprida.[33]

O versículo 10 foi citado pelo Apóstolo Paulo, referindo-se a aceitação de Cristo pelos gentios: “Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, e naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão”.[34] Os gentios nos últimos dias aceitariam a Cristo através da “raiz em Jessé”, proclamada por Isaías—o grande profeta da Restauração, Joseph Smith.

Em Doutrina e Convênios, o Senhor deu uma maior explicação: “O que é a raiz de Jessé mencionada no versículo 10 do capítulo 11?
“Eis que assim diz o Senhor: É um descendente de Jessé, assim como de José, a quem por direito pertencem o sacerdócio e as chaves do reino, posto por estandarte e para a coligação de meu povo nos últimos dias”.[35] Estas características descrevem atributos principais da linhagem e missão profética de Joseph Smith.”[36], [37]

Joseph Smith, juntos com seus companheiros da Restauração, eram herdeiros legítimos do sacerdócio através desta linhagem. O Senhor, através de uma revelação moderna, declarou:

“Portanto assim diz o Senhor a vós, com quem o sacerdócio continuou através da linhagem de vossos pais—
“Porque sois herdeiros legais segundo a carne e fostes escondidos do mundo com Cristo, em Deus—
“Portanto vossa vida e o sacerdócio permaneceram; e é necessário que permaneçam por meio de vós e de vossa linhagem, até a restauração de todas as coisas proferidas pela boca de todos os santos profetas desde o princípio do mundo.”[38]

Foi dado a Joseph Smith, através da ministração de anjos, as chaves de vários ofícios e funções essenciais do sacerdócio como parte da Restauração. Essas ministrações angelicais incluem a ordenação ao Sacerdócio Aarônico pelas mãos de João Batista[39] e a ordenação ao Sacerdócio de Melquisedeque, inclusive ao Apostolado, pelas mãos de Pedro, Tiago e João.[40] Moisés restaurou as chaves da coligação de Israel, através de Joseph Smith numa visão gloriosa.[41] Elias restaurou o poder do selamento para unir os pais aos seus filhos de todas as gerações,[42] e Elias, o tisbita, restaurou as chaves do evangelho de Abraão pelas quais todas as futuras gerações seriam abençoadas.[43]

Joseph Smith, como o profeta de Restauração, estabeleceu um estandarte para o povo do mundo—incluindo os gentios e as tribos de Israel—onde se congregariam nos últimos dias. Numa revelação moderna, o Senhor declarou:

“Pois eis que vos digo que Sião florescerá e a glória do Senhor estará sobre ela;
“E será um estandarte para o povo e a ela virão de todas as nações debaixo do céu (ênfases adicionadas).”[44]

O profeta Leí, no Livro de Mórmon, em sua última bênção a seu filho mais novo, José, descreveu um profeta dos últimos dias que se chamaria José (Joseph).[45] Semelhantemente, Jacó—ou Israel—ao pronunciar a última bênção sobre seu filho José, profetizou sobre um profeta dos últimos dias que também se chamaria José.[46]

O versículo 11 descreve as nações de onde os remanescentes de Israel serão juntados: “E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar”. Néfi também cita a primeira parte deste versículo em 2 Néfi 25:17 e 2 Néfi 29:1.[47]

Estes nomes de países do tempo de Isaías representam lugares para onde Israel foi originalmente dispersa. Seus equivalentes no mundo atual não são estritamente relacionados às localidades mencionadas.  Por exemplo, parece que “as ilhas do mar” referem-se ao Arquipélago Grego por causa da estrutura quiasmática deste e de outros versículos, descrita abaixo. Entretanto, esta frase também refere-se às Américas, a herança dos filhos de Leí.[48]

O “estandarte”, como foi usado no versículo 10, significa uma bandeira militar, que era usada para denotar condições no campo de batalha e enviar mensagem aos combatentes.[49] Neste caso a mensagem é para se juntarem, como mostrado no versículo 12: “E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra”.[50] A palavra hebraica traduzida como “confins”, na frase final, significa “extremidades” ou “bordas”.[51]

Concernente aos versículos 11 e 12, LeGrande Richards ensinou:

“O Anjo Morôni repetiu essa mensagem ao Profeta Joseph Smith, quando este tinha apenas dezoito anos de idade, na ocasião em que o visitou três vezes em seguida, durante a noite e pela manhã, indicando que essa obra deveria ser realizada.
“Pensem na responsabilidade do Profeta Joseph naquela ocasião. Ele estabeleceu um estandarte para todas as nações e nenhuma outra igreja do mundo está fazendo pelos seus membros o que esta Igreja está fazendo, ajudando-os a progredir e, ao mesmo tempo, estabelecendo um estandarte para o mundo. Indivíduos nos procuram para saber como estamos conseguindo fazer tais coisas.”[52]

A coligação de Israel, descrita nestes versículos, seria o maior milagre feito pelo Senhor nos últimos dias, como foi testificado por Jeremias:

“Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
“Mas: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, a qual dei a seus pais.[53]

Este grande milagre é parte da obra missionária dos últimos dias, um meio pelo qual Israel será coligada.[54]

Como descrito no versículos 13 e 14, antes da Segunda Vinda do Senhor, Israel—unidas como uma só nação, ao invés de dois reinos diferentes—dominará seus vizinhos que antes eram hostis. O versículo 13 proclama: “E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim”. O Livro de Mórmon apresenta “Cessará também a inveja de Efraim”.[55]

Os versículos 6 até 13 formam um elegante quiasma:

A: (6) E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. (7) A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. (8) E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco.
B: (9) Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
D: (10) E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé,
E: a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso. (11) E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado,
F: da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia
F: de Elão, de Sinar, de Hamate, e das ilhas de mar.
E: (12) E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel,
D: e os dispersos de Judá congregará
C: desde os quatro confins
B: da terra.
A: (13) E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.

A declaração introdutória deste elegante quiasma se encontra nos versículos 6 e 7, que por si mesmos formam um quiasma completo e foi descrito anteriormente. Sua reflexão complementar se encontra no versículo 13, que também é outro quiasma completo. As declarações centrais são dois conjuntos de locais geográficos, dados no versículo 11. Quando os locais são colocados num mapa,[56] o padrão que Isaías tentou descrever aparece: Cada conjunto forma uma linha mais o menos reta, as duas linhas se cruzam para formar um “X”—a letra Grega chi, como na palavra “quiasma”.

O padrão planejado por Isaías é evidente quando estes oito locais geográficos são considerados em ordem. Assíria ficava ao norte da Babilônia no vale do Rio Tigre; sua capital era Nínive. Egito fica aos dois lados do Rio Nilo e seu delta fica no sudoeste da Assíria. Patros é parte do Alto Egito, localizado ao longo do Rio Nilo para o sudoeste, e Etiópia é mais ainda para o sudoeste do Egito onde viviam um povo de pele escura. Estes quatro locais formam uma linha que começa inclinando-se na direção sudoeste, mas muda para a direção mais para o sul. A segunda linha começa em Elão, que é a parte sudeste da Pérsia, ou Iran, ao sudoeste da Assíria. Sinar é a Babilônia, que fica na parte mais baixa da planície dos rios Tigre e Eufrates, ao noroeste de Elão. Hamate ainda é uma cidade importante na Síria, localizada mais ainda ao noroeste das linhas descritas. Esta cidade foi nomeada como o limite setentrional da terra prometida da Palestina.[57] As “ilhas do mar” refere-se ao Arquipélago Grego, que forma o fim da segunda linha ao noroeste.

Versículo 13 contém um quiasma:[58]

(13) E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados;
A: Efraim
B: não invejará
C: a Judá
C: e Judá
B: não oprimirá
A: a Efraim.

Este quiasma reflete a declaração introdutória do quiasma dos versículos 6 até 13. Sua relação complementar confirma que os animais nos versículos 6 e 7 são metáforas representando nações guerreiras agressoras e suas vítimas perenes. A primeira menção de “Efraim” é equivalente à segunda no final do versículo; “não invejará” é equivalente a “não oprimirá”; e “Judá” corresponde a “Judá”.

O versículo 14 descreve as vitórias da Israel unida: “Antes voarão sobre os ombros dos filisteus ao ocidente; juntos despojarão aos do oriente; em Edom e Moabe porão as suas mãos, e os filhos de Amom lhes obedecerão”. Estes vizinhos adversários do tempo de Isaías teriam outros nomes hoje.

O versículo 15 descreve mudanças que ocorrerão antes ou durante a parte inicial do Milênio: “E o Senhor destruirá totalmente a língua do mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes e fará que por ele passem com sapatos secos”. Estas mudanças—descritas por Isaías em termos geográficos—podem ser parcialmente ou totalmente metafóricas, representando mudanças políticas e sociais que facilitariam a coligação de Israel. A divisão das águas do Mar Vermelho na época de Moisés, para permitir aos Israelitas a escaparem dos exércitos egípcios, é um símbolo para o caminho estreito e apertado, no sentido espiritual. “A língua do mar do Egito” provavelmente significa o Golfo de Suez—a língua ao noroeste do Mar Vermelho, localizada entre o Egito e a Península do Sinai—que foi dividida na época de Moisés.[59] Ventos poderosos também se manifestariam, tal como nos tempos da divisão do Mar Vermelho.[60] “O rio” provavelmente significa os rios Tigre e Eufrates juntos;[61] fortes ventos ferirão os sete afluentes destes rios[62] permitindo que os homens atravessem-nos “com sapatos secos”.

Será que os ventos poderosos representam as mudanças políticas rápidas que acontecerão na terra por causa dos rios Tigre e Eufrates e seus afluentes, estabelecendo liberdade política e religiosa, e permitindo com que os homens e as mulheres daquelas nações obtenham o conhecimento verdadeiro do Plano de Salvação? Se assim for, o significado metafórico de Isaías é de que esses acontecimentos são tão importantes nos últimos dias como foi a divisão das águas do Mar Vermelho nos tempos antigos.

A destruição da língua do mar do Egito coincidirá com a coligação, como foi sugerido no versículo 16: “E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo, que for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito”.[63] Outra referência semelhante a um caminho ou estrada foi feita  por Isaías, no capítulo 35, indicando que o significado é espiritual ao invés de temporal:

“E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão.”[64]

O “caminho” é o caminho estreito e apertado.[65] A maneira pela qual os remanescentes de Israel serão juntados nos últimos dias é com o evangelho sendo pregado a eles; eles se unirão com Sião e seu povo, e seguirão o caminho estreito e apertado. Sua identidade como herdeiros do Convênio Abraâmico ser-lhes-á revelada, e eles farão convênios com o Senhor como em tempos passados.

NOTAS

[1]. Joseph Smith—História 1:40.
[2]. Versículos 1-5, 10.
[3]. Isaías 6:13.
[4]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 1503, p. 160.
[5]. Ver Mateus 1:1-16.
[6]. Ver também Isaías 7:14; 9:6; 25:9; 53:5.
[7]. Doutrina e Convênios 113:1-2.
[8]. D&C 113:3-4.
[9]. Donald W. Parry, “Isaiah Chapter Review [Revisão dos Capítulos de Isaías]: 2 Néfi 21//Isaías 11”, Book of Mormon Reference Companion [Companheiro Referencial do Livro de Mórmon], Dennis L. Largey, ed., Deseret Book Company, Salt Lake City, UT, 2003, p. 379-380.
[10]. Jeremias 23:5-6.
[11]. Jeremias 23:5.
[12]. Ver Ezequiel  37:21-28 e Oséias 3:4-5.
[13]. História da Igreja, v. 6, p. 253.
[14]. Bruce R. McConkie, The Promised Messiah [O Messías Prometido]: Deseret Book Co., Salt Lake City UT, 1978,  p. 192.
[15]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[16]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3198, p. 406-407.
[17]. 2 Tessalonicenses 2:8.
[18]. D&C 19:15.
[19]. D&C 63:33-34.
[20]. 2 Néfi 30:9-10.
[21]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[22]. Brown et al., 1996, Número de Strong 2504, p. 323.
[23]. D&C 63:36-37.
[24]. Versículo 6 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Morará/o lobo com o cordeiro//o leopardo com o cabrito/se deitará. Em Parry, 2001, p. 259.
[25]. Basilisco Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/basilisco. Ver também Isaías 14:29; 59:5 e comentário pertinente.
[26]. Parry, Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[27]. Ver Isaías 12:3; 30:25; 35:6-7; 55:1, 11; 58:11 e comentário pertinente.
[28]. “Monte” é retoricamente correlacionado com “nação”. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 13:2, 4; 30:25 e comentário pertinente.
[29]. Dallin H. Oaks, “Vozes Alternativas”, A Liahona, Julho de 1989, pág. 29.
[30]. 2 Néfi 30:9, 11-15.
[31]. 2 Néfi 30:16.
[32]. D&C 101:26.
[33]. Compare Isaías 27:2.
[34]. Romanos 15:12.
[35]. D&C 113:5-6.
[36]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 172-174.
[37]. D&C 135:3.
[38]. D&C 86:8-10.
[39]. Joseph Smith—História 1:72; D&C 13:1.
[40]. Joseph Smith—História 1:72; D&C 27:12.
[41]. D&C 110:11.
[42]. D&C 110:13-16.
[43]. D&C 110:12.
[44]. D&C 64:41-42.
[45]. Ver 2 Néfi 3:6-22.
[46]. Ver Joseph Smith’s “New Translation” of the Bible [“Nova Tradução” da Bíblia por Joseph Smith]: Herald Publishing House, Independence, Missouri, 1970, p. 114-116; também JST de Gênesis 50:24-38.
[47]. Victor L. Ludlow, “Isaiah in The Book of Mormon”[ “Isaías no Livro de Mórmon”], Book of Mormon Reference Companion [Companheiro de Referências do Livro de Mórmon], Dennis L. Largey, ed., Deseret Book Company, Salt Lake City, UT, 2003, p. 344.
[48]. Ver 2 Néfi 10:20; Ver também Isaías 18:1-2 e comentário pertinente.
[49]. Ver também D&C 113:6, D&C 64:41-42 e Isaías 5:26.
[50]. Ver Isaías 5:26 e comentário pertinente.
[51]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3671, p. 489.
[52]. LeGrande Richards, “Profetas e Profecias”, A Liahona, Fevereiro de 1976, p. 43.
[53]. Jeremias 16:14-15.
[54]. Ver Isaías 18.
[55]. 2 Néfi 21:13.
[56]. Ver Mapa Bíblico 2.
[57]. Ver Números 34:8; Josué 13:5.
[58]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[59]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3956, p. 546; Ver Map 3, Bíblia SUD em inglês.
[60]. Ver Êxodo 14:21-22.
[61]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson interpretam “o rio” como sendo o Eufrates. Em Parry et al., Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 124-125.
[62]. Possivelmente Grande Zab, Pequeno Zab, Diyala, e Adhaim (afluentes do rio Tigre); Kara, Murat, e Khabur (afluentes do rio Eufrates).
[63]. Ver Êxodo 14:21-31 e Isaías 51:10.
[64]. Isaías 35:8. Ver Isaías 19:23; 40:14; 49:11 e comentário pertinente.
[65]. Ver 1 Néfi 8:20; Mateus 7:14 e 3 Néfi 14:14; compare 2 Néfi 9:41, 31:18, 33:9; Jacó 6:11, Helamã 3:29, 3 Néfi 27:33, e D&C 132:22.