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CAPÍTULO 28: “Ai Da Coroa De Soberba Dos Bêbados De Efraim”

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O capítulo 28 lida com a corrupção e subsequente destruição que precederão a Segunda Vinda. Com os consecutivos capítulos sobre este mesmo tema, temos uma outra perspectiva destes acontecimentos, com maiores detalhes e explicação. Aqui o profeta fala de corrupção eclesiástica; um banquete espiritual é retratado como uma solene zombaria, com as mesas que estão cheias de vômitos e imundícia. Riquezas, orgulho e autoindulgência entre os líderes eclesiásticos são retratados como embriaguez; por isso, “Ai … dos bêbados de Efraim”.

A revelação apresentada no capítulo 28 foi dada a Isaías numa época quando a Assíria dominava Efraim—isto é, o reino de Israel do norte consistindo-se das dez tribos—exceto pela cidade capital, Samaria, e pelas áreas arredores.[1] Na antiguidade, Efraim era a tribo líder do reino do norte, que seria depois levada em cativeiro pela Assíria em 722 a.C. pouco tempo depois destas predições de Isaías.[2] O cumprimento recorrente desta profecia envolve atores dos últimos dias no palco de Isaías. O Efraim dos tempos modernos inclui as nações da Europa e da América do Norte, cujos habitantes—apesar de serem geralmente considerados gentios—são uma mistura da tribo de Efraim. O contexto histórico fornece um exemplo para os acontecimentos e condições nos últimos.

Este capítulo começa concentrando-se na corrupção de Efraim—tanto Efraim da antiguidade antes do cativeiro pela Assíria, quanto os descendentes de Efraim dos últimos dias. Como é típico do estilo de Isaías, alguns elementos deste capítulo referem-se a Efraim da antiguidade, outros referem-se aos seus descendentes nos últimos dias, e outros aos dois. Este capítulo serve como uma advertência aos descendentes modernos de Efraim contra uma fraqueza inerente—uma área na qual onde eles poderão estar sujeitos às tentações.

Somos ensinados que a revelação vem linha por linha e preceito por preceito, mas os sacerdotes bêbados e os profetas da decadente Efraim não são capazes de compreender as obras do Espírito. Na Sua vinda, Cristo—nosso firme alicerce—arrebatará estes indivíduos com um flagelo tão intenso que as pessoas ficarão chocadas só em ouvirem sobre o mesmo.

Os versículos 1 até 4 formam um oráculo de pesar estruturado como um quiasma. O versículo 1 começa: “Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai, que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho”. A coroa, ou os líderes, são os sacerdotes e profetas de Efraim, antigos e modernos, que estão bêbados com as riqueza e orgulho. Um “glorioso ornamento é como a flor que cai” descreve o colapso moral da Efraim dos tempos modernos—a dependência em acontecimentos e vitórias do passado, ao invés de na presente integridade ou futuras aspirações nobres.

O versículo 2 declara: “Eis que o Senhor tem um forte e poderoso; como tempestade de saraiva, tormenta destruidora, e como tempestade de impetuosas águas que transbordam, ele, com a mão, derrubará por terra”. O Senhor derrotará o forte e poderoso rei da Assíria ou seu homólogo moderno. “Um forte e poderoso” refere-se ao rei da Assíria agindo como um representante do Senhor em destruir Efraim. Observe o simbolismo, que nos é familiar: Uma “tempestade de impetuosas águas que transbordam” é uma metáfora para um exército invasor.

Isaías descreve um acontecimento semelhante no capítulo 8: “Portanto eis que o Senhor fará subir sobre eles as águas do rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus leitos, e transbordará por todas as suas ribanceiras”.[3] Este simbolismo surge porque a Assíria, de onde vem o exército invasor, ficava na Mesopotâmia, a terra entre os rios Tigre e Eufrates.[4] O nome “Mesopotâmia” vem do grego, meso- significa “entre”, e potamos, significa “rios”.[5]

O versículo 3 prediz: “A coroa de soberba dos bêbados de Efraim” —que significa os sacerdotes e os profetas que estão bêbados de autoindulgência—” será pisada aos pés”. “Aos pés” refere-se aos pés do exército invasor.

O versículo 4 sumariza: “E a flor caída do seu glorioso ornamento, que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto temporão antes do verão, que, vendo-o alguém, e tendo-o ainda na mão, o engole”. O exército invasor, como revelado neste símile, pisará tudo e todos que estiverem em seu caminho.

Os versículos 1 até 4 contêm um quiasma:

A: (1) Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai, que está sobre a cabeça do fértil vale
B: dos vencidos do vinho.
C: (2) Eis que o Senhor tem um forte e poderoso;
D:como tempestade de saraiva, tormenta destruidora,
D: e como tempestade de impetuosas águas que transbordam,
C: ele, com a mão, derrubará por terra.
B: (3) A coroa de soberba dos bêbados de Efraim será pisada aos pés.
A: (4) E a flor caída do seu glorioso ornamento, que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto temporão antes do verão, que, vendo-o alguém, e tendo-o ainda na mão, o engole.

A frase “dos vencidos do vinho” é equivalente à frase “dos bêbados de Efraim”, identificando quem é o vencido; “o Senhor tem um forte e poderoso” complementa “ele, com a mão, derrubará por terra”; e “tempestade de saraiva, tormenta destruidora” compara-se com “tempestade de impetuosas águas que transbordam” usando duas metáforas para descrever a devastação a ser trazida pelos invasores em retribuição ao estado embriagado e imoral de Efraim.

No versículo 5 o contexto muda, agora referindo-se especificamente a Efraim dos últimos dias numa época depois da dispersão de Israel—durante o tempo da preparação para a Segunda Vinda do Senhor: “Naquele dia o Senhor dos Exércitos será por coroa gloriosa, e por diadema formosa, para os restantes de seu povo”. Isaías usa “naquele dia” para referir-se aos últimos dias; como atestado anteriormente por Isaías no capítulo 2, “só o Senhor será exaltado naquele dia”.[6] “Os restantes de seu povo” são aqueles que restaram depois da devastação.

O versículo 6 continua: “E por espírito de juízo, para o que se assenta a julgar, e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta”. A glória do Senhor, descrita no versículo 5, será por um espirito de julgamento justo, ou inspiração, sobre os líderes dos remanescentes justos do povo do Efraim moderno, e será para a fortificação de um pequeno exército dos justos efraimitas, que expulsarão o exército invasor mencionado nos versículos 3 e 4, levando-o à porta da cidade de Sião. “Espírito de juízo”, como foi usado aqui, significa “um espírito de justiça” ou de fazer o que é justo.[7] Outros significados de “juízo” que se encontram na obra de Isaías incluem justiça social,[8] retribuição,[9] raciocínio são,[10] e um sistema de lei equitativo.[11]

Os versículos 4 até 6 contêm um quiasma:

A: (4) E a flor caída do seu glorioso ornamento, que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto temporão antes do verão, que, vendo-o alguém, e tendo-o ainda na mão, o engole.
B: (5) Naquele dia o Senhor dos Exércitos será
C: por coroa gloriosa,
C: e por diadema formosa,
B: para os restantes de seu povo.
A: (6) E por espírito de juízo, para o que se assenta a julgar, e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta.

“Seu glorioso ornamento” corresponde à frase “por espírito de juízo para o que se assenta a julgar, e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até a porta”. O Senhor proverá fortaleza aos que julgarem em retidão ou defenderem o Seu povo, que enfrenta os saqueadores com intenção de consumir a beleza gloriosa, porém desgasta, da cidade de Efraim moderna. “O Senhor dos Exércitos” corresponde-se ao “seu povo”, identificando a quem pertence o povo; e “coroa gloriosa” é o mesmo que “diadema formosa”. A antiga coroa de glória de Efraim—a justiça do “que se assenta a julgar”—será manifesta no futuro e proverá fortaleza para “os que fazem recuar a peleja até a porta”.

Os versículos 7 e 8 proveem uma maior explicação no estado decadente dos líderes religiosos do povo antigo e do moderno de Efraim antes da predita conquista pelo exército invasor. O versículo 7 atesta a falta de inspiração destes líderes religiosos: “Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo”. “Estes erram por causa do vinho” significa que as artimanhas sacerdotais, o orgulho e a busca de riquezas e honra do mundo têm destruído os líderes religiosos em relação às coisas espirituais, que são obtidas somente através de revelação de Deus. Eles perderam a visão do caminho estreito e apertado.[12] “O sacerdote e o profeta” referem-se aos que têm o dever prover orientação moral, e quem professa ter autoridade sacerdotal e explicação profética. “Juízo”, como foi usado aqui, significa “raciocínio são”.[13] Devido aqueles que assumiram autoridade eclesiástica haverem se entregado aos prazeres mundanos e suas gratificações, sua visão e seu juízo são errôneos, eles não são inspirados pelo Senhor.

O versículo 7 contém um quiasma:

A: (7) Mas também estes cambaleiam por causa do vinho,
B: e com a bebida forte se desencaminham;
C: até o sacerdote
C: e o profeta
B: erram por causa da bebida forte;
A: são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo.

“Também estes cambaleiam por causa do vinho” corresponde à “são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte;andam errados na visão e tropeçam no juízo”, o vinho metafórico explicado nas duas últimas frases. Devido ao abuso da bebida forte—metaforicamente, gratificação dos apetites e paixões mundanos—o sacerdote e o profeta têm errado muito e estão fora do caminho estreito e apertado.[14]

O versículo 8 descreve um banquete espiritual, apresentado como uma bebedeira pelos sacerdotes e profetas sem inspiração: “Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e imundícia, e não há lugar limpo”. No lugar de pura doutrina, os sacerdotes e profetas corruptos apresentam um banquete de vômitos de doutrinas falsas, iniquidades, e hipocrisia. Nenhum lugar será deixado limpo, ou nenhuma doutrina será deixada sem falsificação. Até mesmo as escrituras sob a qual as leis estão gravadas estão pervertidas completamente. Este banquete corrupto é uma zombaria solene perante o Senhor; aquilo que era sagrado foi profanado. Contraste o banquete de dons espirituais dado pelo Senhor, descrito por Isaías anteriormente.[15]

No versículo 9, Isaías pondera: “A quem, pois, se ensinaria o conhecimento?” O Senhor ensina o conhecimento através de revelação. “E a quem se daria a entender doutrina?” Isaías responde com outra pergunta retórica: “Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?”[16] Aqueles que são inocentes e puros, como uma criancinha, são os que receberão orientação e inspiração do Senhor.

Com respeito à inocência e pureza de Seus apóstolos, Jesus disse: “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.[17] Da mesma forma Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, apareceram a Joseph Smith quando o jovem profeta da restauração tinha somente catorze anos de idade, em resposta a sua oração perguntando qual igreja era verdadeira.[18] O Senhor, em revelação moderna, descreveu a inocência, mas a falta de maturidade espiritual dos primeiros conversos usando termos semelhantes: “Porque agora não podem tolerar carne, devem receber leite; portanto não deverão conhecer estas coisas, para que não pereçam”.[19]

O versículo 10, respondendo a última pergunta retórica do versículo 9, descreve a maneira pela qual o Senhor revela a verdade através de revelações: “Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito, regra sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali”.[20] O Senhor dá ao Seu povo aquilo que pode compreender, um pouco de cada vez, para que assimile em suas vidas. Depois Ele dá mais, baseando-se no novo nível de entendimento e obediência aos preceitos recebidos anteriormente. O Senhor explicou em Doutrina e Convênios:

“E Eu vos dou o mandamento, de que renuncieis a todo o mal e vos apegueis a todo o bem, e que vivais por toda palavra que sai da boca de Deus.
“Pois Ele dará ao fiel linha sobre linha, preceito sobre preceito; e com isso vos experimentarei e provarei” (Ênfases adicionadas).[21]

Novamente, este significado está claro em outras revelações modernas:

“E também, a voz de Deus no quarto do velho Pai Whitmer, em Fayette, Condado de Sêneca; e em várias ocasiões e em lugares diversos, durante todas as viagens e tribulações desta Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias! E a voz de Miguel, o arcanjo, e a voz de Gabriel e de Rafael e de diversos anjos, de Miguel, ou seja, Adão, até o tempo atual, todos anunciando sua dispensação, seus direitos, suas chaves, suas honras, sua majestade e glória e o poder de seu sacerdócio; dando linha sobre linha, preceito sobre preceito; um pouco aqui, um pouco ali; dando-nos consolação pela proclamação do que está para vir, confirmando nossa esperança!” (Ênfases adicionadas).[22]

O Senhor sumariza: “Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz; e essa luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito”.[23]

O versículo 11 descreve a grande falta de eloquência e oratória que caracteriza os humildes servos do Senhor: “Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo”. Os missionários saem, lutando e gaguejando para aprender uma nova língua, buscando pelos descendentes modernos de Efraim e outros das tribos perdidas. “Este povo” refere-se à Israel moderna em seu estado disperso, procurada e reunida pelos “embaixadores” e “mensageiros velozes”, ou os missionários dos tempos modernos.[24]

Em revelações modernas o Senhor prevê a pregação do evangelho em todas as línguas maternas dos homens:

“Pois acontecerá nesse dia que todo homem ouvirá a plenitude do evangelho em sua própria língua e em seu próprio idioma, por meio daqueles que são ordenados com este poder, pela administração do Consolador que se derrama sobre eles para revelar Jesus Cristo.”[25]

O versículo 11 é parafraseado por Paulo no Novo Testamento: “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor”.[26]

O Senhor afirmou isto nos últimos dias: “Para que a plenitude do meu evangelho seja proclamada pelos fracos e pelos simples aos confins da Terra e perante reis e governantes”.[27]

Aqueles que não derem ouvidos às advertências do Senhor, transmitidas pelos mensageiros gaguejantes, lutando para aprender a língua estrangeira, serão varridos pelo homólogo moderno dos exércitos invasores assírios. A Assíria antiga falava uma língua que os Israelitas antigos não compreendiam; assim será a língua do exército invasor moderno descrito nos versículos 2 e 3 acima, que varrerá e saqueará os bêbados de Efraim.

O versículo 12 continua descrevendo a mensagem do Senhor, transmitida pelos mensageiros gaguejantes à Israel dispersa: “Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir”. “O descanso ao cansado” transmitido pelos mensageiros, significa as doutrinas de salvação. “Este é o refrigério” refere-se à restauração nos últimos dias—os tempos do refrigério que Pedro se referiu: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (ênfases adicionadas).[28] A frase “porém não quiseram ouvir” significa que muitos a quem a mensagem de refrigério, ou da restauração, fosse dada não dariam ouvidos à advertência. Àqueles que se recusarem a ouvir, o Senhor falará em outra língua—o equivalente moderno do exército assírio. Parry et al. identifica “descanso” e “refrigério” como observância ao mandamento de guardar o Dia do Senhor.[29]

O versículo 13 sumariza, refletindo o versículo 10: “Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito, preceito sobre preceito, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos”.[30] Apesar das instruções do Senhor a eles através de profetas antigos e modernos e do exército de missionários modernos lutando para transmitir a mensagem do Senhor em línguas estrangeiras, muitos rejeitariam a mensagem.

Néfi, fornecendo maior explicação, parafraseia os versículos 10 e 13:

“Pois eis que assim diz o Senhor Deus: Darei aos filhos dos homens linha sobre linha, preceito sobre preceito, um pouco aqui e um pouco ali; e abençoados os que dão ouvidos aos meus preceitos e escutam os meus conselhos, porque obterão sabedoria; pois a quem recebe darei mais; e dos que disserem: Temos o suficiente, destes será tirado até mesmo o que tiverem”.[31]

Os versículos 10 até 13 contêm um quiasma:

A: (10) Porque é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.
B: (11) Assim por lábios gaguejantes, e por língua estrangeira, falará o Senhor a este povo.
C: (12) ao qual disse:
D: Este é o descanso,
E:dai descanso
E:ao cansado;
D: e este é o refrigério;
C: porémnão quiseram ouvir.
B: (13) Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será
A: preceito sobre preceito, preceito sobre preceito, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.

O Senhor dá revelação e orientação ao Seu pouco a pouco. “Por lábios gaguejantes, e por língua estrangeira, falará a este povo” corresponde a “assim, pois, a palavra do Senhor lhes será dada [preceito sobre preceito]”. Embora a palavra do Senhor estar sendo transmitida por mensageiros que se esforçam em falar uma língua estrangeira, muitos da linhagem do convênio não aceitariam a mensagem da restauração.

Nos versículos 14 até 22 Isaías dirige-se a Jerusalém e a seus líderes escarnecedores. O versículo 14 declara: “Ouvi, pois, a palavra do Senhor, homens escarnecedores, que dominais este povo que está em Jerusalém”. Isaías atesta que a advertência dada à antiga nação de Efraim aplica-se igualmente à Judá. Os líderes escarnecedores e bêbados de Jerusalém são advertidos a darem ouvidos ao que o Senhor está falando ao povo de Efraim. Para nós em nosso tempo, referências à “Jerusalém” significa, num sentido geral, centros eclesiásticos dos tempos atuais.

O versículo 15 explica a falsa segurança destes líderes desdenhosos: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos”. Eles assumem erroneamente que seu convênio com Satanás—ou com o exército invasor—baseado em suas falsidades e mentiras que se passavam por crenças, salvar-lhes-ão do açoite, ou praga, destrutivo.

Este açoite ou flagelo foi descrito numa revelação moderna:

“Porque haverá um flagelo assolador entre os habitantes da Terra e continuará a derramar-se de tempos em tempos, se eles não se arrependerem, até que a Terra fique vazia e seus habitantes sejam consumidos e totalmente destruídos pelo resplendor da minha vinda”.[32]

Desde o tempo de Cain, Satanás tem tentado fazer alianças com os homens. Porém, quando as consequências inevitáveis de suas ações tornarem-se evidentes, apesar da aliança que fizeram com Satanás, o maligno rirá deles. A confiança das decadentes cidades de Efraim e Judá no braço da carne e na aliança com Satanás traz somente remorso, o que agrada a Satanás.

Em revelação moderna o Senhor descreve o açoite, ou a praga, de uma doença desoladora:

“E haverá homens nessa geração que não passarão até que vejam uma praga terrível; pois uma doença desoladora cobrirá a terra.
“Mas os meus discípulos permanecerão em lugares santos e não serão movidos; mas, entre os iníquos, homens levantarão a voz e amaldiçoarão a Deus e morrerão”.[33]

O Senhor fornece uma explicação aos seus discípulos modernos:

“Pois eis que a vingança vem rapidamente sobre os ímpios, como um furacão; e quem dela escapará?
“O açoite do Senhor passará de noite e de dia e seu rumor afligirá todos os povos; sim, não cessará até que venha o Senhor.
“Porque a indignação do Senhor está acesa contra as abominações deles e todas as suas obras iníquas”.[34]

O versículo 16 descreve a única fonte de segurança segura: “Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”. A frase final significa “aquele que crer não devefugir em pânico”. Esta profecia é citada no Novo Testamento, em relação ao ministério mortal da Segunda Vinda de Jesus Cristo,[35] que metaforicamente é a pedra angular para um alicerce seguro.

Jacó, o irmão de Néfi no Livro de Mórmon, explica:

“E agora eu, Jacó, sou guiado pelo Espírito a profetizar, pois percebo, pela orientação do Espírito que está em mim, que, por causa dos tropeços dos judeus, eles rejeitarão a pedra sobre a qual poderiam edificar e ter fundamento seguro.
“Mas eis que, de acordo com as escrituras, essa pedra virá a ser o grande e o último e o único fundamento seguro sobre o qual os judeus poderão edificar”.[36]

Jacó explica que os judeus rejeitariam o Salvador durante Seu ministério terreno. “Sião” foi usada no versículo 16 com duplo sentido—um lugar de coligação espiritual nos últimos dias, bem como um sinônimo para a antiga Jerusalém no tempo do ministério de Cristo.[37]

O simbolismo do versículo 16 nos é familiar. Paulo escreve:

“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
“No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (ênfases adicionadas).[38]

“A principal pedra da esquina” refere-se simultaneamente a Jesus Cristo e ao princípio de revelação, já “o fundamento dos apóstolos e dos profetas” é a crença nas doutrinas de salvação ensinadas pelos apóstolos e profetas, recebidas do Senhor Altíssimo.

Os versículos 14 até 16 contêm um quiasma:

A: (14) Ouvi, pois, a palavra do Senhor, homens escarnecedores, que dominais este povo que está em Jerusalém.
B: (15) Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte,
C: e com o inferno fizemos acordo;
D: quando passar o dilúvio do açoite,
D: não chegará a nós;
C: porque pusemos a mentira por nosso refúgio,
B: e debaixo da falsidade nos escondemos.
A: (16) Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.

Ao ler este quiasma em forma reflexiva—começando pela declaração introdutória e sua reflexão e continuando desta maneira à declaração central e sua reflexão—entendemo-lo melhor: “Ouvi, pois, a palavra do Senhor, homens escarnecedores, que dominais este povo que está em Jerusalém”. A palavra do Senhor aos líderes escarnecedores é: “Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”. Porém, os líderes de Jerusalém respondem: “Fizemos aliança com a morte; debaixo da falsidade nos escondemos; com o inferno fizemos acordo; pusemos a mentira por nosso refúgio; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós”. Líderes iníquos não dão ouvidos às palavras do Senhor, por meio da qual recebemos a salvação; e fazem exatamente o oposto, contam com mentiras, doutrinas falsas e acordos com Satanás para protegerem-se do dilúvio do açoite.

O versículo 17 estabelece a base fundamental para a sobrevivência, em contraste às mentiras dos líderes bêbados e escarnecedor de Efraim e Jerusalém: “E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo”. “Justiça” e “juízo” neste versículo significam “equidade”.[39] Para se fazer um julgamento apropriado é necessário a orientação do Espírito Santo. “A linha” refere-se à linha de nível usada em construções—essencial na obtenção de alicerces e paredes retos—e “prumo” refere-se a outra ferramenta de alvenaria e carpintaria, o fio de prumo, é usado para se obter uma linha vertical precisa. “Prumo” e “fio de prumo” têm a mesma raiz latina, plumbum, que significa “plúmbeo” ou chumbo, uma substância pesada da qual são feitas essas ferramentas.[40] Estas metáforas referem-se à retidão pessoal. Aqueles cujo refúgio são as mentiras e as falsidades seu esconderijo serão assolados pelo exército invasor, caracterizado aqui pela tempestade de granizo que varrerá as mentiras e uma enchente de águas que inundará o esconderijo.[41]

O versículo 18 apresenta o resultado da aliança com Satanás feita pelos líderes escarnecedores, tanto em Jerusalém quanto em Efraim: “E a vossa aliança com a morte se anulará; e o vosso acordo com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados”. Como sempre, a aliança de Satanás com esses líderes iníquos não servirá para nada e o açoite arrasador varrerá tudo, pisoteando-os.

Os versículos 15 até 18 contêm um quiasma que verifica o sentido intencionado por Isaías:

A: (15) Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós,
B: porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.
C: (16) Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei
D: em Sião
E: uma pedra,
F:   uma pedra já provada,
G: pedra preciosa
G: de esquina,
F:   que está bem firme
E: e fundada;
D: aquele que crer não se apresse.
C: (17) E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo,
B: e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo.
A: (18) E a vossa aliança com a morte se anulará; e o vosso acordo com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados.

“Fizemos aliança com a morte” é complementada pela frase “a vossa aliança com a morte se anulará; e o vosso acordo com o inferno não subsistirá”, descrevendo a desaprovação do Senhor com respeito a aliança com o mal. A frase “porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos” contrasta-se com “a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo”, descrevendo a futilidade de confiar em iniquidades. “Sião” equivale à “aquele que crer”, dando-nos uma definição da palavra Sião. Compare com a definição dada pelo Senhor em uma revelação moderna: “Pois isto é Sião—o puro de coração”.[42]

O versículo 19 descreve os horrores deste exuberante açoite: “Desde que comece a passar, vos arrebatará, porque manhã após manhã passará, de dia e de noite; e será que somente o ouvir tal notícia causará grande turbação”. As pessoas ficariam emocionadas somente em ouvir sobre a destruição trazidas pelo exército invasor.[43]

O versículo 20 simbolicamente descreve o desconforto dos sobreviventes: “Porque a cama será tão curta que ninguém se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito que ninguém se poderá cobrir com ele”. O povo ficará desconfortável e destituído, quando antes desfrutava de grandes riquezas e conforto.

O versículo 21 atesta que o Senhor trará destruição sob o exército invasor: “Porque o Senhor se levantará como no monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu ato, o seu estranho ato”. Estes casos do Senhor destruir os exércitos invasores são uma reflexão das ocorrências no Velho Testamento nas quais Israel foi defendida contra os filisteus—a quem o Senhor entregou nas mãos do rei Davi e suas forças militares[44]—e contra os Amoritas, mandando cair grandes pedras dos céus.[45] O Senhor defenderá  os justos dos últimos dias contra o exuberante flagelo, bem como Ele defendeu Seus seguidores na antiguidade.

A frase final do versículo 21, “para fazer a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu ato, o seu estranho ato” compara-se com as palavras do Senhor dadas a Joseph Smith, a qual nos dá uma explicação:

“O que vos disse precisa acontecer, para que homem algum tenha desculpa;
“Para que homens prudentes e governantes ouçam e compreendam o que nunca haviam considerado;
“Para que eu execute o meu ato, o meu estranho ato, e execute a minha obra, a minha estranha obra, para que os homens discirnam os retos dos iníquos, diz vosso Deus” (Ênfases adicionadas).[46]

No versículo 22, Isaías admoestou a audiência dos últimos dias: “Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos grilhões não se façam mais fortes; porque já ao Senhor DEUS dos Exércitos ouvi falar de uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a terra”. O profeta desafia o povo a ouvir os profetas escolhidos do Senhor—e não zombar deles—a fim de receberem revelações para escaparem da servidão e destruição preditas.

Os versículos 18 até 22 contêm um quiasma:

A: (18) E a vossa aliança com a morte se anulará; e o vosso acordo com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados. (19) Desde que comece a passar, vos arrebatará, porque manhã após manhã passará, de dia e de noite;
B: e será que somente o ouvir tal notícia causará grande turbação.
C: (20) Porque a cama será tão curta que ninguém se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito que ninguém se poderá cobrir com ele. (21) Porque o Senhor se levantará como no monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão,
D: para fazer a sua obra, a sua estranha obra
D: e para executar o seu ato, o seu estranho ato.
C: (22) Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos grilhões não se façam mais fortes;
B: porque já ao Senhor DEUS dos Exércitos ouvi
A: falar de uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a terra.

“O dilúvio do açoite” corresponde à “uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a terra”, fornecendo uma explicação maior. “Será que somente o ouvir tal notícia causará grande turbação” complementa “já ao Senhor DEUS dos Exércitos ouvi”, que mostra a fonte de informações de Isaías. Aqueles que sobreviverem o decreto de destruição serão deixados em situações precárias; no entanto o Senhor protegê-los-á quando se humilharem.

Nos versículos 23 até 29, Isaías apresenta a Parábola do Agricultor para ilustrar os métodos imutáveis do Senhor para levar Sua palavra às nações e aos povos da Terra. O processo descrito metaforicamente na parábola inclui três fases—arar, semear e colher. Arar representa os meios pelos quais uma nação ou povo é compelido a preparar-se para ouvir o evangelho—uma nação pode estar sujeita à tirania, servidão, guerra, desastres naturais, ou desastres econômicos. Em seu estado humilde a nação fica mais receptiva às boas novas do evangelho, semeado entre eles pelas pessoas retas que vivem os princípios de sua religião. Primeiramente, a semeação vem de um bom exemplo; subsequentemente, de um ensinamento mais formal. Depois da semeação vem a conversão, crescimento espiritual e a salvação de almas que viveram suas vidas em retidão e estão preparados a encontrarem-se com Deus. Dependendo da natureza e caráter das pessoas—representados pelas várias plantações mencionadas—o Senhor formulou métodos específicos, tanto para plantação quanto para colheita.

O versículo 23 implora: “Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso”. Isaías implora seus ouvintes e seus leitores modernos a darem ouvidos às suas palavras.

O versículo 24 inicia a parábola: “Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?” Isaías estabelece a premissa usando umas perguntas retóricas. Preparar o campo é um pré-requisito essencial, mas o tempo dado para este passo é limitado.

O versículo 25 continua: “Não é antes assim: quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar? ” “Ervilhaca” é um tipo de fixação de nitrogênio das leguminosas que servem para enriquecer o solo, e “cominho” é uma erva usada como condimento. Várias plantações são feitas em lugares específicos; algumas sementes são “lançadas” indiscriminadamente, já outras são plantadas com mais cuidado. O “trigo” é o mais valioso, que é semeado com mais cuidado.

O versículo 26 continua: “O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer”. O significado desta passagem é que Deus instrui Seu povo e líderes através de revelação. Conforme o período de tempo termina, outro se inicia com diferentes desafios, diferentes propósitos, diferentes instruções do Senhor. As instruções de Deus a Adão seriam suficientes para Noé? As palavras de Deus a Abraão era tudo que Moisés necessitava? Assim é conosco: Ao invés de memorizar infinitas perguntas e respostas (catecismo) ou preces, somos orientados com revelações contínuas. Nossa tarefa é a de treinar-nos a ouvir e obedecer “preceito sobre preceito, regra sobre regra”. Assim também, conforme o Senhor traz as destruições, época da semeação, e colheita nos últimos dias, Suas instruções específicas vêm para aqueles que reconhecem Sua voz e Seu método de transmissão de instruções—através de profetas vivos e de inspiração pessoal.

Os versículos 27 até 29 ilustra o cuidado do Senhor na colheita e debulhamento. O versículo 27 começa: “Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem sobre o cominho passa roda de carro; mas com uma vara se sacode a ervilhaca, e o cominho com um pau”.

O versículo 28 continua: “O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiúça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavaleiros”. Há um método correto de debulhar cada tipo de grão ou semente; a duração do processo de debulhamento é cuidadosamente limitado a fim de não danificar o precioso grão. Portanto, provações e tribulações são dadas cuidadosamente de acordo com as necessidades, circunstancias e o caráter do indivíduo ou grupo.

Malaquias descreve o processo de refinamento, usando a purificação da prata como uma metáfora descritiva:

“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
“E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça”.[47]

Somente aqueles que passaram pelo fogo purificador e foram purificados e aperfeiçoados com suas experiências serão capazes de ficar na presença do Senhor quando Ele voltara na Sua Segunda Vinda.

O versículo 29 conclui: “Até isto procede do Senhor dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra”. Aqueles que seguem as instruções contínuas do Senhor não serão feridos, apesar da colheita e debulhamento severas, ainda que sejam organizados.

Guerras devastadoras que temos testemunhados em nossos tempos, resultam no evangelho sendo pregado entre as nações afetadas. Depois de uma guerra, durante os esforços de reorganização e reconstrução, os cidadãos das terras devastadas têm a oportunidade de observar os bons exemplos dos membros da Igreja. O evangelho seria ensinado aos povos, primeiramente devagar, mas conforme o tempo fosse passando, mais e mais pessoas aceitariam ser ensinados e aceitariam a Igreja. O resultado final será uma nação, que antes era hostil, ou menos receptível, sendo ensinada o evangelho; templos por toda a Terra e os cidadãos recebendo as mesmas oportunidades e bênçãos como os membros da Igreja em terras onde a Igreja foi estabelecida há muitas gerações atrás.

Os versículos 23 até 29 contêm um quiasma:

A: (23) Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso.
B: (24) Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
C: (25) Não é antes assim: quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar?
D: (26) O seu Deus o ensina,
D: De o instrui acerca do que há de fazer.
C: (27) Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem sobre o cominho passa roda de carro; mas com uma vara se sacode a ervilhaca, e o cominho com um pau.
B: (28) O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiúça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavaleiros.
A: (29) Até isto procede do Senhor dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra.

“Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso” compara-se com “Até isto procede do Senhor dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra”, que descreve a fonte divina de informação de Isaías. O lado ascendente do quiasma descreve métodos de preparação do solo e semeação, já o lado descendente descreve métodos de colheita e debulhamento. As nações são cuidadosamente preparadas para receber o evangelho; a semeação e a colheita são feitas de acordo com o plano detalhado do Senhor. Profetas, por meio de orientação e instruções do Senhor, recebem informações apropriadas para suas devidas épocas, aqui comparado metaforicamente ao conhecimento e implementação da agricultura.

NOTAS

[1]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 258-259.
[2]. Isaías 28:1, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 1b.
[3]. Isaías 8:7; 17:12-13; 28:17; 43:2.
[4]. Ver Mapa 2, Bíblia SUD em inglês.
[5]. Ernest Klein, A Comprehensive Etymological Dictionary of the English Language [Um Dicionário Etimológico Completo do Inglês]:1971, Elsevier Publishing Company, 52 Vanderbilt Avenue, New York, NY 10017, “Mesopotamia”, p. 459-460.
[6]. Isaías 2:10-12.
[7]. Ver Isaías 1:17; 5:7; 42:4; 59:15.
[8]. Ver Isaías 5:7; 42:1; 59:8, 15.
[9]. Ver Isaías 1:17; 3:14; 4:4; 34:5.
[10]. Ver Isaías 1:17; 40:14, 27; 42:3; 59:8.
[11]. Ver Isaías 51:4; 54:17.
[12]. Ver Mateus 7:13-14; Ver também Isaías 3:12; 8:11; 26:7-8; 40:3 e comentário pertinente.
[13]. Ver Isaías 1:17; 40:14, 27; 42:3; 59:8.
[14]. Umquiasma sobreposto é também apresentado no versículo 7: Vinho/bebida forte/desencaminham/sacerdote//profeta/erram/bebida forte/vinho.
[15]. Ver Isaías 25:6-8.
[16]. O versículo 9 contém um quiasma: Ensinará ele o conhecimento/entender doutrina//desmamado/arrancado dos seios.
[17]. Mateus 11:25.
[18]. Ver Joseph Smith—História 1:15-17.
[19]. Doutrina e Convênios 19:22.
[20]. Da Versão Almeida Revisada Imprensa Bíblica. Esta versão foi utilizada devido combinar melhor com as palavras usadas em Doutrina e Convênios e no Livro de Mórmon.
[21]. D&C 98:11-12.
[22]. D&C 128:21; Ver também D&C 98:12.
[23]. D&C 50:24.
[24]. Isaías 18:2.
[25]. D&C 90:11.
[26]. 1 Coríntios 14:21; Ver também 1 Coríntios 1:26-27.
[27]. D&C 1:23.
[28]. Atos 3:19.
[29]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson, Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 251.
[30]. Da Versão Almeida Revisada Imprensa Bíblica. Esta versão foi utilizada devido combinar melhor com as palavras usadas em Doutrina e Convênios e no Livro de Mórmon.
[31]. 2 Néfi 28:30.
[32]. D&C 5:19.
[33]. D&C 45:31-32.
[34]. D&C 97:22-24.
[35]. Ver Isaías 6:10; 7:14; 11:1; 25:9; 53:5.
[36]. Jacó 4:15-16.
[37]. Ver Isaías 3:16; 18:7; 24:23; 29:8; 30:19; 31:4, 9; 51:3.
[38]. Efésios 2:19-21.
[39]. Para referências de outros significados da palavra “juízo”, ver o versículo 6.
[40]. Klein, “plumb” [“prumo”], p. 570.
[41]. Isaías 8:7; 17:12-13; 28:2, 43:2.
[42]. Doctrina and Convênios 97:21.
[43]. D&C 5:19.
[44]. Ver 2 Samuel 5:19-20; também 1 Crônicas 14:10-11.
[45]. Ver Josué 10:8-14.
[46]. D&C 101:93-95; Ver também D&C 95:4.
[47]. Malaquias 3:2-3.

CAPÍTULO 11: “A Terra Se Encherá Do Conhecimento Do Senhor”

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A interpretação do capítulo 11 tem sido o tema de revelação moderna. Quando Moroni apareceu pela primeira vez a Joseph Smith no dia 21 de setembro de 1823, Joseph falou que Moroni “citou o capítulo onze de Isaías, dizendo que estava prestes a ser cumprido”.[1] Esta declaração indica claramente, que os acontecimentos descritos neste capítulo são pertinentes aos últimos dias; em particular, o período precedente à Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo, bem como ao reino Milenar do Senhor aqui na Terra. Em Doutrina e Convênios Seção 113, uns companheiros do profeta Joseph Smith perguntaram-lhe sobre os versículos no capítulo 11.[2] O Senhor, falando através do profeta Joseph, deu as respostas.

O capítulo 11 pode ser dividido em quatro seções. Os versículos 1 até 9 descrevem a Segunda Vinda de Cristo e reinado milenar, os versículos 10 até 12 descrevem a coligação de Israel das diversas terras para onde foram dispersos, os versículos 13 e 14 descrevem as vitórias de Israel sobre seus vizinhos hostis, e os versículos 15 e 16 descrevem as mudanças geográficas—usadas por Isaías como metáforas para descreverem acontecimentos espirituais e políticos importantes—que virão a acontecer antes ou durante o milênio.

O tronco de Jessé, mencionado nos versículos 1 até 5, é Cristo—que julgará em retidão, não somente durante o milênio, mas também no julgamento final. A pessoa que teria o papel fundamental na restauração nos últimos dias antes do milênio foi descrita metaforicamente como um “rebento” saindo das “raízes” de Jessé, e refere-se novamente a Cristo como o “renovo”. Durante o milênio, a guerra e a inveja cessarão e o conhecimento sagrado de Deus cobrirá a Terra, como as águas cobrem o mar. Em preparação para o milênio, o Senhor levantará um estandarte e juntará Israel das diversas terras para onde foram dispersos. Néfi cita o capítulo 11 por completo; compare 2 Néfi 21. Pequenas diferenças no texto do Livro de Mórmon são apresentadas em itálico onde forem citadas. Néfi também explica os elementos deste capítulo em 2 Néfi capítulo 30.

Os versículos 1 até 9 descrevem o ministério mortal de Cristo e reinado milenar. O tronco de Jessé mencionado no versículo 1 é Cristo: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará”. A mesma metáfora é usada aqui como foi introduzida anteriormente por Isaías:[3] Quando a árvore é cortada, o tronco[4] continua a brotar. Depois da destruição e cativeiro de Israel, um renovo justo surgiria do parentesco original, mantendo intacta as bênçãos prometidas aos patriarcas antigos. Será desta ordem justa, a qual incluía os descendentes de Jessé e os herdeiros do trono de Davi, que Cristo viria. Maria, a mãe de Jesus, como também José, Seu guardião legal, eram da linhagem de Jessé.[5] Esta profecia de Isaías foi citada no Novo Testamento relacionada ao ministério Jesus Cristo.[6]

Em Doutrina e Convênios, o Senhor afirma que Cristo é o Tronco de Jessé: “Quem é o Tronco de Jessé mencionado nos versículos 1, 2, 3, 4 e 5 do capítulo 11 de Isaías?” “Em verdade, assim diz o Senhor: É Cristo”.[7]

“Um rebento” brotando do tronco de Jessé, também foi mencionado no versículo 1: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé…”. O Senhor esclarece o significado em Doutrina e Convênios: “O que é o rebento mencionado no primeiro versículo do capítulo 11 de Isaías, que brotaria do Tronco de Jessé?” “Eis que assim diz o Senhor: É um servo nas mãos de Cristo, que em parte é descendente de Jessé assim como de Efraim, ou seja, da casa de José, a quem foi dado muito poder”.[8] O “rebento” é geralmente interpretado entre os Santos dos Últimos Dias como sendo Joseph Smith, o profeta da Restauração.[9]

O título “renovo” pode ser aplicado simultaneamente a Cristo e a um líder político moderno da linhagem do Rei Davi da antiguidade, cuja retidão permitir-lhe-ia a ser guiado pelo Senhor. Jeremias, no Velho Testamento, predisse:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra.
“Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.”[10]

“O Senhor”, como foi usado nesta passagem, provavelmente significa um líder temporal. Isto se contrasta, no versículo anterior[11], com “o Senhor”, que significa Jeová. O nome deste governante Judeu nos últimos dias seria Davi, como foi predito por Ezequiel e Oséias.[12] Joseph Smith declarou profeticamente: “O trono e reino de Davi ser-lhe-á tomado [Davi da antiguidade] e dado par um outro por nome de Davi nos últimos dias, levantado de sua linhagem”.[13] Bruce R. McConkie confirmou que o renovo, bem como o rebento, é Cristo.[14]

O versículo 1 contém um quiasma reconhecido no hebraico original, que foi reconstruído aqui para combinar com a construção hebraica:[15]

A: (1) Porque brotará
B um rebento do tronco de Jessé,
B: e um renovo das suas raízes
A: frutificará.

Visto que Cristo é o “tronco de Jessé”, um renovo crescendo de “suas raízes”—ou as raízes de Jessé, ou a linhagem dos reis davídicos—pode ser que esteja referindo-se a Cristo, se os elementos do quiasma estiverem paralelos, ou pode ser que signifique outra pessoa da mesma linhagem, se os elementos do quiasma forem complementários.

Os versículos 2 e 3 descrevem a retidão de Jesus Cristo ao exercer juízo, e serve como um símbolo dos atributos cristãos do líder temporal nos últimos dias, chamado Davi, bem como Joseph Smith, o profeta da Restauração. O versículo 2 prediz: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. O pronome, “ele”, simultaneamente significa o “rebento” e o “renovo”—Joseph Smith, Cristo, e o Davi dos últimos dias.

O versículo 3 continua: “E deleitar-se-á no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos”.

Versículo 4 descreve o julgamento e destruição que acontecerão na Segunda Vinda, referindo-se agora somente a Cristo: “4 Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio”. A palavra hebraica traduzida como “repreenderá com equidade” significa “decidir com justiça”.[16]

Este versículo é parafraseado por Paulo em sua segunda epístola aos Tessalonicenses: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”.[17]  Paulo esclarece que tão somente o assopro da boca do Senhor matará aos iníquos.

O Senhor, ao repreender a Martin Harris por haver perdido as 116 páginas traduzidas da primeira parte do Livro de Mórmon, usou semelhantes palavras: “Portanto ordeno que te arrependas—arrepende-te, para que eu não te fira com a vara de minha boca e com minha ira e com minha cólera e teus sofrimentos sejam dolorosos—quão dolorosos tu não sabes, quão intensos tu não sabes, sim, quão difíceis de suportar tu não sabes”.[18]

O Senhor também enfatizou que os iníquos destruiriam aos iníquos em guerras que aconteceriam durante os últimos dias, antes da Sua Segunda Vinda:

“Em minha ira jurei e decretei guerras sobre a face da Terra; e o iníquo matará o iníquo e temor virá sobre todo homem;
“E os santos também mal escaparão; contudo eu, o Senhor, estou com eles e, da presença de meu Pai, descerei no céu e consumirei os iníquos com fogo inextinguível.[19]

É pelo decreto do Senhor que aconteceriam guerras, nas quais os iníquos matariam uns aos outros.

Néfi provê uma interpretação profética:

“E com justiça julgará o Senhor Deus os pobres e reprovará com equidade pelos mansos da Terra. E ferirá a Terra com a vara de sua boca; e com o sopro de seus lábios matará os ímpios.
“Pois rapidamente chegará o tempo em que o Senhor Deus fará uma grande divisão entre o povo e destruirá os iníquos; e poupará seu povo, sim, ainda que tenha que destruir os iníquos com fogo.[20]

As palavras do versículo 4 descrevem a destruição dos iníquos antes da Segunda Vinda do Senhor. Durante o milênio, guerra e inveja serão aniquiladas e o conhecimento de Deus cobrirá toda a Terra.

O versículo 4 contém um quiasma:[21]

(4) Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra;
A: e ferirá a terra
B: com a vara de sua boca,
B: e com o sopro dos seus lábios
A: matará o ímpio.

“Ferirá a terra” complementa “matará o ímpio”, indicando que o propósito do Senhor em ferir a Terra é para destruir a iniquidade entre a população humana, ao invés de infligir punição sobre a Terra em si. “A vara de sua boca” é sinônimo para “o sopro dos seus lábios”.

O versículo 5 descreve a fonte de poder de Cristo, e como um símbolo, também a de Davi dos últimos dias e do profeta da Restauração: “5 E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins”. “Lombos” e “rins” vieram da palavra hebraica que significa “cintura”.[22]

O Senhor usa palavras semelhantes para instruir os Santos dos Últimos Dias:

“Portanto uma vez que eu, o Senhor, decretei todas estas coisas sobre a face da Terra, desejo que meus santos se reúnam na terra de Sião;”E que todo homem tome a retidão em suas mãos e cinja seus lombos com a fidelidade; e aos habitantes da Terra levante uma voz de advertência e declare, tanto por palavra como por fuga, que a desolação virá sobre os iníquos.[23]

A retidão e a fidelidade são atributos cristãos que todos nós devemos emular; ao fazer isto escaparemos a desolação que virá sobre os iníquos.

Os versículos 3 até 5 contêm um quiasma:

A: (3) E deleitar-se-á no temor do Senhor;
B: e não julgará segundo
C: a vista dos seus olhos,
D: nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos.
E: (4) Mas julgará com justiça os pobres,
E: e repreenderá com equidade aos mansos da terra;
D: e ferirá a terra com a vara de sua boca,
C: e com o sopro dos seus lábios
B: matará ao ímpio.
A: (5) E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.

“No temor do Senhor” corresponde à “a justiça” e “a fidelidade”, que apresentam o tema do quiasma. A palavra “Julgará” é comparada com “matará o ímpio”, provendo uma maior explicação para o uso da palavra “julgar”. “A vista dos seus olhos” corresponde à “com o sopro dos seus lábios”. “Repreenderá” no versículo 3 é equivalente à “ferirá”, e “julgará com justiça os pobres” reflete-se em “repreenderá com equidade aos mansos da terra”, que é o enfoque central do quiasma. O Senhor, ao matar o ímpio, age com equidade. Consequentemente, a destruição dos ímpios resultará em equidade e justiça para os pobres e mansos da terra.

Nos versículos 6 até 9 Isaías metaforicamente descreve a eliminação das hostilidades entre as nações em guerra, que eram inimigas já há muito tempo. As metáforas de animais—alguns predadores naturais e outros a sua presa—vivendo amigavelmente uns com os outros durante o milênio são frequentemente interpretadas literalmente, mas seriam melhor entendidas num sentido metafórico. Algumas das nações assim representadas são identificáveis; o urso pode ser a Rússia e o leão pode ser a Grã-Bretanha. A estrutura quiasmática deste versículo e seu equivalente no versículo 13 confirma que Isaías está falando metaforicamente.

Os versículos 6 até 8 apresentam as metáforas. O versículo 6 declara: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará”.[24] Os opostos são apresentados como contrastes literários para enfatizar as diferenças.

O versículo 7 apresenta mais contrastes literários: “A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi”.

Os versículos 6 e 7 contêm um quiasma:

A: (6) E morará o lobo com o cordeiro,
B: e o leopardo com o cabrito se deitará;
C: e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos,
D: e um menino pequeno os guiará.
C: (7) A vaca e a ursa pastarão juntas,
B: seus filhos se deitarão juntos,
A: e o leão comerá palha como o boi.

“O lobo” e “o cordeiro” correspondem ao “leão” e ao “boi”; “se deitará” corresponde à “se deitarão juntos”; a frase “o bezerro, e o filho de leão” correspondem à frase “a vaca e a ursa”; e “um menino pequeno os guiará” é a única declaração central. O significado é que o menino pequeno guiará todos os animais mencionados no quiasma.

O quiasma forma o elemento inicial num quiasma maior que inclui os versículos 6 até 13. O quiasma dos versículos 6 e 7, que contém os nomes dos animais que representam as nações em guerras e suas vítimas, complementa o quiasma do versículo 13, que descreve o fim da hostilidade entre as nações de Judá e Efraim, bem como com outros vizinhos hostis. Esta equivalência quiasmática explica a metáfora.

O versículo 8 continua, apresentando mais contrastes literários e adicionando um significado ainda mais profundo à metáfora: “E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco”. A áspide é uma cobra venenosa da família das víboras, já um basilisco é um réptil fabuloso a que se atribuía o poder de matar através do olhar, do bafo ou do contato.[25] Note o paralelismo; “a toca da áspide” é equivalente à frase “na cova do basilisco”, e “a criança de peito” é equivalente à “desmamada”. Estas comparações reforçam ainda mais a suposição de que Isaías está falando metaforicamente—o que é conhecido como prejudicial e perigo é contrastado com inocência e vulnerabilidade.

Versículo 8 contém um quiasma reconhecido no original em hebraico, e que foi reformatado aqui para combinar com a construção hebraica.[26]

A: (8) Brincará
B: a criança de peito sobre a toca da áspide,
B: e a desmamada na cova do basilisco
A: meterá a sua mão.

Este quiasma coloca palavras que aparecem como duas declarações paralelas na versão de João Ferreira de Almeida como declarações paralelas inversas, adicionando um equilíbrio poético.

No versículo 9 o Senhor descreve as condições milenar: “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”. É o conhecimento do Senhor que terminará com a guerra e a inveja.[27] “Monte” retoricamente significa “nação”, ou domínio político.[28] Assim, no domínio do Senhor—que incluirá toda a Terra, como mostra na frase seguinte— “não se fará mal nem dano algum”.

Dallin H. Oaks declarou:

“Hoje em dia estamos assistindo a uma explosão de conhecimento a respeito do mundo e seus povos. Mas os povos do mundo não estão obtendo uma expansão de conhecimento comparável sobre Deus e o plano dele para seus filhos. Nesse assunto, o mundo necessita não é de mais erudição e tecnologia, porém de mais retidão e revelação.
“Aguardamos o dia profetizado por Isaías no qual “a terra se encherá do conhecimento do Senhor”.[29]

No Livro de Mórmon, Néfi também cita os versículos 4 até 9 em 2 Néfi capítulo 30 com pequenas variações.[30] Néfi adiciona esta explicação interessante depois da citação:

“Portanto as coisas de todas as nações se tornarão conhecidas; sim, todas as coisas serão dadas a conhecer aos filhos dos homens.
“Nada haverá secreto que não seja revelado; não haverá obra tenebrosa que não venha à luz; nada haverá selado na face da Terra que não seja descerrado.
“Portanto todas as coisas que foram reveladas aos filhos dos homens serão reveladas naquele dia; e Satanás já não terá poder sobre o coração dos filhos dos homens, por um longo tempo….”[31]

O conhecimento da verdade, revelado aos filhos dos homens, tirará eficazmente o poder de Satanás.

Ao instruir ao Santos dos Últimos Dias, o Senhor declara: “E nesse dia [o reinado milenar do Senhor], a inimizade do homem e a inimizade das bestas, sim, a inimizade de toda carne terá fim de diante de minha face”.[32] Aqui mostra bem claro que ambos elementos, literal e metafórico, da profecia de Isaías virão a se cumprir.

Os versículos 10 até 12 descrevem a coligação de Israel. Em preparação para o milênio, o Senhor levantará um estandarte e juntará Israel que foi espalhada por muitas nações. O versículo 10 refere-se a uma “raiz de Jessé”, que é um profeta mandado aos gentios nos últimos dias: “E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso”. A frase “naquele dia” significa os últimos dias, a época em que esta profecia deverá ser cumprida.[33]

O versículo 10 foi citado pelo Apóstolo Paulo, referindo-se a aceitação de Cristo pelos gentios: “Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, e naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão”.[34] Os gentios nos últimos dias aceitariam a Cristo através da “raiz em Jessé”, proclamada por Isaías—o grande profeta da Restauração, Joseph Smith.

Em Doutrina e Convênios, o Senhor deu uma maior explicação: “O que é a raiz de Jessé mencionada no versículo 10 do capítulo 11?
“Eis que assim diz o Senhor: É um descendente de Jessé, assim como de José, a quem por direito pertencem o sacerdócio e as chaves do reino, posto por estandarte e para a coligação de meu povo nos últimos dias”.[35] Estas características descrevem atributos principais da linhagem e missão profética de Joseph Smith.”[36], [37]

Joseph Smith, juntos com seus companheiros da Restauração, eram herdeiros legítimos do sacerdócio através desta linhagem. O Senhor, através de uma revelação moderna, declarou:

“Portanto assim diz o Senhor a vós, com quem o sacerdócio continuou através da linhagem de vossos pais—
“Porque sois herdeiros legais segundo a carne e fostes escondidos do mundo com Cristo, em Deus—
“Portanto vossa vida e o sacerdócio permaneceram; e é necessário que permaneçam por meio de vós e de vossa linhagem, até a restauração de todas as coisas proferidas pela boca de todos os santos profetas desde o princípio do mundo.”[38]

Foi dado a Joseph Smith, através da ministração de anjos, as chaves de vários ofícios e funções essenciais do sacerdócio como parte da Restauração. Essas ministrações angelicais incluem a ordenação ao Sacerdócio Aarônico pelas mãos de João Batista[39] e a ordenação ao Sacerdócio de Melquisedeque, inclusive ao Apostolado, pelas mãos de Pedro, Tiago e João.[40] Moisés restaurou as chaves da coligação de Israel, através de Joseph Smith numa visão gloriosa.[41] Elias restaurou o poder do selamento para unir os pais aos seus filhos de todas as gerações,[42] e Elias, o tisbita, restaurou as chaves do evangelho de Abraão pelas quais todas as futuras gerações seriam abençoadas.[43]

Joseph Smith, como o profeta de Restauração, estabeleceu um estandarte para o povo do mundo—incluindo os gentios e as tribos de Israel—onde se congregariam nos últimos dias. Numa revelação moderna, o Senhor declarou:

“Pois eis que vos digo que Sião florescerá e a glória do Senhor estará sobre ela;
“E será um estandarte para o povo e a ela virão de todas as nações debaixo do céu (ênfases adicionadas).”[44]

O profeta Leí, no Livro de Mórmon, em sua última bênção a seu filho mais novo, José, descreveu um profeta dos últimos dias que se chamaria José (Joseph).[45] Semelhantemente, Jacó—ou Israel—ao pronunciar a última bênção sobre seu filho José, profetizou sobre um profeta dos últimos dias que também se chamaria José.[46]

O versículo 11 descreve as nações de onde os remanescentes de Israel serão juntados: “E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar”. Néfi também cita a primeira parte deste versículo em 2 Néfi 25:17 e 2 Néfi 29:1.[47]

Estes nomes de países do tempo de Isaías representam lugares para onde Israel foi originalmente dispersa. Seus equivalentes no mundo atual não são estritamente relacionados às localidades mencionadas.  Por exemplo, parece que “as ilhas do mar” referem-se ao Arquipélago Grego por causa da estrutura quiasmática deste e de outros versículos, descrita abaixo. Entretanto, esta frase também refere-se às Américas, a herança dos filhos de Leí.[48]

O “estandarte”, como foi usado no versículo 10, significa uma bandeira militar, que era usada para denotar condições no campo de batalha e enviar mensagem aos combatentes.[49] Neste caso a mensagem é para se juntarem, como mostrado no versículo 12: “E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra”.[50] A palavra hebraica traduzida como “confins”, na frase final, significa “extremidades” ou “bordas”.[51]

Concernente aos versículos 11 e 12, LeGrande Richards ensinou:

“O Anjo Morôni repetiu essa mensagem ao Profeta Joseph Smith, quando este tinha apenas dezoito anos de idade, na ocasião em que o visitou três vezes em seguida, durante a noite e pela manhã, indicando que essa obra deveria ser realizada.
“Pensem na responsabilidade do Profeta Joseph naquela ocasião. Ele estabeleceu um estandarte para todas as nações e nenhuma outra igreja do mundo está fazendo pelos seus membros o que esta Igreja está fazendo, ajudando-os a progredir e, ao mesmo tempo, estabelecendo um estandarte para o mundo. Indivíduos nos procuram para saber como estamos conseguindo fazer tais coisas.”[52]

A coligação de Israel, descrita nestes versículos, seria o maior milagre feito pelo Senhor nos últimos dias, como foi testificado por Jeremias:

“Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
“Mas: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, a qual dei a seus pais.[53]

Este grande milagre é parte da obra missionária dos últimos dias, um meio pelo qual Israel será coligada.[54]

Como descrito no versículos 13 e 14, antes da Segunda Vinda do Senhor, Israel—unidas como uma só nação, ao invés de dois reinos diferentes—dominará seus vizinhos que antes eram hostis. O versículo 13 proclama: “E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim”. O Livro de Mórmon apresenta “Cessará também a inveja de Efraim”.[55]

Os versículos 6 até 13 formam um elegante quiasma:

A: (6) E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. (7) A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. (8) E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco.
B: (9) Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
D: (10) E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé,
E: a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso. (11) E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado,
F: da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia
F: de Elão, de Sinar, de Hamate, e das ilhas de mar.
E: (12) E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel,
D: e os dispersos de Judá congregará
C: desde os quatro confins
B: da terra.
A: (13) E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.

A declaração introdutória deste elegante quiasma se encontra nos versículos 6 e 7, que por si mesmos formam um quiasma completo e foi descrito anteriormente. Sua reflexão complementar se encontra no versículo 13, que também é outro quiasma completo. As declarações centrais são dois conjuntos de locais geográficos, dados no versículo 11. Quando os locais são colocados num mapa,[56] o padrão que Isaías tentou descrever aparece: Cada conjunto forma uma linha mais o menos reta, as duas linhas se cruzam para formar um “X”—a letra Grega chi, como na palavra “quiasma”.

O padrão planejado por Isaías é evidente quando estes oito locais geográficos são considerados em ordem. Assíria ficava ao norte da Babilônia no vale do Rio Tigre; sua capital era Nínive. Egito fica aos dois lados do Rio Nilo e seu delta fica no sudoeste da Assíria. Patros é parte do Alto Egito, localizado ao longo do Rio Nilo para o sudoeste, e Etiópia é mais ainda para o sudoeste do Egito onde viviam um povo de pele escura. Estes quatro locais formam uma linha que começa inclinando-se na direção sudoeste, mas muda para a direção mais para o sul. A segunda linha começa em Elão, que é a parte sudeste da Pérsia, ou Iran, ao sudoeste da Assíria. Sinar é a Babilônia, que fica na parte mais baixa da planície dos rios Tigre e Eufrates, ao noroeste de Elão. Hamate ainda é uma cidade importante na Síria, localizada mais ainda ao noroeste das linhas descritas. Esta cidade foi nomeada como o limite setentrional da terra prometida da Palestina.[57] As “ilhas do mar” refere-se ao Arquipélago Grego, que forma o fim da segunda linha ao noroeste.

Versículo 13 contém um quiasma:[58]

(13) E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados;
A: Efraim
B: não invejará
C: a Judá
C: e Judá
B: não oprimirá
A: a Efraim.

Este quiasma reflete a declaração introdutória do quiasma dos versículos 6 até 13. Sua relação complementar confirma que os animais nos versículos 6 e 7 são metáforas representando nações guerreiras agressoras e suas vítimas perenes. A primeira menção de “Efraim” é equivalente à segunda no final do versículo; “não invejará” é equivalente a “não oprimirá”; e “Judá” corresponde a “Judá”.

O versículo 14 descreve as vitórias da Israel unida: “Antes voarão sobre os ombros dos filisteus ao ocidente; juntos despojarão aos do oriente; em Edom e Moabe porão as suas mãos, e os filhos de Amom lhes obedecerão”. Estes vizinhos adversários do tempo de Isaías teriam outros nomes hoje.

O versículo 15 descreve mudanças que ocorrerão antes ou durante a parte inicial do Milênio: “E o Senhor destruirá totalmente a língua do mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes e fará que por ele passem com sapatos secos”. Estas mudanças—descritas por Isaías em termos geográficos—podem ser parcialmente ou totalmente metafóricas, representando mudanças políticas e sociais que facilitariam a coligação de Israel. A divisão das águas do Mar Vermelho na época de Moisés, para permitir aos Israelitas a escaparem dos exércitos egípcios, é um símbolo para o caminho estreito e apertado, no sentido espiritual. “A língua do mar do Egito” provavelmente significa o Golfo de Suez—a língua ao noroeste do Mar Vermelho, localizada entre o Egito e a Península do Sinai—que foi dividida na época de Moisés.[59] Ventos poderosos também se manifestariam, tal como nos tempos da divisão do Mar Vermelho.[60] “O rio” provavelmente significa os rios Tigre e Eufrates juntos;[61] fortes ventos ferirão os sete afluentes destes rios[62] permitindo que os homens atravessem-nos “com sapatos secos”.

Será que os ventos poderosos representam as mudanças políticas rápidas que acontecerão na terra por causa dos rios Tigre e Eufrates e seus afluentes, estabelecendo liberdade política e religiosa, e permitindo com que os homens e as mulheres daquelas nações obtenham o conhecimento verdadeiro do Plano de Salvação? Se assim for, o significado metafórico de Isaías é de que esses acontecimentos são tão importantes nos últimos dias como foi a divisão das águas do Mar Vermelho nos tempos antigos.

A destruição da língua do mar do Egito coincidirá com a coligação, como foi sugerido no versículo 16: “E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo, que for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito”.[63] Outra referência semelhante a um caminho ou estrada foi feita  por Isaías, no capítulo 35, indicando que o significado é espiritual ao invés de temporal:

“E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão.”[64]

O “caminho” é o caminho estreito e apertado.[65] A maneira pela qual os remanescentes de Israel serão juntados nos últimos dias é com o evangelho sendo pregado a eles; eles se unirão com Sião e seu povo, e seguirão o caminho estreito e apertado. Sua identidade como herdeiros do Convênio Abraâmico ser-lhes-á revelada, e eles farão convênios com o Senhor como em tempos passados.

NOTAS

[1]. Joseph Smith—História 1:40.
[2]. Versículos 1-5, 10.
[3]. Isaías 6:13.
[4]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 1503, p. 160.
[5]. Ver Mateus 1:1-16.
[6]. Ver também Isaías 7:14; 9:6; 25:9; 53:5.
[7]. Doutrina e Convênios 113:1-2.
[8]. D&C 113:3-4.
[9]. Donald W. Parry, “Isaiah Chapter Review [Revisão dos Capítulos de Isaías]: 2 Néfi 21//Isaías 11”, Book of Mormon Reference Companion [Companheiro Referencial do Livro de Mórmon], Dennis L. Largey, ed., Deseret Book Company, Salt Lake City, UT, 2003, p. 379-380.
[10]. Jeremias 23:5-6.
[11]. Jeremias 23:5.
[12]. Ver Ezequiel  37:21-28 e Oséias 3:4-5.
[13]. História da Igreja, v. 6, p. 253.
[14]. Bruce R. McConkie, The Promised Messiah [O Messías Prometido]: Deseret Book Co., Salt Lake City UT, 1978,  p. 192.
[15]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[16]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3198, p. 406-407.
[17]. 2 Tessalonicenses 2:8.
[18]. D&C 19:15.
[19]. D&C 63:33-34.
[20]. 2 Néfi 30:9-10.
[21]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[22]. Brown et al., 1996, Número de Strong 2504, p. 323.
[23]. D&C 63:36-37.
[24]. Versículo 6 contém um quiasma reconhecido no hebraico original: Morará/o lobo com o cordeiro//o leopardo com o cabrito/se deitará. Em Parry, 2001, p. 259.
[25]. Basilisco Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/basilisco. Ver também Isaías 14:29; 59:5 e comentário pertinente.
[26]. Parry, Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[27]. Ver Isaías 12:3; 30:25; 35:6-7; 55:1, 11; 58:11 e comentário pertinente.
[28]. “Monte” é retoricamente correlacionado com “nação”. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 13:2, 4; 30:25 e comentário pertinente.
[29]. Dallin H. Oaks, “Vozes Alternativas”, A Liahona, Julho de 1989, pág. 29.
[30]. 2 Néfi 30:9, 11-15.
[31]. 2 Néfi 30:16.
[32]. D&C 101:26.
[33]. Compare Isaías 27:2.
[34]. Romanos 15:12.
[35]. D&C 113:5-6.
[36]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 172-174.
[37]. D&C 135:3.
[38]. D&C 86:8-10.
[39]. Joseph Smith—História 1:72; D&C 13:1.
[40]. Joseph Smith—História 1:72; D&C 27:12.
[41]. D&C 110:11.
[42]. D&C 110:13-16.
[43]. D&C 110:12.
[44]. D&C 64:41-42.
[45]. Ver 2 Néfi 3:6-22.
[46]. Ver Joseph Smith’s “New Translation” of the Bible [“Nova Tradução” da Bíblia por Joseph Smith]: Herald Publishing House, Independence, Missouri, 1970, p. 114-116; também JST de Gênesis 50:24-38.
[47]. Victor L. Ludlow, “Isaiah in The Book of Mormon”[ “Isaías no Livro de Mórmon”], Book of Mormon Reference Companion [Companheiro de Referências do Livro de Mórmon], Dennis L. Largey, ed., Deseret Book Company, Salt Lake City, UT, 2003, p. 344.
[48]. Ver 2 Néfi 10:20; Ver também Isaías 18:1-2 e comentário pertinente.
[49]. Ver também D&C 113:6, D&C 64:41-42 e Isaías 5:26.
[50]. Ver Isaías 5:26 e comentário pertinente.
[51]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3671, p. 489.
[52]. LeGrande Richards, “Profetas e Profecias”, A Liahona, Fevereiro de 1976, p. 43.
[53]. Jeremias 16:14-15.
[54]. Ver Isaías 18.
[55]. 2 Néfi 21:13.
[56]. Ver Mapa Bíblico 2.
[57]. Ver Números 34:8; Josué 13:5.
[58]. Parry,  Harmonizing Isaiah [A Harmonização de Isaías], 2001, p. 259.
[59]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3956, p. 546; Ver Map 3, Bíblia SUD em inglês.
[60]. Ver Êxodo 14:21-22.
[61]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson interpretam “o rio” como sendo o Eufrates. Em Parry et al., Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 124-125.
[62]. Possivelmente Grande Zab, Pequeno Zab, Diyala, e Adhaim (afluentes do rio Tigre); Kara, Murat, e Khabur (afluentes do rio Eufrates).
[63]. Ver Êxodo 14:21-31 e Isaías 51:10.
[64]. Isaías 35:8. Ver Isaías 19:23; 40:14; 49:11 e comentário pertinente.
[65]. Ver 1 Néfi 8:20; Mateus 7:14 e 3 Néfi 14:14; compare 2 Néfi 9:41, 31:18, 33:9; Jacó 6:11, Helamã 3:29, 3 Néfi 27:33, e D&C 132:22.