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CAPÍTULO 47: “Eis Que Serão Como A Pragana, O Fogo Os Queimará”

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Este capítulo prediz a total destruição da Babilônia devido à iniquidade. A destruição da Babilônia antiga é um exemplo da destruição dos iníquos no tempo da Segunda Vinda de Cristo. Característico do estilo de Isaías, alguns destes acontecimentos neste capítulo referem-se à destruição da Babilônia antiga, outros referem-se à destruição da Babilônia moderna com sentido espiritual, e alguns referem-se à ambas.

Este sentido duplo é bem conhecido nas escrituras. João, o amado, ao descrever uma mulher que lhe foi mostrada em uma visão, que simbolizava as igrejas apóstatas dos últimos dias, disse:

“E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação;
“E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da Terra.
“E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração” (ênfases adicionadas).[1]

João também descreveu a subsequente destruição da Babilônia espiritual:

“E [o anjo] clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.
“Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas”.[2]

Em Doutrina e Convênios, o Senhor refere-se à Terra iníqua nos últimos dias como Babilônia:

“Não buscam o Senhor para estabelecer sua justiça, mas todo homem anda em seu próprio caminho e segundo a imagem de seu próprio deus, cuja imagem é à semelhança do mundo e cuja substância é a de um ídolo que envelhece e perecerá em Babilônia, sim, Babilônia, a grande, que cairá”.[3]

Os versículos 1 até 5 descrevem o quão a Babilônia orgulhosa seria completamente humilhada. O versículo 1 começa: “Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão; já não há trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a tenra nem a delicada”. “Ó virgem filha” refere-se à cidade antiga; um uso semelhante se aplica a uma cidade antiga de Jerusalém.[4] “Ó virgem filha” é usado aqui devido a cidade nunca haver sido conquistada.[5] As frases “assenta-te no pó” e “assenta-te no chão” significam que a cidade antiga seria humilhada; não haveria nenhum trono simbólico para ela se sentar, e ela seria reduzida à escravidão. “Filha dos caldeus” é sinônimo com “filha de Babilônia”. O termo “caldeus”, às vezes, se aplica à classe instruída da Babilônia antiga.[6]

O versículo 2 descreve mais a humilhação da Babilônia: “Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu, descalça os pés, descobre as pernas e passa os rios”. Moer a farinha com pedras de moinho era um trabalho feito pelos pobres ou servos, o qual foi delegado, aqui, à filha orgulhosa da Babilônia, cujos habitantes seriam levados à escravidão.[7] “Descalça os pés, descobre as pernas” e “remove o teu véu” todos estes comandos descrevem a complete humilhação da Babilônia—simbolizada, aqui, pela nudez, tal como uma rainha, uma vez poderosa, despida diante de seus súditos e levada à escravidão; e possivelmente sujeita a abusos sexuais. “Descobre as pernas” significa “despida” ou “expor-se através da remoção da saia”.[8] A nudez, como uma metáfora espiritual, significa sem preparação ou sem a proteção dos convênios sagrados. “Passa os rios” significa atravessar o rio Tigre ou Eufrates para entrar em países onde os poucos sobreviventes serviriam como escravos.

O versículo 3 continua a simbolização: “A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança, e não pouparei a homem algum”. “Tomarei vingança” explica o simbolismo. “Não pouparei a homem algum” significa que nenhum representante do exército conquistador tentaria fazer uma negociação; os conquistadores da Babilônia não estariam procurando um tratado ou acordo, mas sim a destruição.[9]

O versículo 4 interpõe: “O nosso redentor cujo nome é o Senhor dos Exércitos, é o Santo de Israel”. Aqui, Isaías explica que os justos—oprimidos tanto pelos líderes desumanos da Babilônia antiga quanto pelas iniquidades do seu homólogo moderno—buscam ao Senhor para sus libertação e redenção.

O versículo 5 descreve o desânimo da Babilônia: “Assenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada senhora de reinos”. Jamais serviria a Babilônia como a capital de impérios e reinos. “Entra nas trevas” significa “entrar em luto”, ou em exilo.[10] “Filha dos caldeus” refere-se à prática de feitiçaria e astrologia, pelas quais a Caldeia era conhecida.[11]

Os versículos 1 até 5 contêm um quiasma:

A: (1) Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão; já não há trono,
B: ó filha dos caldeus,
C: porque nunca mais serás chamada a tenra nem a delicada.
D: (2) Toma a mó, e mói a farinha;
E: remove o teu véu, descalça os pés, descobre as pernas,
F: e passa os rios.
E: (3) A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio;
D: tomarei vingança, e não pouparei a homem algum. (4) O nosso redentor cujo nome é o Senhor dos Exércitos, é o Santo de Israel.
C: (5) Assenta-te calada, e entra nas trevas,
B: ó filha dos caldeus,
A: porque nunca mais serás chamada senhora de reinos.

A mensagem deste quiasma é que a Babilônia seria completamente humilhada militarmente. “Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia” é complementada por “porque nunca mais serás chamada senhora de reinos”. “Nunca mais serás chamada a tenra nem a delicada” corresponde-se com “assenta-te calada, e entra nas trevas”; e “descalça os pés, descobre as pernas” é complementada por “a tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio”.

No versículo 6, o Senhor descreve o cativeiro e o castigo de Judá pelas mãos da Babilônia: “Muito me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança, e os entreguei na tua mão; porém não usaste com eles de misericórdia, e até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo”.[12] “Profanei a minha herança” significa que o Senhor permitiu que os conquistadores entrassem na terra designada como a herança de Seu povo.[13] “Na tua mão” significa “sob Seu controle”. Os conquistadores não mostraram à Judá apóstata nenhuma misericórdia—nem mesmo aos idosos, que normalmente eram respeitados e honrados. Apesar do Senhor ter permitido com que a Babilônia antiga conquistasse Judá e levasse o seu povo cativo, Ele faria a Babilônia responsável por sua crueldade e injustiça.

No versículo 7, a Babilônia não leva a sério as advertências dadas: “E disseste: Eu serei senhora para sempre; até agora não te importaste com estas coisas, nem te lembraste do fim delas”. O “fim delas” refere-se à destruição da Babilônia—tanto da cidade antiga quanto seu homólogo moderno. “Eu serei senhora para sempre” revela que a Babilônia pensava ser autossuficiente e indica um grande prazer ao assumir o papel de senhora ou amante.[14]

Nos versículos 8 e 9, o Senhor adverte a Babilônia. O versículo 8 começa: “Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a prazeres, que habitas tão segura, que dizes no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos”. A Babilônia ignora as consequências inevitáveis dos injustos.[15] “Que habitas tão segura” significa “viver despreocupadamente”. “Eu sou, e fora de mim não há outra” caracteriza a rejeição completa por parte da Babilônia de Deus e a negação de sua existência;[16] “eu sou” é o significado hebraico do nome “Jeová”.[17]A própria Babilônia assume o papel de Deus.

O versículo 9 continua: “Porém ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias, e da grande abundância dos teus muitos encantamentos”.[18] “Perda de filhos” e “viuvez” simboliza a destruição dos habitantes da Babilônia, deixando a cidade desolada. A destruição viria sobre a cidade antiga—e sobre seu homólogo moderno—repentinamente.

O versículo 10 elabora a acusação da Babilônia pelo Senhor: “Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me pode ver; a tua sabedoria e o teu conhecimento, isso te fez desviar, e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra”. O conhecimento secular enganaria a Babilônia moderna; o existencialismo é abundante; ela até nega a existência de Deus. Suas combinações secretas, entretanto, não estarão ocultas para o Senhor.

O versículo 11 continua: “Portanto sobre ti virá o mal, sem que saibas a sua origem, e tal destruição cairá sobre ti, sem que a possas evitar; e virá sobre ti de repente desolação que não poderás conhecer”. “O mal” é traduzido da palavra hebraica que significa “miséria” ou “calamidade”.[19] Devido à iniquidade, calamidades sobreviriam a Babilônia sem que suas origens fossem conhecidas.

O livro de Doutrina e Convênios coloca estes acontecimentos preditos num contexto moderno, relacionados com a Babilônia espiritual dos últimos dias e sua destruição:

Portanto o Pai decretou que serão reunidos em um mesmo local na face desta terra, a fim de preparar-lhes o coração e para que estejam prontos em todas as coisas para o dia em que tribulações e desolações forem enviadas sobre os iníquos.[20]

O versículo 12 descreve mais abominações da Babilônia, tanto da antiga quanto da moderna: “Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes fortalecer”. O Senhor desafia os iníquos a testarem seus encantamentos e feitiçarias; isto provará sua ineficácia de protegê-los nos tempos de calamidades.

Os versículos 9 até 12 contêm um quiasma:

(9) Porém ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez;
A: em toda a sua plenitude virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias,
B: e da grande abundância dos teus muitos encantamentos.
C: (10) Porque confiaste na tua maldade
D: e disseste: Ninguém me pode ver;
E: a tua sabedoria
E: e o teu conhecimento, isso te fez desviar,
D: e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra.
C: (11) Portanto sobre ti virá o mal, sem que saibas a sua origem, e tal destruição cairá sobre ti, sem que a possas evitar; e virá sobre ti de repente desolação que não poderás conhecer.
B: (12) Deixa-te estar com os teus encantamentos,
A: e com a multidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes fortalecer.

Neste quiasma, as razões para a destruição da Babilônia são apresentadas. A Babilônia deleitava-se em feitiçarias e combinações secretas; a Babilônia foi pervertida pela sua sabedoria e o seu conhecimento. “Porque confiaste na tua maldade” é complementado por “portanto sobre ti virá o mal”; “disseste: Ninguém me pode ver” corresponde à “Eu sou, e fora de mim não há outra”. A Babilônia nega a existência de Deus; por conseguinte, ela pensa que suas combinações secretas e iniquidades estão ocultas.

Néfi, prevendo nossa época, falou sobre as combinações secretas que abundariam na Terra:

“E há também combinações secretas, como nos tempos passados, segundo as combinações do diabo, pois ele é o fundador de todas estas coisas; sim, o fundador do homicídio e das obras de trevas; sim, e guia-os pelo pescoço com um cordel de linho, até amarrá-los para sempre com suas cordas fortes”.[21]

O versículo 13 repete o desafio: “Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti”. Essas práticas abomináveis não seriam de nenhuma ajuda para salvar a Babilônia da destruição, nem mesmo para dar-lhe uma advertência.

Os versículos 11 até 13 contêm um quiasma:

(11) Portanto sobre ti virá o mal, sem que saibas a sua origem, e tal destruição cairá sobre ti, sem que a possas evitar;
A: e virá sobre ti de repente desolação que não poderás conhecer.
B: (12) Deixa-te estar com os teus encantamentos,
C: e com a multidão das tuas feitiçarias,
D: em que trabalhaste desde a tua mocidade,
E: a ver se podes tirar proveito,
E: ou se porventura te podes fortalecer.
D: (13) Cansaste-te
C: na multidão dos teus conselhos;
B: levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas,
A: e salvem-te do que há de vir sobre ti.

A prática de astrologia e encantamento pela Babilônia não seria de nenhuma ajuda para ela na época de desolação. “Virá sobre ti de repente desolação” corresponde “do que há de vir sobre ti”; “deixa-te estar com os teus encantamentos” complementa “levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas”.

O versículo 14 descreve a destruição da Babilônia moderna: “Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; não haverá brasas, para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele”. “Pragana” significa “restolho; ou, prolongamento rígido de uma planta”.[22] O fogo da destruição consumirá todo o combustível disponível, deixando os poucos sobreviventes sem meios de acalentarem-se ou de terem luz. O fogo destruirá completamente os iníquos.[23]

O versículo 14 contém um quiasma:

A: (14) Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará;
B: não poderão salvar a sua vida
C: do poder das chamas;
B: não haverá brasas, para se aquentar,
A: nem fogo para se assentar junto dele.

Os ímpios da Babilônia serão consumidos pelo fogo, enquanto que os que sobreviverem a queima serão deixados desolados e com frio. “O fogo os queimará” contrasta-se com “nem fogo para se assentar junto dele”. “Não poderão salvar a sua vida” contrasta-se com “não haverá brasas, para se aquentar”.

O versículo 15 prediz que os negociantes do mundo que fizeram negócios com a Babilônia, participando de suas iniquidades, abandoná-la-iam no tempo de sua destruição: “Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará”.[24]

NOTAS

[1]. Apocalipse 17:4-6.
[2]. Apocalipse 18:2-4.
[3]. Doutrina e Convênios 1:16.
[4]. Ver Isaías 1:8 e comentário pertinente; também Isaías 10:32; 16:1; 37:22; 52:2; 62:11.
[5]. Isaías 47:1, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 1c.
[6]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson, Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 409.
[7]. Isaías 47:2, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 2a.
[8]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 2834, p. 362.
[9]. Isaías 47:3, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 3a.
[10]. Brown, et al.,1996, Número de Strong 2822, p. 365.
[11]. Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 395.
[12]. O versículo 6 contém um quiasma: Me agastei/profanei a minha herança//tua mão/não usaste com eles de misericórdia/o teu jugo.
[13]. Isaías 47:6, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 6a.
[14]. Brown et al., 1996, Número de Strong 1404, p. 150; Ver também Isaías 47:7, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 7a.
[15]. Isaías 47:8, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 8b.
[16]. Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson, Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, p. 410.
[17]. Brown et al., 1996, Número de Strong 3068, p. 217-218.
[18]. Os versículos 8 e 9 contêm um quiasma: Viúva/perda de filhos/ambas estas coisas//num momento, no mesmo dia/perda de filhos/viuvez.
[19]. Brown et al., 1996, Número de Strong 7451, p. 948.
[20]. D&C 29:8.
[21]. 2 Néfi 26:22.
[22]. Pragana Em Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/pragana.
[23]. Ver Isaías 1:7, 28; 64:1-2, 11; 66:15-16 e comentário pertinente.
[24]. O versículo 15 contém um quiasma: Assim serão para contigo/com quem trabalhaste/teus negociantes//desde a tua mocidade/cada qual irá vagueando/ninguém te salvará.