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CAPÍTULO 43: “Eis Que Porei Um Caminho No Deserto, E Rios No Ermo”

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O capítulo 43 prediz o arrependimento final de Israel e a restauração nos últimos dias. Na primeira parte deste capítulo o Senhor proclama que Ele é Deus e que Israel, que recebeu muitas bênçãos pelas mãos do Senhor durante sua existência, é testemunha de Sua divindade. Depois apresenta profecias sobre a coligação da Israel penitente e das grandes destruições entre os iníquos; estas destruições são para a proteção do povo do Senhor. O capítulo conclui com o Senhor declarando que a Israel impenitente esqueceu Suas leis, trazendo para si grandes maldições.

O capítulo 43 contém quiasmas que fornecem informações interpretativas úteis e que proveem divisões lógicas no texto.

Os versículos 1 até 7 predizem a coligação de Israel; Isaías apresenta a profecia poeticamente como três quiasmas. No versículo 1 o Senhor declara que apesar dos pecados de Israel Ele proveu o meio para a redenção: “Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu”. “O Senhor” significa “Jeová”, que é Jesus Cristo. Ele é tanto o Criador quanto o Redentor.

O papel de Jesus Cristo como Criador foi apresentado pelo apóstolo João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
“Ele estava no princípio com Deus.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
“Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
“E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”[1]

“O Verbo” como foi usado aqui por João significa que Jeová—o Senhor Jesus Cristo—é o Porta-voz de Deus, o Pai.[2] Na sarça ardente, o Senhor revelou Seu nome a Moisés e explicou o que o Seu nome significa:

“Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
“E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.”[3]

O nome “Jeová” vem do hebraico YHWH, que é relacionado ao verbo “ser” ou “eu sou”. O significado é “O que existe”.[4]

Jesus Cristo, em seu ministério mortal, ao dirigir-se aos judeus no templo, afirmou que Ele era o mesmo Jeová:

“Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
“Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão?
“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
“Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.”[5]

Os judeus pensaram que esta declaração de Jesus não era verdade, interpretando-a como uma solene blasfêmia sob a lei de Moisés. Por esta razão os judeus procuraram apedrejá-lo até a morte. Sem dúvidas eles lembraram desta declaração na ocasião de Sua acusação e crucificação.

O versículo 1 contém um quiasma:

A: (1) Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou,
B: ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas,
C: porque eu te remi;
C: chamei-te
B: pelo teu nome,
A: tu és meu.

Neste quiasma o Senhor atesta que Ele é o Criador de Israel; portanto Israel é Seu povo. Ele redimiu e chamou Israel para que ela pudesse cumprir o Convênio Abraâmico, tornando-se uma bênção para o mundo.[6]

Nos versículos 2 até 4, o Senhor lembra Israel da milagrosa travessia do Mar Vermelho e da destruição dos exércitos de Faraó, prometendo semelhante intervenção no futuro. O versículo 2 começa: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti”. “Quando passares pelas águas” lembra a divisão do Mar Vermelho.[7] “Rios” também significa “exércitos invasores,[8] e “fogo” refere-se à destruição pelo fogo que acontecerá na Segunda Vinda do Senhor.[9] O Senhor promete defender e preservar os justos na Sua Vinda, assim como Ele libertou os filhos de Israel do cativeiro no Egito e preservou-os.

Típico das destruições pelo fogo predita na Segunda Vinda do Senhor, cada um de nós passamos por provas de fogo, ou provações, durante a jornada de nossas próprias vidas. O Senhor promete que essas tribulações servirão para nos aperfeiçoar e não para nos destruir—removendo a escória do pecado e imperfeições e refinando o ouro em cada um de nós.

O versículo 3 continua: “Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar”. Os exércitos do Egito, que se afogaram no Mar Vermelho, são um resgate para Israel; o Senhor destruiu outras nações para proteger Seus discípulos justos e fará novamente no futuro.

O versículo 4 fornece uma maior explicação: “Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida”. O Senhor declarou em Doutrina e Convênios: “Lembrai-vos de que o valor das almas é grande à vista de Deus”,[10] expressando conceitos similares.

O propósito do Senhor em destruir os iníquos é de proteger os justos, e o afogamento dos egípcios no Mar Vermelho serve como um símbolo disto. Este conceito é elaborado pelo profeta Zenos, citado por Jacó no Livro de Mórmon:[11]

“Portanto cavai ao redor delas [oliveiras] e podai-as e adubai-as novamente, pela última vez, porque o fim se aproxima. E se estes últimos enxertos se desenvolverem e produzirem o fruto natural, então preparareis o caminho para eles, a fim de que cresçam.
“E à medida que começarem a crescer, tirareis os ramos que produzirem frutos amargos, segundo a força e o tamanho dos bons; e não tirareis os maus todos de uma vez, para que as raízes não se tornem fortes demais para o enxerto e o seu enxerto morra e eu perca as árvores de minha vinha” (ênfases adicionadas).[12]

Nesta alegoria das oliveiras, “os ramos que produzirem frutos amargos” são os iníquos, que seriam destruídos para dar lugar para os justos de Israel ao serem coligados.

No versículo 5 o Senhor conforta os justos de Israel: “Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente”. O Senhor protegerá e acompanhará aqueles que estão sendo coligados nos últimos dias.

As palavras dos versículos 2 até 5 encontram-se no texto do hino, “Que Firme Alicerce”.[13]

Os versículos 2 até 5 contêm um quiasma:

A: (2) Quando passares pelas águas estarei contigo,
B: e quando pelos rios,
C: eles não te submergirão;
D: quando passares pelo fogo, não te queimarás,
E: nem a chama arderá em ti.
F: (3) Porque eu sou o Senhor teu Deus,
F: o Santo de Israel, o teu Salvador;
E: dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar.
D: (4) Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado,
C: e eu te amei, assim dei os homens por ti,
B: e os povos pela tua vida.

A: (5) Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente.

“Rios” compara-se com “os homens … e os povos”, refletindo o significado simbólico de “rios” como exércitos invasores. “Eles não te submergirão” complementa “eu te amei, assim dei os homens por ti”, refletindo novamente o simbolismo de rios. “Não te queimarás” corresponde com “foste precioso aos meus olhos”, indicando que a penitente Israel seria contada entre os justos e não seria queimada na Segunda Vinda do Senhor. “Nem a chama arderá em ti” reflete em “dei o Egito por teu resgate”, recordando a destruição dos exércitos egípcios ao atravessarem o Mar Vermelho[14] e reiterando a proteção que Israel receberá antes da Segunda Vinda.

O versículo 6 continua a descrição do Senhor da coligação de Israel nos últimos dias: “Direi ao norte: Dá; e ao sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra”. Os pontos cardinais do compasso, usado nos versículos 5 e 6, representam as terras para onde as dez tribos foram levadas em cativeiro.[15] “Das extremidades da terra” significa dos pontos mais distantes da Terra.[16]

Os versículos 5 e 6 foram parafraseados pelo Senhor ressuscitado no Livro de Mórmon. Falando sobre a época “quando as palavras de Isaías se cumpram”, Ele disse:

“E então os remanescentes que estiverem dispersos pela face da Terra serão reunidos do leste e do oeste, do sul e do norte; e terão conhecimento do Senhor seu Deus que os redimiu”.[17]

O versículo 7 declara: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz”. O Senhor deu uma explicação mais detalhada sobre esse assunto aos nefitas durante Seu ministério pós-mortal:

“Não leram as escrituras, que dizem que deveis tomar sobre vós o nome de Cristo, que é o meu nome? Porque por esse nome sereis chamados no último dia.
E todo aquele que tomar sobre si o meu nome e perseverar até o fim, será salvo no último dia”.[18]

A passagem das escrituras que possivelmente Jesus esteja se referindo aqui é 2 Crônicas:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.[19]

Em várias outras passagens, definitivamente ou provavelmente na posse dos nefitas,[20] referências são feitas ao povo sendo chamado pelo nome do Senhor.[21] A oração sacramental inclui a declaração “que desejam tomar sobre si o nome de teu Filho”.[22] Hoje, isto significa ser reconhecido como membro da Igreja que tem o Seu nome.

Os versículos 5 até 7 contêm um quiasma:

A: (5) Não temas, pois, porque estou contigo;
B: trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente.
C: (6) Direi ao norte: Dá;
C: e ao sul: Não retenhas;
B: trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra,
A: (7) A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz.

“Porque estou contigo” complementa “A todos os que são chamados pelo meu nome”. “Trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente” corresponde a “trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra”. Todas as declarações compreendendo este quiasma estão relacionadas com a coligação de Israel nos últimos dias.

Os versículos 8 até 13 compreendem um litígio no qual as nações da Terra irão testificar da bondade do Senhor para com Israel. No versículo 8, o Senhor ordena: “Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que têm ouvidos”. Isto significa os cegos e surdos espiritualmente; o Senhor dá um desafio aos que são capazes de compreender as coisas espirituais para que vejam e ouçam. Compare as palavras de Moisés a Israel antes de sua entrada na Terra Prometida:

“Porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje”.[23]

Moisés reconheceu a falta de sensibilidade espiritual e o desejo de receber orientação do Senhor entre os filhos de Israel. Durante Seu ministério mortal, Jesus frequentemente afirmou “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, que significa “se você é capaz, compreenda o significado espiritual destas coisas”.[24]

No versículo 9 o Senhor continua: “Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é”. O significado da pergunta retórica é “Entre todas as nações do mundo, há alguma que recebeu profecias e conhecimento das coisas espirituais quanto esta nação?”

No versículo 10, o Senhor ordena Israel a reconhecer que Ele é seu Deus: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. Ele diz, “Vós [Israel] sois as minhas testemunhas” que o Senhor é Deus por causa de todas as bênçãos espirituais que eles receberam. Compare o versículo 12 abaixo, que é equivalente quiasmaticamente.

O versículo 11 continua a afirmação do Senhor: “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador”. Compare com as palavras de Néfi:

“E agora, meus irmãos, falei com clareza, de modo que não podeis errar. E como vive o Senhor Deus que tirou Israel da terra do Egito e deu a Moisés poder para curar as nações depois de haverem sido mordidas por serpentes venenosas, [25] se olhassem para uma serpente que ele levantou diante delas; [26] e também lhe deu poder para golpear a rocha, a fim de que jorrasse água; [27] sim, eis que vos digo que, assim como estas coisas são verdadeiras e como o Senhor Deus vive, não há outro nome dado debaixo do céu mediante o qual o homem possa ser salvo, a não ser o deste Jesus Cristo do qual falei” (ênfases adicionadas).[28]

O mesmo Ser que era conhecido pelo povo antigo como Jeová viria à Terra, seria conhecido como Jesus Cristo, e expiaria pelos pecados da humanidade dando a Sua própria vida.

O versículo 12 resume: “Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus”. O Senhor “anunciou … salvou, e … o fez ouvir” que Ele é Deus, exceto quando a idolatria estava prevalente entre o povo.

Os versículos 10 até 12 contêm um quiasma:

A: (10) Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor,
B: e meu servo, a quem escolhi;
C: para que o saibais, e me creiais, e entendais
D: que eu sou o mesmo,
E: e que antes de mim deus nenhum se formou,
E: e depois de mim nenhum haverá.
D: (11) Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.
C: (12) Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir,
B: e deus estranho não houve entre vós,
A: pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus.

Este quiasma descreve o Senhor como Deus, todas as Suas ações têm sido para afirmar isto na mente de Seu povo e que Ele considera o povo responsável por seu conhecimento como testemunhas. “Meu servo, a quem escolhi” complementa “e deus estranho não houve entre vós”, estipulando a condição sob a qual Israel é considerada o servo do Senhor.

O versículo 13 declara: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” Antes do primeiro dia da criação, o Senhor já existia. Estas declarações fazem-nos lembrar a afirmação de Jesus no templo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”.[29]

Os versículos 14 até 21 testificam sobre as bênçãos a serem derramadas sobre Israel no futuro. O versículo 14 prediz o fim miraculoso do cativeiro Babilônico: “Assim diz o SENHOR, vosso Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós enviei a Babilônia, e a todos fiz descer como fugitivos, os caldeus, nos navios com que se vangloriavam”. A palavra “Redentor” vem de “redenção”, do latim “redemptore”. “Redimir” é pagar o resgate para libertar da escravidão. Cristo é simultaneamente o nosso Redentor e o preço do nosso resgate.[30] A palavra “Redentor” define a missão de Jesus Cristo, que pagou o preço de nossos pecados. Ele seria quem destruiria os babilônios e os caldeus, para proteger e abençoar os justos.

O versículo 15 resume: “Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei”. Estruturalmente este versículo consiste de cinco declarações paralelas, repetidas para dar ênfases. As últimas duas declarações são equivalentes quiasmaticamente a “Redentor” no versículo 14, atestando que quem falou é o mesmo que seria conhecido como Jesus Cristo, o Redentor.

O versículo 16 declara: “Assim diz o Senhor, o que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda”. O Senhor lembrou o povo quem estava falando—o mesmo Deus que dividiu o Mar Vermelho para fornecer um escape miraculoso para os filhos de Israel dos exércitos dos egípcios que os estavam perseguindo.[31]

Os versículos 14 até 16 contêm um quiasma:

A: (14) Assim diz o SENHOR,
B: vosso Redentor,
C: o Santo de Israel:
D: Por amor de vós enviei
E: a Babilônia, e a todos fiz descer como fugitivos,
E: os caldeus, nos navios com que se vangloriavam.
D: (15) Eu sou o Senhor,
C: vosso Santo,
B: o Criador de Israel, vosso Rei.
A: (16) Assim diz o Senhor, o que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda.

“Assim diz o SENHOR” reflete-se em “Assim diz o Senhor, o que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda”, atestando que o Senhor que está falando é o mesmo que resgatou Israel quando dividiu o Mar Vermelho. O Senhor destruiria a Babilônia e os caldeus a fim de proteger Israel. Como seu Redentor, o Criador resgatá-los-ia dando a sua própria vida.

O versículo 17 continua a revisão do Senhor dos acontecimentos envolvendo a miraculosa travessia do Mar Vermelho: “O que fez sair o carro e o cavalo, o exército e a força; eles juntamente se deitaram, e nunca se levantarão; estão extintos; como um pavio se apagaram”. Estes acontecimentos são um protótipo ou símbolo que se repetirá no futuro, antes da Segunda Vinda. “Como um pavio se apagaram” descreve o afogamento dos exércitos egípcios no mar.

O versículo 18 prediz a vinda de Cristo e como Ele cumpriria a Lei de Moisés: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas”. O Cristo ressuscitado declarou aos nefitas: “Portanto essas coisas da antiguidade, que se achavam sob a lei, em mim foram todas cumpridas. As coisas antigas são passadas e todas as coisas foram renovadas”.[32]

O versículo 18 contém um quiasma reconhecido no original hebraico, que foi estruturado aqui para corresponder com a estrutura hebraica:[33]

A: (18) Não vos lembreis
B: das coisas passadas,
B: nem as antigas
A: considereis.

O enfoque deste quiasma é “coisas passadas” e nas “antigas”, que quer dizer a lei de Moisés. A Israel dos últimos dias é exortada: “Não vos lembreis”, nem “considereis” as “antigas” que fazem parte da lei que já foi cumprida com o grandioso e último sacrifício do Messias.

No versículo 19, o Senhor muda o enfoque para as bênçãos que Ele derramaria sob Israel nos últimos dias: “Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo”. O Grande Pergaminho de Isaías diz “Eis que faço uma coisa nova, e portanto sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e veredas no ermo”.[34] O “caminho no deserto” significa o caminho estreito e apertado ao longo do deserto espiritual em nossa época, do qual o caminho para atravessar o Mar Vermelho é um protótipo; assim, o antigo é um protótipo para a “coisa nova” que o Senhor faria. “Rios no ermo” é uma metáfora que significa que o Senhor faria com que a mensagem do evangelho viesse através de revelação dos céus nos últimos dias.[35] A frase alternada “veredas no ermo” significa que o caminho estreito e apertado será estabelecido no mundo, ou no deserto espiritual. Esta declaração—interpretada de uma forma ou de outra—também prediz o estabelecimento de Sião nos vales das montanhas e a presença de profetas vivos entre o povo do Senhor. Este acontecimento é o mesmo que o predito por Isaías anteriormente, no capítulo 41.[36]

“Faço uma coisa nova” também reflete o Senhor estabelecendo o novo e eterno convênio. O Senhor, falando através do Profeta Joseph Smith, explicou:

“Pois todos os que receberem uma bênção de minhas mãos obedecerão à lei que foi designada para essa bênção e suas condições, como instituídas desde antes da fundação do mundo.
“E quanto ao novo e eterno convênio, foi instituído para a plenitude de minha glória; e aquele que recebe sua plenitude deve cumprir a lei e cumpri-la-á; caso contrário, será condenado, diz o Senhor Deus” (ênfases adicionadas).[37]

O versículo 20 continua a descrição do predito acontecimento: “Os animais do campo me honrarão, os chacais, e os avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu eleito”. Os chacais e os avestruzes metaforicamente representam povos que não fazem parte do convênio que devem receber as bênçãos do evangelho nos últimos dias.[38] “Águas” e “rios” em lugares secos significa inspiração e revelações dos céus no que antes era um deserto espiritual.[39] O estabelecimento de Sião no deserto representa o cumprimento temporal nos últimos dias.[40]

O versículo 21 continua a descrição do Senhor da Sião dos últimos dias: “A esse povo que formei para mim; o meu louvor relatarão”.[41] A obra do Senhor nos últimos dias seria manifestada no estabelecimento de Sião no deserto, sobre a qual Ele derramaria revelações e bênçãos. Por sua vez, aqueles que fizerem parte da Sião dos últimos dias serão requeridos a render louvores ao Senhor pelas bênçãos recebidas.

Os versículos 19 até 21 contêm um quiasma:

A: (19) Eis que faço uma coisa nova,
B: e portanto sairá à luz; porventura não a percebeis?
C: Eis que porei um caminho no deserto, e rios (veredas) no ermo.
D: (20) Os animais do campo me honrarão,
D: os chacais, e os avestruzes;
C: porque porei águas no deserto, e rios no ermo,
B: para dar de beber ao meu povo, ao meu eleito.
A: (21) A esse povo que formei para mim; o meu louvor relatarão.

“Faço uma coisa nova” corresponde-se com “A esse povo que formei para mim; o meu louvor relatarão”. Estas frases paralelas descrevem o novo e eterno convênio a ser estabelecido entre à Israel nos últimos dias. “Portanto sairá à luz” corresponde com “para dar de beber ao meu povo”, atestando que o povo descrito seria nutrido com constante revelações; “um caminho no deserto, e rios (veredas) no ermo” corresponde com “águas no deserto, e rios no ermo”, que significa que o caminho no deserto, ou o caminho estreito e apertado, seria estabelecido por revelações a este povo do novo convênio que viveria no deserto, ou no deserto espiritual e temporal. “Os animais do campo” e “os chacais, e os avestruzes” indicam que mesmo os que não são parte do convênio serão beneficiados com o estabelecimento do povo do convênio no deserto.

Os versículos 22 até 28 preveem que na época das restaurações nos últimos dias, alguns da casa de Israel persistiriam em apostasia. Isaías apresenta a acusação do Senhor da apóstata Israel como um litígio, apresentado poeticamente como dois quiasmas. O versículo 22 começa: “Contudo tu não me invocaste a mim, ó Jacó, mas te cansaste de mim, ó Israel”. Eles não oraram ao Senhor e não O serviram.

O versículo 23 continua a acusação: “Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te fiz servir com ofertas, nem te fatiguei com incenso”. A palavra hebraica de onde “o gado miúdo” foi traduzido significa “cordeiros” ou “cabritos”.[42] Os apóstatas da casa de Israel não guardaram as leis nem observaram as ordenanças.

O versículo 24 resume: “Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com os teus pecados, e me cansaste com as tuas iniquidades”.[43] “Cana aromática” refere-se aos aromas para o óleo de unção usados em cerimônias no templo. Israel não ofereceu sacrifícios aceitáveis ao Senhor por causa das iniquidades. Ao invés de desejar retamente servir ao Senhor, Israel queria que o Senhor lhe servisse enquanto eles continuavam em iniquidade.

No versículo 25, o Senhor oferece o perdão através do arrependimento: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro”. O arrependimento é oferecido à Israel apóstata através da Expiação do Senhor Jesus Cristo. Como falou Joseph Smith: “Cremos que, por meio da Expiação de Cristo, toda a humanidade pode ser salva por obediência às leis e ordenanças do Evangelho”.[44] O Senhor falou aos Seus discípulos nos últimos dias, confirmando o significado intencionado por Isaías: “Eis que aquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro”.[45]

No versículo 26 o Senhor implora que a desviada Israel arrependa-se: “Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo; conta tu as tuas razões, para que te possas justificar”. “Conta tu as tuas razões” significa “confesse seus pecados”.

No versículo 27, o Senhor reconhece a queda de Adão e seu impacto na humanidade, e o efeito de líderes corruptos políticos e eclesiásticos: “Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim”. “Prevaricar” significa perverter ou revoltar-se contra Deus.[46]

O versículo 28 descreve sérias consequências para os pecados do povo de Israel: “Por isso profanei os príncipes do santuário; e entreguei Jacó ao anátema, e Israel ao opróbrio”.[47] O Senhor cessaria de aceitar as ordenanças do “santuário”, que quer dizer do templo. O Senhor tendo profanado “os príncipes do santuário” significa que Ele tirou a honra dos ministros e sacerdotes do templo, parando de aceitar suas autoridades sacerdotais devido a extrema apostasia de Israel. Como foi predito aqui por Isaías, o Senhor cessou de aceitar as ordenanças do templo na época da crucificação, simbolizado pelo véu do templo sendo rompido de cima a baixo.[48]

NOTAS

[1]. João 1:1-5.
[2]. Ver Mateus 17:5; Marcos 9:7; Lucas 9:35; 3 Néfi 11:7; JS-História 1:17.
[3]. Êxodo 3:13-14.
[4]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 3068, p. 217-218.
[5]. João 8:56-59.
[6]. Ver Gênesis 22:16-18.
[7]. Ver Êxodo 14:21-31.
[8]. Isaías 8:7; 17:12-13; 28:2, 17.
[9]. Ver Isaías 1:7, 28; 30:27, 30, 33; 33:11-12 e comentário pertinente.
[10]. Doutrina e Convênios 18:10.
[11]. Ver Jacó 5.
[12]. Jacó 5:64-65.
[13]. Hinos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1990, Hino número 42, “Que Firme Alicerce”, estrofes 2-5.
[14]. Ver Êxodo 14:26-28.
[15]. Ver 2 Reis 17:6-8; Isaías 7:8; 8:4; 17:2; 42:24; 49:12; 54:7.
[16]. Ver Isaías 41:5, 9; 42:10; 45:22.
[17]. 3 Néfi 20:13; Ver versículos 11-13 .
[18]. 3 Néfi 27:5-6.
[19]. 2 Crônicas 7:14.
[20]. Ver 1 Néfi 5:13.
[21]. Ver Isaías 45:4; 65:1; Jeremias 7:10-11, 14, 30; 25:29,34; 34:15.
[22]. Morôni 4:3.
[23]. Deuteronômio 29:4.
[24]. Ver Mateus 11:15; 13:9, 43; Marcos 4:9, 23; 7:16; Lucas 8:8; 14:35.
[25]. Números 21:6.
[26]. Números 21:8-9.
[27]. Ver Êxodo 17:6.
[28]. 2 Néfi 25:20.
[29]. João 8:58.
[30]. Diccionario informal, redentor. Em linha: http://www.dicionarioinformal.com.br/redentor/
[31]
. Ver Êxodo 14:21-31.
[32]. 3 Néfi 12:46-47.
[33]. Donald W. Parry, Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research e Mormon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 262.
[34]. Parry, 2001, p. 175.
[35]. Ver Isaías 12:3; 30:25; 35:6-7; 55:1, 10-11; 58:11 e comentário pertinente.
[36]. Ver Isaías 41:17-20 e comentário pertinente.
[37]. D&C 132:5-6. Ver também D&C 131:2; 132:19, 26-27, 41-42.
[38]. Ver Isaías 56:9 e comentário pertinente.
[39]. Ver Isaías 12:3; 35:6-7; 55:10-11; 58:11.
[40]. Ver Isaías 35:1-2 e comentário pertinente.
[41]. Os versículos 1 até 21 formam um quiasma de grande escala: O Senhor que te criou/águas … rios/fogo, não te queimarás/eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador/o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar/dei os homens por ti, e os povos pela tua vida/vós sois as minhas testemunhas/eu, eu sou o Senhor//fora de mim não há Salvador/vós sois as minhas testemunhas/agindo eu, quem o impedirá?/Babilônia, e a todos fiz descer como fugitivos, os caldeus/Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei/como um pavio se apagaram/águas … rios/a esse povo que formei para mim.
[42]. Brown et al., 1996, Número de Strong 7716, p. 961.
[43]. Os versículos 22 até 24 contêm um quiasma: Te cansaste de mim, ó Israel/sacrifícios/ofertas/incenso//cana aromática/gordura/sacrifícios/me cansaste.
[44]. Regras de Fé 1:3.
[45]. D&C 58:42.
[46]. Brown et al., 1996, Número de Strong 6586, p. 833.
[47]. Os versículos 25 até 28 contêm um quiasma: Eu … sou o que apago/transgressões/por amor de mim/não me lembro//faze-me lembrar/te possas justificar/prevaricaram contra mim/profanei os príncipes do santuário.
[48]. Ver Mateus 27:51; Marcos 15:38; Lucas 23:45.

Prefácio

Para ver os comentários de cada capítulo de Isaías, bem como cada introdução, desça até encontrar, à direita, uma lista de todos os capítulos sob a seção “Categorias”. Clique no capítulo que deseja ler. ===>

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Por que fazer este comentário sobre o livro de Isaías? No princípio a intenção deste projeto era de fazer um estudo pessoal, porém várias pessoas começaram a expressar interesse neste estudo. Parte da minha motivação vem do desejo de dar aos meus filhos o benefício dos interesses e estudos da minha vida, para que eles estejam melhores preparados para o futuro. A mensagem de Isaías para os últimos dias é de profecias que serão cumpridas na nossa dispensação.

Nenhum comentário deve tomar o lugar da leitura das escrituras. Nossa fonte principal para compreender escrituras inspiradas sempre foi e continuará sendo a influência do Espírito Santo. Portanto, o propósito deste comentário é de servir como um recurso secundário, simplesmente um curso de instruções, para auxiliar na compreensão da metodologia para estudar as escrituras. Uma vez que descobrirmos e aperfeiçoarmos esta metodologia, nossa capacidade de compreensão das escrituras, através de inspiração pessoal, aumentará.

O benefício principal de um projeto como este é puramente pessoal. Há sido o meu desejo de adquirir um conhecimento maior dos ensinamentos de Isaías. Além disso, ao passar pelo processo de orar, ler, ponderar, analisar, cruzar referências, compreender e escrever, minha espiritualidade aumentou e meu desejo de viver de acordo com os princípios do evangelho foi fortalecido. Acima de tudo, eu sei mais do que nunca que Jesus Cristo, o Messias profetizado por Isaías e muitos outros profetas, é verdadeiramente o Salvador de toda a humanidade. Através de Seu Sacrifício Expiatório poderemos retornar ao nosso lar celestial, através do arrependimento e obediência, para viver com Deus, nosso Pai Eterno.

Ao adquirir uma compreensão maior das palavras de Isaías, o leitor não deve sentir-se intimidado pela falta de conhecimento da língua hebraica ou do antigo judeu, ou da história do Oriente Médio. O ponto culminante de sua mensagem para nós ocorrerá em nosso tempo mortal. A mensagem de Isaías não é simplesmente um resumo de como Deus lidou com os homens em tempos passados; portanto, um conhecimento histórico extensivo daquele período, não é necessário.

Ao escrever este comentário, evitei comparações com outros comentários durante o processo inicial de pesquisa e redação. Consultei estes comentários somente depois de haver escrito a minha primeira redação para todos os 66 capítulos de Isaías; assim fui encorajado à “pagar o preço” para adquirir o conhecimento desejado das fontes primárias. Já que há diferentes interpretações nos outros comentários, eu simplesmente as cito no texto, usualmente sem análises ou comentários.

No começo deste projeto, se tornou aparente que os elementos estruturais—como o paralelismo e o quiasma—são excelentes recursos de interpretação. Estruturas Paralelas são quase universal no livro de Isaías; elas são identificadas e extensivamente esquematizada por Parry, et al.[1]   Portanto, elas não são mencionadas neste comentário, exceto o que forem úteis para interpretar informações. Já o quiasma é uma fonte de informação interpretativa menos utilizada. Muitas vezes um quiasma contém significados e conceitos colocados lá por Isaías. Parry, em seu livro, Harmonizing Isaiah (Harmonizando Isaías), identifica inúmeros quiasmas, incluindo alguns que são reconhecidos somente em hebraico.[2] Neste comentário os quiasmas que proveem informações doutrinais ou descrevem o cumprimento de uma profecia serão esquematizados e analisado para fins interpretativos. Outros quiasmas que foram identificados foram colocados como notas no final dos capítulos.

Este comentário segue um formato previsível e uniforme para cada capítulo, assim os comentários de uma passagem em particular podem ser encontrados facilmente. As inumeráveis referências de escrituras foram colocadas como notas no final do capítulo ao invés de aparecerem em parênteses no texto, ficando melhor para ler. Seguindo-se as notas no final do capítulo, os leitores mais letrados ficarão mais satisfeitos com a documentação extensiva que um trabalho como este requer. Para evitar obstáculos para os leitores, as palavras em hebraico aparecem somente algumas vezes.

Em geral, o formato seguido foi a de interpretação de versículo-por-versículo. O comentário de cada versículo começa com o texto completo de João Ferreira de Almeida, assim o leitor não necessitará se referir ao Velho Testamento a fim de compreender o comentário. Introduções dos tópicos apresentados por Isaías que ocupam vários versículos, foram colocadas no começo da sequência, e os comentários sobre quiasmas e outras estruturas, que geralmente envolvem mais de um versículo, foram colocados no final da sequência pertinentes aos mesmos.

Sou muito grato às muitas pessoas pela assistência e encorajamento que me deram. Minha mãe, Glenna C. Sanderson, quem leu e comentou cada palavra que escrevi. Meu filho, Doutor Alan B. Sanderson, quem foi o que me apresentou às estruturas quiasmáticas e seus valores interpretativos. Minha filha, Emily S. Olsen, quem se dedicou em aplicar seus talentos editoriais no meu livro.

Eu sou o único responsável pelo conteúdo deste livro. Sou um homem comum, que viveu uma vida comum, exceto que fui grandemente abençoado pelo Senhor. Não faço nenhuma pretensão de que esta interpretação é correta, é simplesmente minha interpretação, tampouco pretendo ter autoridade em ensinar doutrinas evangélicas. Somente espero que os leitores ganhem uma compreensão maior de como as profecias de Isaías estão se cumprindo em nosso tempo, e como estas profecias nos ajudam a nos preparar para o que está por vir. Que este livro possa inspirar o leitor a trabalhar e a buscar mais diligentemente, obtendo assim, um conhecimento e uma compreensão maior das bênçãos e oportunidades que nos foram proporcionadas.

—Ivan D. Sanderson, 6 de Maio de 2006

Sobre o Autor

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Ivan D. Sanderson é Doutorado em geologia pela Universidade de Colorado e Bacharelado e Mestrado em geologia pela Universidade de Brigham Young. Interrompeu seu Bacharelado para prestar serviço militar, servindo no Vietnam como mecânico do Exército. Depois da Faculdade, ele trabalhou como geólogo de exploração de petróleo para a Union Oil Co. de Califórnia, trabalhou como professor na Universidade de Geórgia, em Athens, Geórgia, como também na Universidade de Purdue em West Lafayette, Indiana. Trabalhou como geólogo consultor em Califórnia e Utah. Trabalhou para várias agências estaduais incluindo Departamento de Transporte de Utah, Departamento do Meio-Ambiente de Utah, Departamento de Agricultura e Alimentação de Utah. Atualmente trabalha como geólogo de produção nas Minas de Cobre em Utah (Mina de Bingham Canyon de Kennecott Utah Copper).

Nascido em Murray, Utah, filho de Ivan L. e Glenna Cottam Sanderson. Dr. Sanderson foi criado em Provo e Orem, Utah e é um descendente de pioneiros Mórmon. Um membro dA Igreja de Jesus Cristo dos Santos Dos Últimos Dias, serviu como missionário por dois anos em Peru e já serviu em vários chamados na Igreja. Incluindo Professor da Escola Dominical, Presidente da Escola Dominical, Líder da Obra Missionária da Ala, Secretário Executivo da Ala, Conselheiro do Bispo, Secretário da Ala, Presidente do Quórum de Élderes, Líder dos Sumo-Sacerdotes, e Sumo-conselheiro da Estaca. Acima de tudo ele tem sido um estudante das escrituras durante toda a sua vida.

Dr. Sanderson é casado com Venna Rowley Sanderson.  Eles são pais de cinco filhos: Scerinda Johnson (casada com Kenneth L.), Emily Olsen (casada com Paul T.), David I. Sanderson (casado com Tauna Bodell), Dr. Alan B. Sanderson (casado com Marisa Patch), e Mark J. Sanderson (casado com Emily Sará.) Eles têm 15 netos.

Sobre a Tradutora

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Eu, Cláudia Giron Johanson, nasci e fui criada no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Estudei Letras- Português e Espanhol na Universidade Federal Fluminense por dois anos; imigrei para os Estados Unidos, onde estudei o inglês e terminei o meu curso universitário na Universidade de Utah com um Bacharelado em Espanhol. No mesmo ano em que me formei comecei a trabalhar como tradutora para uma firma de traduções, Alpnet, fazendo traduções de manuais de computadores. Mais tarde comecei a trabalhar com traduções legais e médicas. Sou reconhecida como uma tradutora aprovada pelo Departamento de Transportes de Utah e pelo Departamento de Imigração, onde presto serviços de tradução. Fui ricamente abençoada com um marido maravilhoso e seis lindos e bons filhos. Considero uma grande honra esta oportunidade de traduzir o livro do Dr. Ivan Sanderson acerca das profecias de Isaías, tenho aprendido muito com este excelente livro.


Notas

[1]. Ver Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson,  Understanding Isaiah [Compreendendo Isaías]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1998, 659 p.
[2]. Donald W. Parry, Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research and Mórmon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 257-265.